Apontamentos, textos e trabalhos de Filosofia de/para alunos do Ensino Secundário - Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima - Esgueira, Aveiro, PORTUGAL
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
O Maneirismo
contrariando os cânones estéticos enquadrados na harmonia, no equilíbrio e na racionalidade, apresenta excessos, simbolismos variados, o equilíbrio instável, seja entre o bem e o mal, o desejo e a proibição, a clareza e o tenebroso.
Jacopo da Pontormo - A Deposição da Cruz, 1526-1528. Florença
Caravaggio - Jovem mordido por um lagarto - 1593
Jacopo da Pontormo - A Deposição da Cruz, 1526-1528. Florença
A neutralidade da ciência
Pode a ciência ser neutra ou incorpora nas suas perguntas e nas suas conjecturas a subjectividade do cientista e do seu modelo cultural?
Pode a tecnologia ser neutra ou estabelece ritmos próprios e configura a estrutura cognitiva de quem a utiliza?
Pode a tecnologia ser neutra ou estabelece ritmos próprios e configura a estrutura cognitiva de quem a utiliza?
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Análise de Obra de Arte - o Cigarro
“O Cigarro”, de Henri Lebasque
Inês Gonçalves e José Brazielas - Escola Sec. Jaime Magalhães Lima
Fauvismo
Esta corrente, Fauvismo, constituiu
a primeira vaga de assalto da arte moderna propriamente dita. Em 1905, em
Paris, no Salon d’Automne, ao entrar na sala onde estavam expostas obras de
autores pouco conhecidos, Henri Matisse, Georges Rouault, André Derain, Maurice
de Vlaminck, entre outros, o crítico Louis de Vauxcelles julgou-se entre as
feras (fauves). As telas que se encontravam na sala eram, de facto, estranhas,
selvagens: uma exuberância da cor, aplicada aparentemente de forma arbitrária,
tornava as obras chocantes. Caracteriza-se pela importância que é dada à cor
pura, sendo a linha apenas um marco diferenciador de cada uma das formas
apresentadas. A técnica consiste em fazer desaparecer o desenho sob violentos
jactos de cor, de luz, de sol.
Características
Fundamentais
- Primado da cor
sobre as formas: a cor é vista como um meio de expressão íntimo;
- Desenvolve-se em grandes manchas de cor que delimitam planos, onde a ilusão da terceira dimensão se perde;
- A cor aparece pura, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas directas e emotivas;
- Autonomiza-se do real, pois a arte deve reflectir a verdade inerente, que deve desenvencilhar-se da aparência exterior do objecto;
- A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social, política ou outra.
- Os planos de cor estão divididos, no rosto, por uma risca verde. Do lado esquerdo, a face amarela destaca-se mais do fundo vermelho, enquanto que a outra metade, mais rosada, se planifica e retrai para o nível do fundo em cor verde. Paralelos semelhantes podemos ainda encontrar na relação entre o vestido vermelho e as cores utilizadas no fundo.
- A obra de arte nasce, por isso, autónoma em relação ao objecto que a motivou. - A linguagem é plana, as cores são alegres, vivas e brilhantes, perfeitamente harmonizadas, não simulando profundidade, em total respeito pela bidimensionalidade da tela.
- A cor é o elemento dominante de todo o rosto. Esta é aplicada de forma violenta, intuitiva, em pinceladas grossas, empastadas e espontâneas, emprestando ao conjunto uma rudeza e agressividade juvenis.
- Estudo dos efeitos de diferentes luminosidades, anulando ou distinguindo efeitos de profundidade.
- Desenvolve-se em grandes manchas de cor que delimitam planos, onde a ilusão da terceira dimensão se perde;
- A cor aparece pura, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas directas e emotivas;
- Autonomiza-se do real, pois a arte deve reflectir a verdade inerente, que deve desenvencilhar-se da aparência exterior do objecto;
- A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social, política ou outra.
- Os planos de cor estão divididos, no rosto, por uma risca verde. Do lado esquerdo, a face amarela destaca-se mais do fundo vermelho, enquanto que a outra metade, mais rosada, se planifica e retrai para o nível do fundo em cor verde. Paralelos semelhantes podemos ainda encontrar na relação entre o vestido vermelho e as cores utilizadas no fundo.
- A obra de arte nasce, por isso, autónoma em relação ao objecto que a motivou. - A linguagem é plana, as cores são alegres, vivas e brilhantes, perfeitamente harmonizadas, não simulando profundidade, em total respeito pela bidimensionalidade da tela.
- A cor é o elemento dominante de todo o rosto. Esta é aplicada de forma violenta, intuitiva, em pinceladas grossas, empastadas e espontâneas, emprestando ao conjunto uma rudeza e agressividade juvenis.
- Estudo dos efeitos de diferentes luminosidades, anulando ou distinguindo efeitos de profundidade.
Dissecação da Obra
Ao folhearmos um livro sobre História da
Arte na biblioteca chamou-nos a atenção uma época de nome estranho no mínimo. O
fauvismo foi uma corrente que nasceu em França em finais do século XIX e início
do século XX.
