«O auditório universal é, em primeiro lugar, uma construção ideal elaborada em função de um discurso que aspira ao consenso de todos os homens racionais sobre o que, nesse discurso, é dito. Mais do que uma ideia, ele é um ideal, ou, para utilizar, como Perelman faz regularmente, a terminologia kantiana, uma ideia reguladora.»
Rui A. Grácio. Racionalidade Argumentativa, p. 91.
Apontamentos, textos e trabalhos de Filosofia de/para alunos do Ensino Secundário - Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima - Esgueira, Aveiro, PORTUGAL
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Trabalho de análise de filme - o problema do livre-arbítrio
Actividade:
análise temática e argumentativa de filme
Objectivo:
A)
aplicar
correctamente os termos que constituem a rede conceptual da acção humana;
B)
identificar
teses, argumentos (ou justificações) em conflito no filme
C)
desenvolver
o pensamento analítico e crítico e a precisão conceptual
Tarefa:
1
- ver o filme
2
- redigir um discurso de análise do filme, no mínimo 1 página e no máximo 4
páginas A4, Times New Roman 11, espaçamento 1,5, margens 3 cm .,
2.2.
o discurso deve dar conta da história
que o realizador quis contar.
2.3.
o discurso deve dar conta da acção
(acções) e projecto que o actor principal tem, bem como das dificuldades
que se lhe levantam
2.4
o discurso deve terminar com a discussão do problema do livre-arbítrio (por
exemplo: a acção humana é determinada radicalmente, determinada moderadamente,
ou totalmente independente das condições e leis físicas, psíquicas e sociais
(libertismo)?
Condições:
1
- o aluno tem de defender o trabalho - em aula do dia 10 de Janeiro
2
- o não domínio de uma única palavra aplicada na análise do filme implica zero
valores.
2
- o discurso tem de apresentar 50% dos termos apresentados no quadro B e 30%
dos termos apresentados no quadro C.
3
- entrega em papel A 4
V/V, agrafado, até dia 7 de Janeiro.
Avaliação - critérios da disciplina; trabalho escrito e
defesa
Peso:
Quadro
A
Hipótese A
|
Hipótese B
|
Relatório Minoritário - Realizado por Steven
Spielberg - EUA, 2002 Cor
– 145 min
|
|
Quadro B
-
Acontecer vs. Fazer
-
voluntário vs. Involuntário
-
motivo vs causa
-
intenção vs espontâneo
-
Agir vs. Reacção
-
Consciente vs. Inconsciente
-
Projecto vs. ausência de deliberação
-
Decisão vs impulso mecânico
-
Deliberação vs imediatez da resposta
-
Condicionante vs determinante
-
Intenção vs alteração do real
-
Consequências imprevistas vs. Previstas
|
-
Necessidade vs possibilidade
-
Natureza dada vs natureza adquirida
-
Instinto vs aprendizagem
Liberdade
Absoluta – Liberdade Condicionada
Tudo
Poder Fazer – Poder realizar todo o apetecer
Condicionante
– Determinante
Condicionantes
Físicas – Condicionantes Sociais
Condicionantes
Psíquicas – Condicionantes Culturais
Determinismo
Natural e Físico – Livre-Arbítrio
Incompatibilismo
– Compatibilismo
Libertismo
- Determinismo Radical
|
Quadro
C
absoluto / relativo
abstracto / concreto
antecedente / consequente
aparência / realidade
a priori / a posteriori
causalidade / finalidade
compreensão / explicação
contingente / necessário
dedução / indução
|
dogmático / crítico
dúvida / certeza
empírico / racional
essência / existência
finitude / infinitude
formal / material
identidade / contradição
imediatez / mediação
intuitivo / discursivo
|
particular / universal
saber / opinião sensível / inteligível
sentido / referência
ser / devir
subjectivo / objectivo
substância / acidente
verdade / validade
teoria / prática
transcendente / imanente
|
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
publicidade, retórica e consumo
http://economico.sapo.pt/
Estudo
Jovens informados são imunes ao discurso das marcas
Catarina Madeira
22/12/11 07:08
22/12/11 07:08
Estudo diz que as marcas já não são mobilizadoras para os jovens, que querem “comunicação honesta e genuína”.
