Articulando proposições podemos formar argumentos (raciocínios). Num
argumento infere-se (extrai-se uma conclusão) uma nova ideia, ou seja, extrai-se
uma nova proposição a partir de proposições já conhecidas (as premissas).
Existem dois grandes tipos de argumentos: o DEDUTIVO e o NÃO DEDUTIVO.
O que diferencia os dois?
No argumento dedutivo a conclusão que se extrair não poder
deixar de ser aquela que se extraiu. A conclusão é necessária (imposição da
razão a si própria) tendo em conta as frases de partida. Assim, de proposições verdadeiras só se pode concluir uma proposição verdadeira: a verdade da conclusão é
uma consequência necessária da verdade das proposições de partida (antecedentes ou premissas). Dito de forma negativa: de premissas verdadeiras é IMPOSSÍVEL inferir um conclusão falsa. Se tal ocorrer, então o argumento é inválido
Exemplo:
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Os alunos do 11º são homens
(premissa 2)
Logo, os alunos do 11º são
mortais (conclusão).
No argumento NÃO DEDUTIVO a conclusão que se extrai pode ser mais ou menos forte em função das frases conhecidas, mas não é uma necessidade lógica que assim seja, é só mais ou menos provável, mais ou menos razoável, mais ou menos aceitável. ou seja, as premissas (proposições antecedentes) não garantem a verdade da conclusão, mas somente a sua plausibilidade ou probabilidade.
Existem diversos tipos de argumentos não dedutivos: indutivos, analógicos, abdutivo, ...
Exemplo:
Os três gatos Nó, Só e Pó
comeram carapau e ficaram doentes. Logo, todos os gatos que comem carapau ficam
doentes (ou o carapau põe os gatos doentes).
Parece claro que a conclusão é muito pouco provável.
O argumento é fraco: a conclusão não tem proposições verdadeiras em numero suficiente onde se sustentar. Aliás, a conclusão é falsa, pois a minha gata não fica doente por comer carapau.
Agora um exemplo com um argumento Não dedutivo forte:
Os três gatos Nó, Só e Pó têm 3
anos e durante os últimos mil dias comeram carapau. O Nó, que era muito
inteligente, pensou: «se todos este dias fui alimentado com carapau, o jantar
de hoje também será carapau» (INDUÇãO - um tipo de raciocínio não dedutivo).
A sua conclusão tem todo o sentido, pois as premissas
de onde parte são fortes. MAS não apresenta uma necessidade lógica. Pode (possibilidade) acontecer o dono
ter-lhe dado o que ficou da sardinha do seu jantar...
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