Apontamentos, textos e trabalhos de Filosofia de/para alunos do Ensino Secundário - Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima - Esgueira, Aveiro, PORTUGAL
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
correção de teste 1 - 10.º - versão A
1 – Sim. Pois podemos
encontrar a definição de filosofia como atividade humana de
interrogação e procura de fundamento e de sentido para o todo –
“o sentido de todas as coisas” - e que afeta a existência do
homem - “é no homem que a filosofia se encontra”.
2 – A filosfia começa
quando nós nos interrogamos sobre o sentido das coisas e
questionando o óbvio. A filosofia como “amor à sabedoria” tem
como caracetrística intrínseca a atividade de questionação, de
problematização, de querer saber a verdade e essa interrogação
sendo um trabalho da razão pede respostas reacionais. Acresce que a
interrogação e os problemas são o grande motor do conhecimento.
3 – é uma ativiadade
racional. Só a razão procura e alcança a universalidade nas
coisas, só a razão cria conceitos, ideias, teorias e leis – seja
ao nível da filosofia, seja ao nível da ciencia. A experiência
permite-nos conhecer os casos particulares, gerir o conhecimento
prático do dia a dia e refutar as ideias gerais ou as teorias.
- Filosófias: III, IV, V
- É uma questão de facto, respondida de forma objetiva e com uma resposta não argumentada. A resposta a essa questão não tem alcance existencial.
- O que é o mal?
5
- b
- a
- a
- a
- b
- d
6 – Universal porque
se aplica a todos os seres de uma classe // Universal porque pode
ser partilhado entre os homens.
7
a) Nenhum homem é
careca
b) Algumas canetas não
escrevem azul
8.1 – conclusão
A) então …
B) Bobi ladra sempre que
me vê
C) os alunos da turma
tirarão boa nota
8.2
A) Dedutivo; B)
Indutivo C) Dedutivo
9
verdade – V. L. da
proposição. Depende da sua adequação à realidade, daí ser sempre uma frase declarativa.
validade – V.L. do
argumento – depende do cumprimento das regras formais da lógica, no caso do argumento dedutivo. neste sabendo que as premissas são verdadeira temos a garantia da verdade da conclusão e sabemos que tendo uma conclusão falsa alguma das premissas é falsa - a não ser que seja inválido. Nos argumentos não dedutivos a validade resulta das premissas sustentarem consistentemente a conclusão, sendo que esta não resulta das premissas por necessidade lógica. como consequência a conclusão é sempre provável e apresenta margem de erro.
domingo, 27 de outubro de 2013
Trabalho de Grupo 1 - 10,º Ano
FILOSOFIA
– 10.º ANO
Trabalho
de grupo – ano lectivo 2013-2014
Objectivo
do trabalho: analisar e aplicar os conceitos centrais da acção
humana. Desenvolver competências de interpretação e de
discursividade
Tarefas
– problema centrais:
A)
Responder à seguinte questão: o que é a acção humana? A resposta
deve ser dada discursivamente entre 10 e 20 linhas.
B)
Em que medida a acção é específica do homem?
C)
Criar um (ou mais) mapa
conceptual
que articule os conceitos centrais e e sirva de apresentação aos
colegas.
Tarefas
parcelares:
- Para responder às questões centrais deve responder às seguintes questões específicas:
- O que distingue o agir do acontecer?
- Todo o comportamento (fazer) é uma acção humana? Distinguir as acções humanas dos atos do homem.
- O que é a consciência?
- O que é a intenção?
- O que é a vontade? Como distinguir vontade de desejo?
- O que a decisão e a deliberação?
- O que é isso de motivo? Como podemos distinguir motivo de causa?
- Como podemos articular estes conceitos?
|
A
Acção Humana – análise e compreensão do agir
1. A rede
conceptual da ação
1.1. O conceito
de acção
1.2.
Acontecimentos e ações
1.2.1 Acção
voluntária: o papel da consciência e da vontade na
caracterização dos actos humanos.
1.3. Intenções
e desejos: sua distinção e respectiva importância
1.4. Motivos,
fins e projetos
1.5.
