segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O subjetivismo axiológico

Tese - Os valores são subjetivos, dependem e variam com cada pessoa.

Os juízos de valor são sempre verdadeiros para quem os emite ou seja uma pessoa nunca pode estar enganada (a verdade é sempre subjetiva, logo é uma certeza e não uma verdade).

Natureza dos valores
Os valores são subjetivos, relativos a cada pessoa, uma vez que são vivências psicológicas e resultam de estados mentais e os juízos de valor são meras expressões das preferências dos sujeitos.

Argumento - É o sujeito, na sua individualidade, que estabelece e define por si o que vale e o que não vale em função do agrado ou desagrado, dos sentimentos que determinado objeto, ideia, acontecimento ou comportamento lhe provoca.

Consequências
- Os valore são imanentes à consciência humana
- O relativismo dos valores é a consequência mais provável, uma vez que não é garantido que um mesmo fenómeno desperte em todos os homens as mesmas vivências e sentimentos.

Problematização/Crítica:
a) As coisas valem não porque desenvolvemos um sentimento positivo ou negativo face a elas, mas valem por serem boas ou más, corretas ou incorretas.

b) se os valores dependem de cada pessoa, então tudo será permitido.

c) se existe divergência entre os homens isso não significa que não exista um valor objetivo, não conhecido.

e) a existência de subjetividade garante a tolerância?

O Objetivismo axiológico

Tese - os valores são objetivos e universais.

Os juízos de valor são verdadeiros ou falsos, na medida em que tem como referência um valor objetivo.

A Natureza dos valores

Os valores são essências em si mesmo, têm uma natureza própria e como tal são independentes do sujeito que os utiliza enquanto avalia, ou do objeto ou comportamento em que é reconhecido determinado valor. Desta forma, como consequência, esta posição filosófica considera-os absolutos e intemporais na sua natureza e hierarquia.

Argumento

O sujeito, independentemente da sua circunstância histórico-social e psicológica, tende a reconhecer os valores que apresentam as grandes obras de arte (belo, sublime, gracioso) ou determinados comportamentos dos homens (justo, bondoso, corajoso), por exemplo.

Os valores poderão ser conhecidos por aqueles que encontrem o método adequado de conhecimento. Estes poderiam orientar os restantes nessa investigação ou conhecimento.

Assim, só julgamos feio algo bonito por erro de interpretação ou falta de conhecimento.

Consequências

Os valores são objetivos: existem nas coisas e como tal podem ser conhecidos e partilhados entre os homens. Se o não são deve-se ao facto de se ser ignorante (os conhecedores são os sábios ou especialistas - estudiosos reconhecidos pela sociedade como mais aptos a indicarem a presença desses valores, como por exemplo o crítico de arte, o juiz, o cientista.)

As coisas são em si mesmo boas ou más, p. ex., a pena de morte será em si mesmo má; uma determinada obra artística será em si mesmo bela.

Problematização/Crítica

a) A objeção que se levanta é a de que entre os conhecedores ou especialistas não há ou pode não haver acordo.

a) a objetividade é contrariada pela variação e relatividade histórica e cultural com que determinados fenómenos são avaliados.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Filosofia Portuguesa

Site com as referências fundamentais da filosofia portuguesa

http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/index1.htm