domingo, 24 de novembro de 2013

O Problema do livre-arbítrio - o DETERMINISMO RADICAL


QUESTÃO: não será uma representação mais adequada ao fatalismo?

O problema do livre-arbítrio

O problema da liberdade pode formular-se do seguinte modo:

- é o homem livre ou é o homem determinado na sua escolha (livre-arbítrio?

reformulando.
-  é o homem livre nas suas ações vivendo num num contexto físico de ralações necessárias causa-efeito)?

- é o homem livre na sua decisão/intenção/ação quando vive num corpo (psico-físico) sujeito ao determinismo da natureza?

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Homem e Cultura - a Natureza Cultural do Homem

Sem homem não há cultura. Mas sem cultura não há homem. (...)
No último milhão de anos desapareceram numerosas espécies animais, ao passo que o homem se perpetuou. Por causa das mudanças no meio ambiente, houve animais que não resistiram e se extinguiram. O homem., esse, vai aguentar tudo, pois sabe fabricar não só as suas armas e os seus utensílios, mas também aquilo de que carece para sobreviver num meio ambiente diferente. De facto, o homem é o único exemplo conhecido, no mundo vivo, de um ser que logrou a proeza de criar o seu meio ambiente.
Ignora-se em, que momento o homem perdeu os seus instintos. Esse facto capital deve ter-se produzido cedo. Foi ele que permitiu que nos tornássemos homens. A ave colocada perante materiais que constituirão o seu ninho, põe-se a construí-lo, impelida por uma força a que não consegue subtrair-se. Por muito admirável que seja o seu ninho, o animal que o edificou não passa de um autómato: ele fá-lo como o construíram todos os seus antepassados, sem jamais imaginar a mínima alteração. O homem, se não aprender, não sabe fazer que fazer dos materiais com os quais se edifica a mais rudimentar das choças. Ele não sabe que fazer fabricar um utensílio ou acender o lume por instinto. é necessário inclusivamente ensiná-lo a andar. As crianças-lobos, permanecendo até á adolescência fora do meio humano, isoladas na floresta, perdem a possibilidade de adquirir traços fundamentais como a linguagem e mesmo a posição vertical. Em virtude do seu legado cultural, o homem afastou-se do animal, mas tornou-se estritamente dependente dos outros homens. Para que ele se converta realmente num homem, é indispensável que viva a sua existência social no meio dos seus, sob a influência de todos os estímulos que lhe fornecem a sua família e a sua tribo. (...)

A cultura é, por conseguinte, o meio de adaptação mais eficaz do homem ao seu ambiente. Ela desempenhou um papel decisivo no acréscimo do duplo carácter da espécie humana: a sua unidade e a sua diversidade
R. Clarke

MOTIVO

O Motivo
O agente desenvolve intenções e age em função de motivos. O motivo responde ao “porquê?” da acção. É assim por um lado, o motor da acção, o que despoleta ou impulsiona a acção e, por outro lado, é a razão que justifica e explica a acção praticada e a intenção do agente. É por isto que o motivo que torna inteligível e dá sentido à acção.

Motivo versus causa: é o motivo uma causa?
Em cada um de nós, a mesma acção pode resultar de uma pluralidade de motivos e o mesmo motivo pode dar origem a diversas acções. Não podemos nunca garantir ou prever rigorosamente qual a decisão que vai ser tomada numa dada situação.
Por isso podemos dizer que
a) os motivos não são sinónimo de causa. Os motivos não determinam as nossas acções da mesma forma que a causalidade natural – o fogo queima. Os motivos são razões para agir, são o motor, mas podemos Não agir.
b) Os motivos fundamentam, legitimam ou justificam os nossos actos.


Dito de outra forma: a causa determina necessariamente um efeito, a causa faz ocorrer a acção independentemente da vontade do agente, e, pelo contrário, o motivo necessita de uma vontade que decida e conduza à acção. A relação entre motivo e decisão é variável, isto é, o mesmo motivo pode dar origem a várias intenções/actos e um mesmo acto pode ter origem em vários motivos. Por exemplo: ter fome pode dar origem a ir ao restaurante, cozinhar ou simplesmente não comer. De forma inversa, podemos também ir a um restaurante por motivos diversos para além da fome. Conclui-se por isso que não há uma relação de causa-efeito. 
Há casos em que o comportamento da pessoa parece ser o resultado automático de forças afectivas, não tendo existido deliberação e decisão, neste caso trata-se de uma causa e não de um motivo o que justifica a acção. Por exemplo, os actos que realizamos num estado de loucura, de embriaguez ou sob o efeito de drogas, ou aqueles que são praticados sob coação, não podem ser designados de acções (humanas).
Como tal, toda a acção humana pressupõe uma vontade livre, ou seja, um poder de deliberar e decidir por si própria, e como tal a possibilidade de não cumprir os motivos.

Critérios de avaliação


Disciplina de Filosofia – Critérios de Avaliação
Área das Aprendizagens Específicas
Indicadores de aprendizagem
Instrumentos de avaliação
Factor de ponderação
Competências do discurso
    
Capacidade (4) de problematização, conceptualização e argumentação
  
Análise e interpretação de textos  e composição filosófica
§  Estruturar o discurso com rigor lógico
§  Clarificar os conceitos centrais (5)
§  Aplicar conceitos centrais (5)
      
§  Identificar e clarificar problemas filosóficos
 
§  Clarificar teses e argumentos de natureza filosófica centrais a cada unidade programática.
§  Relacionar (6) conceitos / teorias / argumentos
 
§  Problematizar conteúdos, teorias e/ou teses
§  Analisar textos filosóficos (7)
§  Avaliar criticamente teorias filosóficas
§  Compor textos argumentativos
A1 - Testes
e/ou
A2 - Trabalhos escritos equiparáveis a testes (1)
70%
90%
Registos de observação de
B1 - trabalhos escritos de aula (2)
e
B2 – Intervenção e exposição oral (3)
20%
Grelhas de Auto-avaliação