Deliberação e decisão
|
Condições:
Temporização:
a desenvolver em 4 aulas e a apresentar numa 5.ª aula.
Grupos
de 3 ou 4 alunos( a decidir na turma)
i)
Trabalho escrito:
Texto: no máximo
de 4 páginas A4, Times 11, espaço 1,5.
Mapa conceptual: 1
página.
ii)
Trabalho apresentado aos colegas: entre 10minutos.
Avaliação:
PROCESSO:
ii) atitudes: cooperação; autonomia e organização e empenho
PRODUTO:
1) Trabalho de aula: a produção escrita;
2) Intervenção e exposição
oral – preparada: apresentação.
Fontes:
- manual – pp. 53-67 e pp.83-85
- Enciclopédia Logos
- Dicionário escolar de filosofia – biblioteca ou http://www.defnarede.com
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Rede conceptual da ação
- O ACONTECER E O FAZER
- O que distingue o agir do acontecer?
- Pode a ação ser um acontecimento? Justifique a verdade desta resposta.
- “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
- A ação humana
- O que é a consciência?
- O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
- O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
- O que é um ato do homem?
- A vontade não é a intenção. Porquê?
- Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
- O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
- Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
- Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
- O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
- Define ação usando só duas palavras/expressões.
- Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
- Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
- Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
- Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
- Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
- Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
Respostas
1
- O
ACONTECER
E O FAZER
1.1
- O que distingue o fazer do acontecer? Enuncie 3 características
opostas.
O
fazer é sempre o comportamento de alguém, é sempre o que alguém
provoca, seja uma reação, seja uma ação, seja involuntário, seja
voluntário. O acontecer pode ser o resultado de um fazer ou de uma
ocorrência natural. O acontecer “apanha” o homem como espetador,
como agido e não como ator ou agente.
1.2
- Pode um fazer ser um acontecimento? Sim. Justifique a verdade desta
resposta.
O
acontecer pode ser uma ocorrência ou o efeito de sofre uma ação ou
reação de alguém.
1.3
- “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os
acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
Sim
e Sim. 1) Todas as acções podem ser compreendidas do exterior a
quem as realiza como acontecimentos e 2) como existem acontecimentos
naturais e acontecimentos fruto de reações (Cê assustou JOTA e
este reagiu mecanicamente com um murro).
2
- A ação humana
2.1
- O que é a consciência?
É
a dimensão da mente que percepciona e disso tem noção. Ser
consciente é estar de vigília e lúcido e compreender o que
acontece e faz.
2.2
- O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
Sim,
pois a vontade como poder de decisão exige a noção e o
conhecimento que da consciência.
2.3
- O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
O
ato involuntário pode ser consciente, mas não necessariamente. Os
comportamentos resultantes dos vícios, de doenças psíquicas ou das
necessidades de auto-regulação corporal (respirar, transpirar) não
precisam da consciência.
Sem
suma, todo o ato voluntário necessita da consciência, mas podemos
ter atos conscientes involuntários
2.4
- O que é um ato do homem?
È
um fazer involuntário. Considerando que o faxer voluntário se chama
ato HUMANO (e não do Homem)
2.5
- A vontade não é a intenção. Porquê?
A
intenção é o propósito de realizar algo. A vontade é a
capacidade de dizer sim ou não a esse propósito.
2.6
- Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
Não.
A intenção para surgir na mente humana tem sempre um ou várias
razões: existem sempre desejos, ideais, necessidades, aspirações
que impulsionam o homem a querer
algo,
a definir o seu propósito. Para refutar isto basta fazer o exercício
inverso: criar uma intenção sem motivação.
2.7
- O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
Não.
Um motivo pode dar origem a diferentes intenções porque as pessoas
são diferentes, no tipo de inteligência, de projectos de vida, de
valores, de cultura. As pessoas mudam elas próprias ao longo do
tempo,
2.8
- Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão.
Concorda? Justifique.
