quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rede conceptual da ação


  1. O ACONTECER E O FAZER
    1. O que distingue o agir do acontecer? 
    2. Pode a ação ser um acontecimento?  Justifique a verdade desta resposta.
    3. Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.


  1. A ação humana
    1. O que é a consciência?
    2. O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
    3. O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
    4. O que é um ato do homem?
    5. A vontade não é a intenção. Porquê?
    6. Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
    7. O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
    8. Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
    9. Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
    10. O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
    11. Define ação usando só duas palavras/expressões.
    12. Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
    13. Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
    14. Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
    15. Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
    16. Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
    17. Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
Respostas
1 - O ACONTECER E O FAZER
1.1 - O que distingue o fazer do acontecer? Enuncie 3 características opostas.
O fazer é sempre o comportamento de alguém, é sempre o que alguém provoca, seja uma reação, seja uma ação, seja involuntário, seja voluntário. O acontecer pode ser o resultado de um fazer ou de uma ocorrência natural. O acontecer “apanha” o homem como espetador, como agido e não como ator ou agente.
1.2 - Pode um fazer ser um acontecimento? Sim. Justifique a verdade desta resposta.
O acontecer pode ser uma ocorrência ou o efeito de sofre uma ação ou reação de alguém.

1.3 - “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
Sim e Sim. 1) Todas as acções podem ser compreendidas do exterior a quem as realiza como acontecimentos e 2) como existem acontecimentos naturais e acontecimentos fruto de reações (Cê assustou JOTA e este reagiu mecanicamente com um murro).

2 - A ação humana
2.1 - O que é a consciência?
É a dimensão da mente que percepciona e disso tem noção. Ser consciente é estar de vigília e lúcido e compreender o que acontece e faz.

2.2 - O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
Sim, pois a vontade como poder de decisão exige a noção e o conhecimento que da consciência.

2.3 - O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
O ato involuntário pode ser consciente, mas não necessariamente. Os comportamentos resultantes dos vícios, de doenças psíquicas ou das necessidades de auto-regulação corporal (respirar, transpirar) não precisam da consciência.
Sem suma, todo o ato voluntário necessita da consciência, mas podemos ter atos conscientes involuntários

2.4 - O que é um ato do homem?
È um fazer involuntário. Considerando que o faxer voluntário se chama ato HUMANO (e não do Homem)

2.5 - A vontade não é a intenção. Porquê?
A intenção é o propósito de realizar algo. A vontade é a capacidade de dizer sim ou não a esse propósito.

2.6 - Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
Não. A intenção para surgir na mente humana tem sempre um ou várias razões: existem sempre desejos, ideais, necessidades, aspirações que impulsionam o homem a querer algo, a definir o seu propósito. Para refutar isto basta fazer o exercício inverso: criar uma intenção sem motivação.

2.7 - O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
Não. Um motivo pode dar origem a diferentes intenções porque as pessoas são diferentes, no tipo de inteligência, de projectos de vida, de valores, de cultura. As pessoas mudam elas próprias ao longo do tempo,

2.8 - Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
Sim, podemos ter a intenção e decidir não a cumprir. Exemplo: TÊ está apaixonado por SÊ e tem a intenção de lhe pedir namoro. Mas a sua decisão não acontece pois tem receio de ser rejeitado. (a sua decisão não acontece porque está em luta com um motivo contrário, negativo).

2.9 - Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
Pode faltar consciência do seu poder e das circunstâncias, pode faltar meios.

2.10 - O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
Doença psíquica, efeito de drogas, cansaço extremo…

2.11 - Defina ação usando só duas palavras/expressões.
Alteração intencional da realidade.

2.12 - Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
Ypsilón tinha como projecto profissional ser piloto de aviões. Isto impôs que o exercício físico e o cálculo mental fossem uma prioridade da sua educação escolar.

2.13 - Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
São duas questões distintas e impõem resposta contrária, mas a ideia é a mesma: a liberdade (da vontade) é uma condição necessária para haver ação. Caso contrário, se o homem fizer algo sob imposição, não resulta da sua decisão e não pode sobre o que ocorre ser responsbilizado.

2.14 - Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
Ação básica: Comer um gelado: é uma ação básica. Não prepara outra ação, esgota-se em si mesma.
Ação não básica: ir ao cinema: precisa de outras ações para se cumprir

2.15 - Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
Podemos ter, O que é decisivo na açºao é o poder de decisão livre e não a deliberação. Claro está que a deliberação cria maior liberdade e maior consciência mas é uma questão de grau (+) e não de qualidade.

2.16 - Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
Sim. Decidir é escolher a partir da sua vontade , sem coação. Isto significa que controla os seus próprios atos e, como tal, é poder dizer sim ou não. Então a vontade é autónoma: o poder sobre a sua vontade não vem do exterior, está em si mesma.
2.17 - A Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).

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