sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Lógica - argumentos dedutivos e argumentos não dedutivos

Articulando proposições podemos formar argumentos (raciocínios). Num argumento infere-se (extrai-se uma conclusão) uma nova ideia, ou seja, extrai-se uma nova proposição a partir de proposições já conhecidas (as premissas).

Existem dois grandes tipos de argumentos: o DEDUTIVO e o NÃO DEDUTIVO.
O que diferencia os dois? 
No argumento dedutivo a conclusão que se extrair não poder deixar de ser aquela que se extraiu. A conclusão é necessária (imposição da razão a si própria) tendo em conta as frases de partida. Assim, de proposições verdadeiras só se pode concluir uma proposição verdadeira: a verdade da conclusão é uma consequência necessária da verdade das proposições de partida (antecedentes ou premissas). Dito de forma negativa: de premissas verdadeiras é IMPOSSÍVEL inferir um conclusão falsa. Se tal ocorrer, então o argumento é inválido
Exemplo: 
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Os alunos do 11º são homens (premissa 2)
Logo, os alunos do 11º são mortais (conclusão).

No argumento NÃO DEDUTIVO a conclusão que se extrai pode ser mais ou menos forte em função das frases conhecidas, mas não é uma necessidade lógica que assim seja, é só mais ou menos provável, mais ou menos razoável, mais ou menos aceitável. ou seja, as premissas (proposições antecedentes) não garantem a verdade da conclusão, mas somente a sua plausibilidade ou probabilidade.

Existem diversos tipos de argumentos não dedutivos: indutivos, analógicos, abdutivo, ...

Exemplo:
Os três gatos Nó, Só e Pó comeram carapau e ficaram doentes. Logo, todos os gatos que comem carapau ficam doentes (ou o carapau põe os gatos doentes).
Parece claro que a conclusão é muito pouco provável. O argumento é fraco: a conclusão não tem proposições verdadeiras em numero suficiente onde se sustentar. Aliás, a conclusão é falsa, pois a minha gata não fica doente por comer carapau.

Agora um exemplo com um argumento Não dedutivo forte:
Os três gatos Nó, Só e Pó têm 3 anos e durante os últimos mil dias comeram carapau. O Nó, que era muito inteligente, pensou: «se todos este dias fui alimentado com carapau, o jantar de hoje também será carapau» (INDUÇãO - um tipo de raciocínio não dedutivo).

A sua conclusão tem todo o sentido, pois as premissas de onde parte são fortes. MAS não apresenta uma necessidade lógica. Pode (possibilidade) acontecer o dono ter-lhe dado o que ficou da sardinha do seu jantar...

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