terça-feira, 28 de abril de 2009

Ética Utilitarista - 2

O utilitarismo é o tipo mais bem conhecido de teoria ética consequencialista. O seu mais famoso defensor foi John Stuart Mill (1806-1873). O utilita¬rismo baseia-se no pressuposto de que o objectivo último de toda a actividade humana é (num certo sentido) a felicidade. Esta perspectiva é conhecida como hedonismo.
Um utilitarista define o "bem" como "seja o que for que trouxer a maior felicidade global". Isto é, por vezes, conhecido como o princípio da maior feli¬cidade ou princípio da utilidade. Para um utilitarista, a boa acção pode ser cal¬culada, em quaisquer circunstâncias, examinando as consequências prováveis dos vários cursos possíveis de acção. A boa acção é a que tiver mais probabili¬dades de trazer a maior felicidade nas circunstâncias, examinando as conse¬quências prováveis dos vários cursos possíveis de acção. A boa acção é a que tiver mais probabilidades de trazer a maior felicidade nas circunstâncias em causa (ou, pelo menos, mais felicidade do que infelicidade), seja ela qual for.
O utilitarismo tem de lidar com consequências prováveis, porque habitual¬mente é extremamente difícil, se não mesmo impossível, prever os resultados possíveis de uma acção específica: por exemplo, insultar pessoas provoca habi¬tualmente infelicidade, mas a pessoa que estamos a insultar pode ser um maso¬quista que tem imenso prazer em ser insultado.
Nigel Warburton, Elementos Básicos da Filosofia, Edições Gradiva, Lisboa, 1997, pp. 80-81

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