Ana Margarida
Ana Rita
10.º D
Hipótese de trabalho: a defesa do determinismo absoluto
No determinismo
absoluto, todos os acontecimentos dependem sucessiva e necessariamente das suas
causas. Um acontecimento pode ser simultaneamente causa e efeito. Tudo o que
fazemos é inevitável, não o podíamos ter feito de outra maneira. De acordo com
esta tese, a decisão de Heitor não pode ser livre, por várias razões:
Þ
Heitor
não podia fugir de Troia, pois tinha um filho e por razões biológicas era
incapaz de o abandonar;
Þ
Heitor
não podia atraiçoar a sua cidade, pois seria punido;
Þ
Heitor
não podia recusar lutar contra Aquiles, pois em criança tinha sido educado para
se tornar num bom guerreiro e também lhe ensinaram que a cobardia era algo
odioso.
Logo, Heitor não teve escolha: só podia lutar contra Aquiles.
O comportamento das pessoas é
causado por fatores fora do seu controlo (ex.: genética, ambiente onde
cresceu). Se o agente não tem controlo sobre esses fatores, não se trata de uma
ação livre. Se uma ação é praticada livremente, o agente poderia decidir
praticar outra ação diferente em vez dessa; no entanto, não se pode praticar
uma ação diferente da que se praticou, logo, a pessoa não agiu livremente (não
tinha outra hipótese).
O indeterminismo tem uma falha, pois nem todas as ações são fruto do
acaso: uma pessoa alimenta-se porque tem fome e abre a janela porque tem calor.
O libertismo também tem um defeito: a decisão humana está limitada ao
meio físico que a rodeia, por exemplo, uma pessoa que esteja no sexto andar de
um prédio e queira sair do edifício, não se vai atirar pela janela, pois sabe
que morrerá, simplesmente decidirá se irá utilizar as escadas ou o elevador.
O compatibilismo defende que o Homem pode escolher, mas por trás das
razões que levaram o Homem a fazer uma certa escolha estão uma série de fatores
que a determinaram, impossibilitando a existência de outras escolhas – a
escolha não foi livre.
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