sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lógica Formal

O que é a lógica?
- A lógica é uma disciplina que estuda as condições segundo as quais podemos afirmar ou negar a validade de um raciocínio (argumento).
- A lógica interessa-se pelas regras do pensamento.

- No domínio da lógica não interessa a verdade ou a falsidade.
A verdade diz respeito ao acordo do pensamento com a realidade: quando afirmamos algo sobre o real, o que afirmamos pode ser verdadeiro ou falso. Exemplo: «esta frase está escrita a preto». É verdade. Se dissermos: «esta frase está escrita a amarelo», é falso.
- Essas frases que proferimos sobre a realidade são frases declarativas (não são interrogativas, apelativas, imperativas, exclamativas ou interrogativas), declaram algo sobre algo e, por isso, podem ser verdadeiras ou falsas. As frases declarativas chamam-se juízos ou proposições.

Articulando Proposições podemos formar raciocínios. Um raciocínio acontece quando se infere (extrai uma conclusão) uma nova ideia de ideias antes dadas, ou seja, se extrai uma nova proposição a partir de proposições já conhecidas.

Há dois grandes tipos/grupos de raciocínios: o DEDUTIVO e o NÃO DEDUTIVO.
O que diferencia os dois?
No 1.º a conclusão que se extrair não poder deixar de ser aquela que se extraiu. A conclusão é necessária (imposição da razão) tendo em conta as frases de partida. Assim, de frases verdadeiras só se pode concluir uma frase verdadeira: a verdade da conclusão é uma consequência da verdade das frases de partida.
Exemplo:
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Os alunos do 11º são homens (premissa 2)
Logo, os alunos do 11º são mortais (conclusão).

No 2.º a conclusão que se extrai pode ser mais ou menos forte em função das frases conhecidas, mas não é uma necessidade lógica que assim seja: é só mais ou menos provável, mais ou menos razoável, mais ou menos aceitável.
Exemplo: os três gatos Nó, Só e Pó comeram carapau e ficaram doentes. Logo, todos os gatos que comem carapau ficam doentes (ou o carapau põe os gatos doentes). Parece claro que a conclusão é muito pouco provável. o argumento é fraco: a conclusão não tem proposições fortes onde se sustentar.

Agora um exemplo com um argumento Não dedutivo forte:
Os três gatos Nó, Só e Pó têm 3 anos e durante os últimos mil dias comeram carapau. O Nó, que era muito inteligente, pensou: «se todos este dias fui alimentado com carapau, o jantar de hoje também será carapau» (fez uma INDUÇãO - um tipo de raciocínio não dedutivo). A sua conclusão tem todo o sentido, pois as premissas de onde parte são fortes. MAS não é uma necessidade lógica. PODE (possibilidade) acontecer o dono ter-lhe dado o que ficou da sardinha do seu jantar...

Pergunta: qual o termo que se opõe a necessidade lógica?

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