Nesse mesmo capítulo deparámo-nos com uma
obra bastante interessante, retratando uma mulher sentada numa cadeira fumando
um cigarro bastante descontraída e com um olhar fixo. O seu autor, Henri Lebasque,
pintou esta obra de arte, de nome “La Cigarrete” em 1921, numa época em que a
mulher começou a sua emancipação e a afirmar-se como um membro da sociedade,
não sendo apenas um objecto ou algo negociável como se pensara até àqueles
tempos. Um dos grandes marcos dessa afirmação e libertação foi o hábito da
mulher começar a fumar. Nesta época fumar tornou-se chique perante a sociedade
feminina. Esta obra retrata mesmo esse marco vincadamente, onde uma mulher
sentada na sua cadeira relaxada (Lebasque transmite esse sentimento ao pintar a
mulher com a mão apoiada na cadeira), desfruta do seu cigarro vestida com boas
roupas de cor amarela e azul e usando um relógio, uma pulseira, brincos e um
colar, um pequeno chapéu e os lábios pintados de vermelho, levando a crer que
pertencesse a uma classe alta da sociedade. Lebasque retrata a típica mulher
parisiense. No plano de trás pode-se notar a luminosidade e a cor clara das paredes
e das portadas das janelas. Neste plano as tonalidades e diferentes cores
distinguem os objectos, não havendo um plano a três dimensões. Ao pegar no
cigarro com os dedos leva a crer que era uma mulher irreverente e despreocupada
com o que os outros poderiam pensar, uma vez que tal gesto não transmite
elegância, por isso se utilizavam as chamadas ponteiras. As linhas pouco
delineadas e as pinceladas grossas e carregadas representam as principais
características do fauvismo. A característica parece ter sido pintada de uma só
pincelada transmitindo a sensação intuitiva, espontânea e violenta que os
pintores fauvistas pretendiam retratar nas suas obras. A face rosada e a sua
pele clara estão de tal forma interligadas que passam a
ideia de quão delicada aquela mulher é, como algo que ao mínimo toque se pode
quebrar. Como se aquela não existisse o resto do quadro estivesse vazio e não
mais fizesse sentido algum existir. Lebasque transmite não apenas a faceta
irreverente da mulher, mas também a sua delicadeza e beleza. Todo o jogo de
cores, tonalidades e planos fazem a simbiose perfeita para que esta obra mereça
ser reconhecida, mas acima de tudo desfrutada e saboreada por cada pessoa,
pretendendo que cada pessoa crie o seu próprio juízo estético e assim possa desenvolver
o seu conceito de belo, fundamentando-se no sentimento de agrado ou desagrado e
na emoção que esta lhe provoca.
Actualmente encontra-se no Museu d’Orsay em
Paris.
Bibliografia
“História da Arte: As vanguardas do
embolismo ao cubismo”, volume16; Edilora Salvab
domingo, 10 de junho de 2012
Débora Pereira nº5 10ºA
Diogo Rafael nº6 10ºA
Introdução:
Este trabalho fala-nos acerca do notório filósofo: John Rawls. Não se
trata de uma biografia, pois não é essencialmente disso que ele vai tratar, mas
sim daquilo que o tornou conhecido: a sua teoria de justiça na sociedade. Vamos
ficar a entender se é possivel, segundo ele, existir uma sociedade justa; e se
sim, quais as condições e princípios propicios a isso. Achamos importante
referir que a informação contida neste trabalho trata-se apenas da descrição da
sua teoria, não sendo algo actualmente constável e praticável.
PRÉ-LEITURA: Alguns conceitos a considerar, para
que possa haver um melhor entendimento do corpo do trabalho.
CONCEITO | SIGNIFICADO |
Justiça | Igualdade entre todos os cidadãos, acompanhada de uma consideração equitativa/consensual; apelando sempre para o cumprimento dos direitos de cada um. |
Igualdade | Igual consideração. Cada um deve ter as mesmas oportunidades de alcançar os seus objectivos por mérito próprio. Ninguém deve ser superior. |
Equidade | Aplicando a justiça e imparcialidade, é o processo de adoptar uma regra a uma situação específica, de modo a que esta possa ser considerada justa; Modo de aplicar um direito/justiça. |
Liberalismo | Filosofia política, que valoriza os direitos, as diversas liberdades e a autonomia do indivíduo. |
“Véu da Ignorância” (“Impede-nos saber se somos ricos/pobres, professores/alunos, atletas/advogados.”) | Descrição metafórica que permite destacar a necessidade de que para se estabelecer/distribuir os principios de justiça é necessário ignorar/desconsiderar factos particulares tais como: capacidades inatas, dons, aptidões, posição/contexto/condição social(…) |
À priori | Pensamento e ideia independentes da experiência; ocorre antes da experiência. |
Racional | Faculdade que procura o universal na realidadeÉ algo directo e objectivo, marcado pelo raciocínio lógico e intelectual do homem; desprezando factores tais como sentimentos e factores particulares. |
Justiça distributiva (“Como devem ser distribuídos os bens sociais – riquezas; oportunidades – pelas diversas pessoas/grupos da sociedade?”) | Modo de distribuir os bens pelos iguais membros da sociedade de forma justa, segundo um determinado critério. |
Direitos de 1ª Geração | Defendem os básicos da pessoa como ser individual: direito à liberdade, propriedade, vida e segurança. Protegendo assim a individualidade da pessoa em relação ao Estado. |
Direitos de 2ª Geração “As acções do Estado devem estar motivadas/orientadas para atender à justiça social.” | Direitos sociais: direitos económicos, sociais e culturais. Obriga o estado a fazer prestação positiva em benefício da pessoa necessitada. |
Justiça Social | Construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na solidariedade colectiva. OBJECTIVO: Equilibrar as desigualdades. |
Posição Original “Se fosse possível escolher as regras que determinam a organização da sociedade, quais seriam as regras que eu escolheria?” | Situação puramente hipotética, caracterizada de forma a conduzir a uma certa concepção de justiça. Nesta posição, os indivíduos envolvidos nela não desconhecem todos os seus particulares: posição social, atributos, experiências, etc. |
Princípio de Justiça |
Resultado de um acordo/negociação equitativa.