Sim,
podemos ter a intenção e decidir não a cumprir. Exemplo: TÊ está
apaixonado por SÊ e tem a intenção de lhe pedir namoro. Mas a sua
decisão não acontece pois tem receio de ser rejeitado. (a sua
decisão não acontece porque está em luta com um motivo contrário,
negativo).
2.9
- Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que
ao agente falta algo. O quê? Justifique.
Pode
faltar consciência do seu poder e das circunstâncias, pode faltar
meios.
2.10
- O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
Doença
psíquica, efeito de drogas, cansaço extremo…
2.11
- Defina ação usando só duas palavras/expressões.
Alteração
intencional da realidade.
2.12
- Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de
acções.
Ypsilón
tinha como projecto profissional ser piloto de aviões. Isto impôs
que o exercício físico e o cálculo mental fossem uma prioridade da
sua educação escolar.
2.13
- Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é
uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
São
duas questões distintas e impõem resposta contrária, mas a ideia é
a mesma: a liberdade (da vontade) é uma condição
necessária
para haver ação. Caso contrário, se o homem fizer algo sob
imposição, não resulta da sua decisão e não pode sobre o que
ocorre ser responsbilizado.
2.14
- Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
Ação
básica: Comer um gelado: é uma ação básica. Não prepara outra
ação, esgota-se em si mesma.
Ação
não básica: ir ao cinema: precisa de outras ações para se cumprir
2.15
- Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
Podemos
ter, O que é decisivo na açºao é o poder de decisão livre e não
a deliberação. Claro está que a deliberação cria maior liberdade
e maior consciência mas é uma questão de grau (+) e não de
qualidade.
2.16
- Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
Sim.
Decidir é escolher a partir da sua vontade , sem coação. Isto
significa que controla os seus próprios atos e, como tal, é poder
dizer sim ou não. Então a vontade é autónoma: o poder sobre a sua
vontade não vem do exterior, está em si mesma.
2.17
- A Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a
responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas
ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
o Valor (económico) da arte e as teorias institucionalistas da arte
Alguém acredita que Banksy pôs à venda os seus trabalhos por pouco mais de 40 euros?
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Teste - 10.º ano
Teste
de filosofia n.º 1 – 10.º Ano
Conceitos do domínio da lógica
- Definir conceito e termo
- Definir juízo e proposição
- Definir raciocínio e argumento
- Distinguir raciocínio dedutivo de raciocínio indutivo
- Enunciar uma característica da razão e do conhecimento racional
- Identificar o tema, o problema, a tese e os argumentos num discurso.
- Distinguir as características do conhecimento empírico das características do conhecimento racional
- Distinguir a verdade da validade.
- Distinguir conhecimento subjectivo de conhecimento objectivo.
- Distinguir Juízo Universal de Juízo particular.
- Distinguir juízo afirmativo de juízo negativo.
- Classificar as proposições como categóricas, hipotéticas ou disjuntivas.
- Distinguir realidade concreta de realidade abstracta.
Conteúdos específicos da unidade inicial
- Identificar questões filosóficas
- Caracterizar questões filosóficas
- Distinguir questões filosóficas de questões científicas e de questões vulgares
- Caracterizar a atitude filosófica.
- Distinguir o Objecto da filosofia do objecto das ciências;
- Distinguir o Método da filosofia do método das ciências;
a)
definir filosofia – o que é a filosofia?
-
a filosofia é um saber?
-
a filosofia é uma actividade?
-
a filosofia usa razão?
-
a filosofia procura essências e o sentido? O sentido depende da
essência?
-
a filosofia analisa e constrói conceitos?
b)
caracterizar a faculdade da razão humana
-
quais as características de um conhecimento racional? E de um
conhecimento empírico?
-
a construção de conceitos é um processo racional? O conhecimento
racional implica um processo de abstracção? Porquê?
c)
caracterizar as questões filosóficas
-
porque são abertas? O que significa dizer que são abertas?
-
porque não se restringem aos factos e às leis?
-
porque permitem várias respostas?
-
porque têm de ser argumentadas?
-
o que distingue as questões filosóficas de questões não
filosóficas?
d)
esclarecer o que é um objecto de conhecimento;
e)
caracterizar a atitude filosófica;
f)
problematizar e o valor da filosofia;
g)
Quais os campos do saber filosófico?