O discurso das marcas é cada vez menos mobilizador para os jovens, que todos os dias são "bombardeados" com informação. Para serem aceites neste segmento, as marcas terão de adoptar um discurso "genuíno" e "honesto".
Esta é uma das conclusões do estudo "Crise, Valores e Marcas nos jovens", promovido pela Bottom Line, agência de publicidade do Sistema Ativism, junto de 830 jovens, entre os 15 e os 23 anos, com o objectivo de descobrir e estudar os comportamentos dos jovens e os seus pensamentos face às marcas e à crise actual.
No universo das marcas, o que esta geração mais valoriza é "o que eu gosto", o preço, a qualidade e a funcionalidade. António Fuzeta da Ponte, director-executivo da Bottom Line, diz que esta é "a geração mais bem informada de sempre" e que, por isso, está preparada para "distinguir exactamente o que lhes interessa".
In http://economico.sapo.pt/
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Heitor, Aquiles e o problema do livre-arbítrio
Ana Margarida
Ana Rita
10.º D
Hipótese de trabalho: a defesa do determinismo absoluto
No determinismo
absoluto, todos os acontecimentos dependem sucessiva e necessariamente das suas
causas. Um acontecimento pode ser simultaneamente causa e efeito. Tudo o que
fazemos é inevitável, não o podíamos ter feito de outra maneira. De acordo com
esta tese, a decisão de Heitor não pode ser livre, por várias razões:
Þ
Heitor
não podia fugir de Troia, pois tinha um filho e por razões biológicas era
incapaz de o abandonar;
Þ
Heitor
não podia atraiçoar a sua cidade, pois seria punido;
Þ
Heitor
não podia recusar lutar contra Aquiles, pois em criança tinha sido educado para
se tornar num bom guerreiro e também lhe ensinaram que a cobardia era algo
odioso.
Logo, Heitor não teve escolha: só podia lutar contra Aquiles.
O comportamento das pessoas é
causado por fatores fora do seu controlo (ex.: genética, ambiente onde
cresceu). Se o agente não tem controlo sobre esses fatores, não se trata de uma
ação livre. Se uma ação é praticada livremente, o agente poderia decidir
praticar outra ação diferente em vez dessa; no entanto, não se pode praticar
uma ação diferente da que se praticou, logo, a pessoa não agiu livremente (não
tinha outra hipótese).
O indeterminismo tem uma falha, pois nem todas as ações são fruto do
acaso: uma pessoa alimenta-se porque tem fome e abre a janela porque tem calor.
O libertismo também tem um defeito: a decisão humana está limitada ao
meio físico que a rodeia, por exemplo, uma pessoa que esteja no sexto andar de
um prédio e queira sair do edifício, não se vai atirar pela janela, pois sabe
que morrerá, simplesmente decidirá se irá utilizar as escadas ou o elevador.
O compatibilismo defende que o Homem pode escolher, mas por trás das
razões que levaram o Homem a fazer uma certa escolha estão uma série de fatores
que a determinaram, impossibilitando a existência de outras escolhas – a
escolha não foi livre.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
INSPETOR de CIRCUNSTÂNCIAS - 2
Só vamos aplicar o inspetor de circunstâncias aos argumentos de tipo condicional - Modus Ponens ou Modus Tollens.
Esta operação da avaliação realiza-se nestes tipos de argumentos porque a tabela de verdade não permitiu ser conclusiva.
A tabela de verdade é conclusiva quando se verificam que todos os valores de verdade da coluna do conetor mais abrangente são verdadeiros (tautologia) ou são falsos (contradição).
Mas pode acontecer serem uns verdadeiros e outros falsos. Neste caso temos uma contingência. (veja bem o que significa contingência!?)
Uma contingência precisa de uma rede mais fina para detetar a validade do argumento.
por exemplo:
1ª premissa: ~A -> B
2.ª premissa: ~B
Conclusão: A
1º - calcula-se o valor de verdade para cada uma das premissas e para a conclusão, nas colunas respectivas
2.º - verifica-se se existe uma linha com a situação de V V F
3.º - se existir o argumento é inválido, pois traduz uma IMPOSSIBILIDADE
4.º - se não existir o argumento válido.
5º - se existir simultaneamente uma linha com valor V V V e outra V V F conta - obviamente - a que traduz a invalidade do argumento.
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