segunda-feira, 28 de novembro de 2011

teoria da evolução da vida


O que é uma ação? O que não é uma ação?


A palavra ‘acção’ emprega-se às vezes para falar de animais não humanos (diz-se que a acção das cigarras é benéfica para a agricultura) ou, inclusive, de objectos inanimados (diz-se que a gravitação é uma forma de acção à distância ou que a toda a acção exercida sobre um corpo corresponde uma acção igual de sentido contrário). Mas sobretudo usamos a palavra ‘acção’ para nos referirmos ao que fazem os humanos. Aqui só nos interessa este tipo de acção, acção humana.
As nossas acções são (algumas das) coisas que fazemos. Na realidade o verbo ‘fazer’ cobre um campo semântico bastante mais amplo que o substantivo ‘acção’. O latim distingue o agere do facere (aos quais corresponde em português agir e fazer). Ao substantivo latino actio, derivado de agere, corresponde o substantivo acção. Assim, até de um ponto de vista etimológico, ‘acção’ só carreia a carga semântica de ‘agir’ e não propriamente de ‘fazer’.
Tudo quanto realizamos é parte da nossa conduta, mas nem tudo o que realizamos constitui uma acção. Enquanto dormimos realizamos muitas coisas: respiramos, suamos, damos voltas, apertamos a cabeça contra a almofada, sonhamos, talvez ressonemos alto ou falemos em voz alta ou andemos sonâmbulos pela casa. Todas estas coisas as realizamos inconscientemente, enquanto dormimos. Realizamo-las mas não nos damos conta delas, não temos consciência de que as realizamos. A estas coisas que fazemos inconscientemente não lhes vamos chamar acções.
Vamos reservar o termo ‘acção’ para as coisas que realizamos conscientemente, dando-nos conta de que as fazemos.
Há, no entanto, coisas que fazemos conscientemente, dando-nos conta delas, mas sem que à sua realização corresponda uma intenção nossa. Damo-nos conta dos nossos ‘tiques’ e de muitos dos nossos actos reflexos, mas realizamo-los involuntariamente, constatamo-los como espectadores, não os efectuamos como agentes. (A palavra ‘agente’ é outra das palavras derivadas do verbo latino agere.) Por algo que sentimos depois de comer damo-nos conta de que estamos a fazer a digestão. Mas fazer a digestão não constitui (normalmente) uma acção. Pelos sorrisos dos que nos observam damo-nos conta de que estamos a ser ridículos. Mas ser ridículo (praticar actos ridículos) não é uma acção, mas uma reacção, algo que nos passa despercebido e que lamentamos (a não ser que o façamos de propósito, como provocação; neste caso já seria uma acção). Também não chamamos acção a esses aspectos da nossa conduta de que nos damos conta, mas que não efectuamos intencionalmente.
No presente estudo limitar-nos-emos às acções humanas conscientes e voluntárias, às que daqui em diante chamaremos acções (sem mais). Uma acção é uma interferência consciente e voluntária de um homem ou de uma mulher (o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência haveriam seguido um caminho distinto do que por causa da acção seguiram. Uma acção consta, pois, de um evento que sucede graças à interferência de um agente e de um agente que tinha a intenção de interferir para conseguir que tal evento sucedesse."
MOSTERÍN. Racionalidad y Acción Humana

sábado, 19 de novembro de 2011

'Mais rápidos que a luz'? Afinal Einstein tinha razão - Ciência - DN

O postulado de que a velocidade da luz - 300 000Km/s é a velocidade máxima tem sido posta em causa no último mês por se verificar que os neutrinos viajam mais rápido do que a própria luz.



Mas talvez haja um erro de medição....!?
Existe uma Hipótese em fase de discussão científica que explicaria o facto dos neutrinos andarem feitos loucos a acelerar...


'Mais rápidos que a luz'? Afinal Einstein tinha razão - Ciência - DN

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PP sobre Falácias e Argumentos

Classifique as seguintes falácias.

A) Professor tem que me deixar passar de ano, senão o meu pai zanga-se e não me deixa voltar a matricular.

B) Não existem dados suficientes para dizermos que não têm razão, então têm razão.

C) Como pode Ómega argumentar contra a eficiência dos serviços de saúde se nunca esteve doente!?

D) Sendo a favor da sesta, és as favor da preguiça e a preguiça é algo económica e socialmente má.

E) "Mas toda a gente faz!!"

F) Se no meu Bairro as pessoas são X, então em todo o lado é assim.

G) Ou se é rico ou se é pobre. (...)

H) Se jogarmos no euromilhões ficamos ricos. se ficarmos ricos somos poderosos, se formos poderosos podemos conduzir a vontade dos outros. se conduzirmos a vontade dos outros somos líderes. se formos líderes seremos adorados.

I) A Ómega disse de Ypsilón: "tu não és homem, não és nada". Phi pensa: Ómega considera Ypsilón uma mulher.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

INSPETOR DE CIRCUNSTÂNCIAS - 1

USE o INSPETOR de circunstâncias para DEMONSTRAR a INVALIDADE do seguinte argumento: Se o determinismo da natureza existir, então poderemos ser livres. Somos livres. Logo o determinismo da natureza existe.

Demonstre a validade do seguinte argumento:

Se partilha uma ética deontológica, então não justifica o valor da ação através do que o homem realiza. Justifica o valor da acção através do que o homem realiza. Logo não tem uma ética deontológica.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

História da Ciência

Acesso gratuito a 346 anos de ciência na Internet O arquivo da The Royal Society Entre os documentos mais valiosos está a primeira investigação de Isaac Newton sobre a cor. Newton explica para a revista o revolucionário descobrimento que fez em 1672: a cor é uma propriedade inerente à luz e a luz branca é composta por uma mistura de outras cores. Os internautas também poderão consultar os trabalhos levados a cabo por Darwin ou então pelo primo dele, Francis Galton que, em 1891, descobriu que as impressões digitais eram uma marca pessoal e podiam ser utilizadas para a identificação do indivíduo. Pouco depois, a Scotland Yard (corpo da polícia britânica) começou a utilizar este método, que se foi estendendo por todo o mundo. Benjamin Franklin utilizou em 1752 uma pipa para demonstrar a sua teoria sobre a electricidade. Pensava o cientista que os relâmpagos eram electricidade que se deslocavam das nuvens para a Terra, e suspeitava que essa electricidade poderia ser apanhada artificialmente empinando uma pipa durante uma tempestade. Felizmente Franklin estava certo e sobreviveu à experiência. (...) http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=2092999&page=2 http://royalsocietypublishing.org/search