-
que estuda a gnoselogia?
-
que estuda a ética?
-
que estuda a filosofia política?
-
que estuda a lógica?
-
que estuda a metafísica?
-
que estuda a estética?
…
h)
- o que é um conhecimento subjectivo? E um conhecimento objectivo? -
um conhecimento intersubjectivo é sempre subjectivo?
Texto
A
“Terá
a filosofia objecto? (…). A filosofia só toma consciência de si
praticando-se, visando um objecto.
(…)
A filosofia começa quando nos interrogamos sobre o sentido do mundo
ou da história, e na medida em que o sentido “faça sentido”
implica já um fundamento e uma justificação: quando Spartacus se
interroga se tem sentido trabalhar como trabalha, ou Oppenheimer de
fabricar a bomba atómica, é sempre o homem que põe esta questão
do sentido – do sentido – do sentido de todas as coisas - , esta
questão que ecoa ao longo da aventura humana, e é no homem que a
filosofia a encontra. (…).
Mikel
Dufrenne, Pour l´homme
1
– Tendo em conta e usando o texto, defina filosofia.
Texto
B
A
filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser
a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca,
sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos
pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora
diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz
respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada
arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da
dúvida libertadora (...)
Russel,
B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2
– Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.
3
– Construa um texto argumentativo que discuta o valor da filosofia.
Deve identificar a tese, os argumentos, os contra-argumentos e/ou
objecções.
4
– Leia com atenção as seguintes questões:
a)
Que elementos entram na composição da água?
b)
O que é a liberdade?
c)
Qual a temperatura do núcleo da terra?
d)
O que é o tempo?
e)
Pode o homem conhecer a realidade?
f)
O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g)
Como minorar os efeitos de um sismo sobre as habitações?
h)
Para que vivemos?
4.1.
Classifique as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2.
Esclareça porque não é a seguinte questão uma questão
filosófica: “a liberdade de expressão é um direito humano
presente na Declaração Universal do Direitos Humanos?”
4.3.
Transforme a questão anterior numa questão filosófica.
4.4.
Formule uma questão filosófica do domínio da ética.
teste de filosofia - 10
Cotação
|
|
VERSÃO
E
|
|||
1.
pontos
2.
pontos
3.
pontos
|
4.1.
pontos
4.2.
pontos
4.3.
pontos
|
5.
pontos
6.
pontos
7.
pontos
|
8.
pontos
9.
pontos
10
pontos
|
|
Texto
A
O
núcleo da filosofia reside em certas questões que o espírito
reflexivo humano acha naturalmente enigmáticas, e a melhor maneira
de começar o estudo da filosofia é pensar directamente sobre elas.
(…)
A
filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da
ciência, não assenta em experimentações nem na observação, mas
apenas no pensamento. E, ao contrário da matemática, não tem
métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões,
argumentando, ensaiando ideias e pensando em argumentos possíveis
contra elas e procurando saber como funcionam realmente os nossos
conceitos.
T.
Nagel, Que Quer Dizer Tudo Isto? Uma Iniciação à Filosofia, 1995
1
– Tendo em conta e usando o texto, esclareça em que consiste o
conhecimento filosófico.
Texto
B
A
filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser
a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca,
sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos
pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora
diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz
respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada
arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da
dúvida libertadora (...)
Russel,
B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2
– Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.
Texto
C
Um
serviço inestimável prestada pela filosofia (…) reside no hábito,
por ela estimulado, de promover-se um julgamento imparcial
considerando-se todas as facetas de uma questão, e na ideia que ela
oferece do que seja a evidência e de que devemos buscar ou esperar
de uma prova. Pode ser esse um importante questionamento das
inclinações emocionais e das conclusões precipitadas, sendo
especialmente necessário, e com frequência negligenciado, em
controvérsias políticas. Se ambos os lados considerassem suas
diferenças políticas munidos de espírito filosófico, seria
difícil admitir a eventualidade de uma guerra. O sucesso da
democracia depende muito da habilidade dos cidadãos em distinguir um
bom de um mau argumento, não se deixando enganar por confusões. A
filosofia crítica estabelece um padrão ideal para o raciocínio
correcto e capacita quem a estuda a remanejar argumentos confusos.