|
John Rawls defende a possibilidade de existir uma
sociedade justa, com determinadas condições, príncipios e métodos de
estabelecimento dos mesmo. Para podermos entender o seu ponto de vista e as
soluções que ele nos apresenta para a concretização deste facto – existência de
uma sociedade justa – quase irreal, vamos responder a certas perguntas.
1.
O que é uma sociedade justa?
Uma sociedade justa é aquela em que a igualdade de
liberdades entre os cidadãos é reconhecida. Neste tipo de sociedade a aplicação
dos direitos não é negociavél/alterável de modo a satisfazer ou beneficiar
determinados grupos/membros da sociedade.
2.
Que condições são necessárias para que os homens construam uma sociedade
justa?
Os direitos das pessoas serem invioláveis e haver um
ambiente de diálogo, propício ao estabelecimento de um máximo de vantagens
possíveis para todos os membros da sociedade.
3.
Quais são os princípios de uma sociedade justa?
Os princípios são:
1.º - Principio de igualdade – Assegura que
cada pessoa tenha acesso às liberdades básicas/primárias;
2.º - Principio de
diferença – é admissível a diferença entre os cidadãos desde que daí resulte um maior benefício social. Este principio defende que todas as diferenças económicas devam ser distribuídas de modo a que os benefícios sejam abrangente a todos, nomeadamente aos mais desfavorecidos.
MAS a) este princípio submete-se ao 1.º
b) todos os homens têm direito a igual oportunidade.
4.
Como se estabelecem os principios de uma sociedade justa?
Para que estes possam ser estabelecidos de modo justo e
imparcial, os individuos envolvidos neste consenso devem partir de uma situação
puramente hipotética (posição inicial), caracterizada de forma a conseguir
adquirir uma determinada concepção de justiça. Todos os envolvidos devem partir
do principio que desconhecem a sua origem e posição ocupada na sociedade. Para
conseguirem atingir uma situação de imparcialidade vão utilizar uma descrição
metafórica denominada “véu da ignorância”, que vai obrigar os individuos
esquecer influenciáveis factores pessoais, tais como: aptidões inatas, ect.
Esta estratégia de ignorância vai assegurar um justo imparcial e equitativo
estabelecimento de princípios, sempre com o objectivo de beneficiar os membros
com menores condições.
(...)
Após a
resposta a estas questões, podemos concluir que a teoria de John Rawls defende
a possibilidade da existência de uma sociedade justa. Segundo ele, para que
isto aconteça é necessário haver inviolibilidade dos direitos do homem e uma
igualdade de oportunidade para todos (cada um deve lutar pelos seus objetivos,
adquirindo-os por mérito próprio). A diferença é permitida, somente se esta agir
em função do membro/grupo mais necessitado.
Para que
os principios, dentro desta sociedade sejam aplicados de modo justo e
imparcial, é aplicada uma estratégia de distância do real e do particular. Para
isso, usa-se conceitos e situações tais como, a já referida, “posição inicial”e
o “véu da ignorância”. Isto permite aos individuos envolvidos no consenso de
estabelecimento dos principios não serem influenciados pelas suas capacidades,
experiências particulares e até mesmo conceitos/preconceitos já formados.
Depois de todas estas desconsiderações basta perguntarem-se: “Se fosse possível escolher as regras que
determinam a organização da sociedade, quais seriam as regras que eu
escolheria?”. Estes princípios defendem a igualdade - Todas as pessoas
devem ter igual oportunidade de lutar para alcançar os seus objectivos por
próprio mérito – e a diferença, na medida em que os bens sociais são distribuídos de acordo com o rendimento e a posição social em questão.
(regalias estas que são somente o fruto do esforço de cada um).
Bibliografia:
http://criticanarede.com/pol_justica.html
http://filosofiareal.blogspot.com/search/label/Filósofos%3AJohnRawls
Manual – 10ºano
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