quarta-feira, 15 de abril de 2009

Trabalho Individual - Estética - 10.º Ano - Filosofia

FILOSOFIA

Trabalho individual – 10.º Ano Turma B e E
Objectivos gerais do trabalho:
Adquirir instrumentos cognitivos, conceptuais e metodológicos fundamentais para o desenvolvimento do trabalho filosófico e transferíveis para outras aquisições cognitivas. Desenvolver um pensamento autónomo e emancipado que, por integração progressiva e criteriosa dos saberes parcelares, permita a elaboração de sínteses reflexivas pessoais, construtivas e abertas. Adquirir hábitos de estudo e de trabalho autónomo. Desenvolver atitudes de curiosidade, honestidade e rigor intelectuais. Reconhecer distintos sistemas de valores e diferentes paradigmas de valoração. Adquirir o gosto e o interesse pelas diversas manifestações culturais. Analisar a problemática sobre a qual um texto toma posição, identificando o tema/problema, a(s) tese(s) que defende ou a(s) resposta(s) que dá, as teses ou respostas que contraria ou as teses ou respostas que explicitamente refuta. Analisar a conceptualidade sobre a qual assenta um texto, identificando os termos ou conceitos nucleares do texto, explicitando o seu significado e as suas articulações. Desenvolver, seguindo planos/guiões ou modelos simples, temas/problemas programáticos, que tenham sido objecto de abordagem nas aulas.

Objectivos específicos:
- Compreender e aplicar os diversos CONCEITOS ESPECÍFICOS NUCLEARES do domínio da estética - estética, experiência estética, teoria estética, gosto, juízo estético, útil, agradável, belo, horrível, sublime, arte, obra de arte, artista, espectáculo, criação artística. - problematizar o conceito de arte; - discutir a natureza do juízo estético; - Questionar a possibilidade de comunicação da experiência estética - a natureza do juízo estético; - Diferenciar uma teoria estética, - Reflexão sobre a multidimensionalidade da obra de arte;
- a industrialização da estética na sociedade contemporânea; problematizar o conceito de valor de mercado e de arte como objecto produzido; - pluralidade de sentidos (polissemia); - manifestação da identidade cultural dos povos;
- revelação de novos modos de conhecer o sujeito e o mundo.

Tarefa: desenvolver a análise de uma obra de arte, reconhecida como tal, evidenciando características da obra em si, do autor e das circunstâncias em que foi criada, das suas possíveis implicações culturais ou outras, bem como as razões pelas quais o aluno a escolheu – o que se relaciona com a experiencia e juízo estético.

Tema Sugestão de percurso:
A dimensão estética da acção humana.
1. A experiência e o juízo estético
A experiência estética
O subjectivismo e o objectivismo estético e a sua superação pelo Juízo estético kantiano:
2. A criação artística e a obra de arte
a) O que é a arte e para que serve?
b) A evolução da noção de arte e o belo
c) Quando é que há arte?
d) Teorias da arte: Arte como imitação; Arte como expressão; Arte como forma.
e) Propósitos do autor e a dimensão histórico-cultural da criação.
3. Reflexão sobre a multidimensionalidade da obra de arte:
- objecto produzido - valor no mercado;
- a industrialização da estética na sociedade contemporânea;
- pluralidade de sentidos (polissemia);
- manifestação da identidade cultural dos povos;
- revelação de novos modos de conhecer o sujeito e o mundo. Tomando em consideração uma obra de arte à sua escolha, atenda aos seguintes tópicos:
1. O que é a arte? Um primeiro esclarecimento
a) Respostas ao longo da história
2. Inserção da obra na corrente artística e seu esclarecimento;
3. A análise em função de uma teoria da arte;
4. Esclarecimento de motivações do autor e as circunstâncias histórico-culturais para a sua compreensão
5. Esclarecer a importância cultural /histórica/sociológica/ política/… da obra.
6. Descrever a sua experiencia estética;
7. Posicionar-se relativamente à natureza do juízo estético
8. A obra de arte e a importância da criação


Calendarização: entrega do trabalho escrito: 22 de Maio; apresentação e defesa do trabalho: após 22 de Maio.
Número de páginas: corpo do trabalho: 3 – 5. Anexos: ilimitado
Avaliação: 80% - Trabalho escrito; 20% - Defesa oral. visa confirmar a autoria do trabalho.
a) Critérios de análise do trabalho escrito:
- todos os que se incluem na dimensão das aprendizagens especificas da disciplina;
- todos os que se incluem na dimensão das aprendizagens transversais.
b) Critérios de análise da apresentação oral:
- Rigor discursivo e conceptual;
- Inteligibilidade e clareza da apresentação.