Talvez seja esse a motivação pela qual Whitehead afirma, na
passagem acima citada, que "nenhuma sociedade democrática
poderá alcançar êxito sem que a educação geral que a inspire
exprima uma perspectiva filosófica".
3
– Explicite, a propósito do texto C, o problema, a tese e os
argumentos.
4
– Leia com atenção as seguintes questões:
a)
Que elementos entram na composição da água?
b)
É o homem um ser livre?
c)
Qual a temperatura do núcleo da terra?
d)
O que é o homem?
e)
Porque tem o homem valores?
f)
O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g)
Pode o homem conceber-se como ser estritamente individual?
h)
O que é a cultura?
4.1.
Classifique
as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2.
Esclareça
porque não é a seguinte questão uma questão filosófica: “a boa
aplicação da justiça é a principal uma preocupação do
ministério da justiça?”
4.3.
Transforme
a questão anterior numa questão filosófica.
4.4.
Formule
uma questão filosófica do domínio da estética.
5.
Caracterizámos Filosofia com quatro características. Atribua
a cada um dos temos as expressões que considera adequadas:
1.
Autonomia 2. Universalidade 3.
Radicalidade
|
|
|
|
6.
Tendo em conta conceitos de natureza dada, natureza adquirida e de
instinto, cultura, esclareça a seguinte afirmação: “a acção é
decisiva para definir o que cada um é”.
7.
Tenha em consideração o seguinte texto – texto C
Só
é verdadeiramente humano o acto que o homem realiza enquanto homem,
isto é, o acto que em si próprio transporta a marca da sua
diferença específica. Ora, essa diferença é a razão ou, melhor
dizendo, a racionalidade. (...)
Estes
actos são, pois, próprios do homem, não apenas pela sua estrutura,
mas também pela maneira como dependem do agente e é por isso que
merecem, a título privilegiado, ser designados como actos humanos.
JOSEPH
DE FINANCE, Éthique Général., Roma: Presses
de I'Université Grégorienne, 1967, p. 31.
- Os actos humanos segundo o texto C, são próprios do homem “pela maneira como dependem do agente”. Esclareça esta afirmação.
- Indique a propósito de cada conceito quais as atribuições verdadeiras
8.1
Motivo é
|
8.2.
A Vontade é
|
|
|
.
- Esclareça a afirmação: não há acção sem motivo, mas há motivo sem acção.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Elementos de Lógica para o 10.º Ano
1) Conceito - representação mental abstrata que sintetiza o essencial relativo a um conjunto de seres (aluno) ou relativo a um ser particular ( o João).
O termo é a expressão do conceito - e a sua concretização verbal.
2) Juízo - operação intelectual que relaciona dois conceitos de forma afirmativa ou negativa, sendo um o sujeito e o outro o predicado (atributo).
A proposição é a expressão do juízo - é a sua concretização verbal.
A proposição é sempre e só uma frase declarativa, por isso é que o seu valor lógico é o de verdade ou de falsidade. A proposição é verdadeira ou falsa porque faz uma declaração sobre a realidade e essa é verdadeiro ou é falsa.
3) Raciocínio - operação intelectual que relaciona proposições dadas (as premissas) de forma a extrair um nova proposição (a conclusão).
Um raciocínio quando expresso chama-se argumento.
Um Argumento não é verdadeiro nem falso, mas sim válido ou inválido.
3.1) Raciocínio dedutivo - operação intelectual que em função das premissas dadas serem verdadeiras tem de concluir necessariamente uma proposição verdadeira.
Podemos ter um argumento DEDUTIVO Válido em que:
a) todas as proposições (premissas e conclusão) são verdadeiras
b) todas as suas proposições (premissas e conclusão) são falsas.
c) as premissas são falsas e a conclusão verdadeira.
Não podemos ter um argumento dedutivo válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. Este sendo impossível não é exemplificável.
