do Romance O Transviado - Jaime Magalhães Lima
Claudio approximou-se do par que momentos antes tinha deixado e offereceu-lhe logar na sua carruagem para regressarem juntos a Albergaria.
--Não, muito obrigado, vamos incommodal-o. Temos ali um carrito em que viémos.
Instou; que a tarde estava horrorosa, que iriam talvez um pouco mais agasalhados, que lhe davam o maior prazer com a sua companhia.
--A Emilia dirá, respondeu o homem de lunetas voltando-se para a mulher.
--Ah! por mim, acudiu ella muito alegremente, acceito e agradeço; não sei desprezar tão boa fortuna. Desculpe-me v. ex.ª a franqueza...
Conheço o apenas ha uma hora e vou dispondo já das suas cousas com uma
familiaridade que póde induzil-o em mau juizo...
--Oh! pelo amor de Deus, minha senhora, não diga mais, que blasphemias!... Muito prazer, fico muito reconhecido a v. ex.as.
Encaminharam-se, atravez da linha, para a carruagem, que era um vasto landau tirado por dois possantes cavallos, e Claudio sentou-se em frente de Emilia e do marido.
Apenas sairam da estação, a conversa reatou-se no tom de banal animação em que a vimos começada. Claudio ia inquieto, um pouco embriagado pela belleza da mulher que tinha deante de si.
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