- O ACONTECER E O FAZER
- O que distingue o agir do acontecer?
- Pode a ação ser um acontecimento? Justifique a verdade desta resposta.
- “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
- A ação humana
- O que é a consciência?
- O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
- O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
- O que é um ato do homem?
- A vontade não é a intenção. Porquê?
- Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
- O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
- Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
- Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
- O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
- Define ação usando só duas palavras/expressões.
- Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
- Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
- Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
- Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
- Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
- Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
Respostas
1
- O
ACONTECER
E O FAZER
1.1
- O que distingue o fazer do acontecer? Enuncie 3 características
opostas.
O
fazer é sempre o comportamento de alguém, é sempre o que alguém
provoca, seja uma reação, seja uma ação, seja involuntário, seja
voluntário. O acontecer pode ser o resultado de um fazer ou de uma
ocorrência natural. O acontecer “apanha” o homem como espetador,
como agido e não como ator ou agente.
1.2
- Pode um fazer ser um acontecimento? Sim. Justifique a verdade desta
resposta.
O
acontecer pode ser uma ocorrência ou o efeito de sofre uma ação ou
reação de alguém.
1.3
- “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os
acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
Sim
e Sim. 1) Todas as acções podem ser compreendidas do exterior a
quem as realiza como acontecimentos e 2) como existem acontecimentos
naturais e acontecimentos fruto de reações (Cê assustou JOTA e
este reagiu mecanicamente com um murro).
2
- A ação humana
2.1
- O que é a consciência?
É
a dimensão da mente que percepciona e disso tem noção. Ser
consciente é estar de vigília e lúcido e compreender o que
acontece e faz.
2.2
- O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
Sim,
pois a vontade como poder de decisão exige a noção e o
conhecimento que da consciência.
2.3
- O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
O
ato involuntário pode ser consciente, mas não necessariamente. Os
comportamentos resultantes dos vícios, de doenças psíquicas ou das
necessidades de auto-regulação corporal (respirar, transpirar) não
precisam da consciência.
Sem
suma, todo o ato voluntário necessita da consciência, mas podemos
ter atos conscientes involuntários
2.4
- O que é um ato do homem?
È
um fazer involuntário. Considerando que o faxer voluntário se chama
ato HUMANO (e não do Homem)
2.5
- A vontade não é a intenção. Porquê?
A
intenção é o propósito de realizar algo. A vontade é a
capacidade de dizer sim ou não a esse propósito.
2.6
- Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
Não.
A intenção para surgir na mente humana tem sempre um ou várias
razões: existem sempre desejos, ideais, necessidades, aspirações
que impulsionam o homem a querer
algo,
a definir o seu propósito. Para refutar isto basta fazer o exercício
inverso: criar uma intenção sem motivação.
2.7
- O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
Não.
Um motivo pode dar origem a diferentes intenções porque as pessoas
são diferentes, no tipo de inteligência, de projectos de vida, de
valores, de cultura. As pessoas mudam elas próprias ao longo do
tempo,
2.8
- Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão.
Concorda? Justifique.
Sim,
podemos ter a intenção e decidir não a cumprir. Exemplo: TÊ está
apaixonado por SÊ e tem a intenção de lhe pedir namoro. Mas a sua
decisão não acontece pois tem receio de ser rejeitado. (a sua
decisão não acontece porque está em luta com um motivo contrário,
negativo).
2.9
- Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que
ao agente falta algo. O quê? Justifique.
Pode
faltar consciência do seu poder e das circunstâncias, pode faltar
meios.
2.10
- O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
Doença
psíquica, efeito de drogas, cansaço extremo…
2.11
- Defina ação usando só duas palavras/expressões.
Alteração
intencional da realidade.
2.12
- Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de
acções.
Ypsilón
tinha como projecto profissional ser piloto de aviões. Isto impôs
que o exercício físico e o cálculo mental fossem uma prioridade da
sua educação escolar.
2.13
- Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é
uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
São
duas questões distintas e impõem resposta contrária, mas a ideia é
a mesma: a liberdade (da vontade) é uma condição
necessária
para haver ação. Caso contrário, se o homem fizer algo sob
imposição, não resulta da sua decisão e não pode sobre o que
ocorre ser responsbilizado.
2.14
- Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
Ação
básica: Comer um gelado: é uma ação básica. Não prepara outra
ação, esgota-se em si mesma.
Ação
não básica: ir ao cinema: precisa de outras ações para se cumprir
2.15
- Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
Podemos
ter, O que é decisivo na açºao é o poder de decisão livre e não
a deliberação. Claro está que a deliberação cria maior liberdade
e maior consciência mas é uma questão de grau (+) e não de
qualidade.
2.16
- Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
Sim.
Decidir é escolher a partir da sua vontade , sem coação. Isto
significa que controla os seus próprios atos e, como tal, é poder
dizer sim ou não. Então a vontade é autónoma: o poder sobre a sua
vontade não vem do exterior, está em si mesma.
2.17
- A Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a
responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas
ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
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