Exemplo de b)
Todos os alunos são seres que gostam de lógica.
Nenhum ser que gosta de lógica é humano.
Logo, nenhum humano é aluno.
Exemplo de c)
Todos os peixes nadam rápido (Falso)
As baleias são peixes. (Falso)
Logo, as baleias nadam. (Verdade)
O que é um raciocínio NÃO DEDUTIVO?
EXEMPLO DE RACIOCINIO NÃO DEDUTIVO: RACIOCÍNIO INDUTIVO.
O termo é a expressão do conceito - e a sua concretização verbal.
2) Juízo - operação intelectual que relaciona dois conceitos de forma afirmativa ou negativa, sendo um o sujeito e o outro o predicado (atributo).
A proposição é a expressão do juízo - é a sua concretização verbal.
A proposição é sempre e só uma frase declarativa, por isso é que o seu valor lógico é o de verdade ou de falsidade. A proposição é verdadeira ou falsa porque faz uma declaração sobre a realidade e essa é verdadeiro ou é falsa.
3) Raciocínio - operação intelectual que relaciona proposições dadas (as premissas) de forma a extrair um nova proposição (a conclusão).
Um raciocínio quando expresso chama-se argumento.
Um Argumento não é verdadeiro nem falso, mas sim válido ou inválido.
3.1) Raciocínio dedutivo - operação intelectual que em função das premissas dadas serem verdadeiras tem de concluir necessariamente uma proposição verdadeira.
Podemos ter um argumento DEDUTIVO Válido em que:
a) todas as proposições (premissas e conclusão) são verdadeiras
b) todas as suas proposições (premissas e conclusão) são falsas.
c) as premissas são falsas e a conclusão verdadeira.
Não podemos ter um argumento dedutivo válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. Este sendo impossível não é exemplificável.
Exemplo de b)
Todos os alunos são seres que gostam de lógica.
Nenhum ser que gosta de lógica é humano.
Logo, nenhum humano é aluno.
Exemplo de c)
Todos os peixes nadam rápido (Falso)
As baleias são peixes. (Falso)
Logo, as baleias nadam. (Verdade)
O que é um raciocínio NÃO DEDUTIVO?
EXEMPLO DE RACIOCINIO NÃO DEDUTIVO: RACIOCÍNIO INDUTIVO.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Um filme sobre Hannah Arent - uma filosófa que pensou e teorizou o totalitarismo
A mulher com cabeça
- Hannah Arendt
- De: Margarethe von Trotta
- Com: Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer
- Género: Drama, Biografia
- Classificacao: M/12
Uma interpretação extraordinária de Barbara Sukowa no filme mais importante agora em exibição entre nós: retrato de mulher e filme de ideias sobre um tempo que passou.
Envolto nas roupagens levemente nostálgicas de uma Nova Iorque académica e afluente, mitificada pelos bons ofícios do cinema, Hannah Arendt pode ter um leve aroma de “filme fora de tempo”, ou não identificássemos a sua autora, a veterana alemã Margarethe von Trotta, com a vertente mais interventiva do cinema alemão dos anos 1970. E é obra que recorda, com saudade e sem saudosismo, um tempo em que havia espaço e disponibilidade para o, e entusiasmo pelo, pensamento. Um tempo em que a cultura, a arte, a literatura não eram apenas palavras vãs, mas sim algo que tinha um impacto prático, quotidiano.
Envolto nas roupagens levemente nostálgicas de uma Nova Iorque académica e afluente, mitificada pelos bons ofícios do cinema, Hannah Arendt pode ter um leve aroma de “filme fora de tempo”, ou não identificássemos a sua autora, a veterana alemã Margarethe von Trotta, com a vertente mais interventiva do cinema alemão dos anos 1970. E é obra que recorda, com saudade e sem saudosismo, um tempo em que havia espaço e disponibilidade para o, e entusiasmo pelo, pensamento. Um tempo em que a cultura, a arte, a literatura não eram apenas palavras vãs, mas sim algo que tinha um impacto prático, quotidiano.
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