Normas para a redacção e paginação do trabalho:
- Texto: normal: letra 12
- Títulos: negrito
- Margens: 3 cm
- Espaçamento entre linhas: 1,5
- Tamanho da letra:
Corpo do trabalho: 12
Notas de rodapé: 10
Citações com mais de 3 linhas: 10
Estrutura das citações: Exemplo 1: podemos tornar nossa a tese de Almeida (2001: 11) quando afirma “as galinhas não têm dentes”.

Normas acerca das referências bibliográficas:
Livro: Savater, Fernando (2004) Ética para um Jovem. Barcarena: Editorial Presença.
Artigo de livro/revista: Henrique, Luís (2003) A reforma educativa do sistema educativo. In Pacheco (Org.) Revista Portuguesa de estudos curriculares, pp. 190 – 205.
Internet: www.explicatio.blogspot.com (consulta – 03 de Abril de 2006).

Notas de rodapé: servem para esclarecer o que é dito no corpo do texto ou citar.

BIBLIOGRAFIA
Adorno, T. W. (1982). Teoria Estética. Lisboa: Ed. 70.
A obra reflecte sobre a relação da arte com a sociedade e a ideologia.

Aparici, R.& Garcia-Matilla, A. (1987). Lectura de Imágenes. Madrid: Ediciones de la Torre.
Temas tratados: I - Alfabetização, audiovisual e ensino; II - Como vemos as imagens?; III - A
Comunicação; IV - A ilusão do real; V - Elementos básicos da imagem; VI - Leitura de uma imagem fixa. Contém diversos guiões para análise dos meios audiovisuais.
Benjamin, W. (1992). Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio d'Água.
Conjunto de textos que reúne reflexões do autor sobre diferentes manifestações da arte e em especial sobre a sua perda de aura na actualidade.

Dufrenne, M. (1953). Phénoménologie de l'expérience esthétique - 2 vol. I. L'objet esthétique. II. La perception esthétique. Paris: PUF.
Obra que aplica o método fenomenológico à arte, pretendendo encontrar a sua essência e unidade. A estética surge ao mesmo tempo como uma disciplina específica, dirigida a obras particulares e como disciplina filosófica, exigindo generalidade e radicalidade.

Ferry, L. (1990). Homo Aestheticus: l' invention du goût à l'âge démocratique. Paris: Grasset.
A partir da tese segundo a qual a história da estética moderna se pode ler como uma história da
subjectividade, o autor analisa os grandes momentos da história do individualismo democrático em paralelo com os momentos da subjectivização do gosto.
Gombrich, E. (1995). Arte e Ilusão. Um Estudo da Psicologia da Representação Pictórica. São Paulo: Martins Fontes.
Obra que analisa a percepção, a representação, a semelhança, colocando a questão do estilo e do espectador.

Haar, M. (1994). L'Oeuvre d'Art. Essai sur l'ontologie des oeuvres. Paris: Hatier.
Obra que sintetiza com rigor e clareza o que é a obra de arte e a relação entre arte e verdade, a partir de textos precisos de Platão, Aristóteles, Kant, Schelling, Schopenhauer, Hegel, Nietzsche, Heidegger e Merleau-Ponty.

Pita, A. P. (1999). A Experiência Estética como Experiência do Mundo. Porto: Campo das Letras.
Uma análise sistemática da obra de Mikel Dufrenne, um estudo das relações entre o artístico e o filosófico, por um lado, a ética e a estética, por outro. Mostra que em Dufrenne a ética necessita da dimensão estética.

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