Se a resposta à questão colocada no post Língua e Pensamento I, for afirmativo, podemos supor que pobreza de língua conduz a pobreza no pensar?
Ou seja, tem maior capacidade de análise e avaliação da realidade quem domina 10 000 vocábulos face a quem domina 300?
Uma abordagem romanceada a este problema está presente no livro 1984, de George Orwell, que tratando um mundo dividido em 3 blocos, num deles cria-se a novilíngua que era desenvolvida não pela criação de novos vocábulos, mas pela supressão de vocábulos e de sinónimos e impedindo a relativização e subjectividade na abordagem dos assuntos. O objectivo ao simplificar a língua relaciona-se com a eficiência, mas também com o controle do pensamento: só é classificável e passível de integrar uma proposição o que é dado nas/pelas palavras. Não havendo palavras...
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