sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Problema da semana - lógica

1.
Demonstre que o provérbio português
«depressa e bem não há quem»
é logicamente distinto de
«não há quem (faça) depressa e não há quem (faça) bem».

2.
2.1. Formalize o seguinte argumento:
«Se liberdade é fazer tudo o que apetece, então é legítimo uma vontade escravizar outra. Não é legítimo uma vontade escravizar outra. então, liberdade não é fazer tudo o que nos apetece.

2.2 Mostre que o argumento é uma tautologia (a proposição composta é VERDADEIRA em todas as CIRCUNSTÂNCIAS)

Lógica Proposicional

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ciência e a tarefa de aproximação à verdade por falsificação


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Partículas mais rápidas que a luz desmentem Einstein
É uma descoberta que a confirmar-se abrirá novas perspetivas cientificas. físicos franceses anunciaram ter medido partículas elementares da matéria a uma velocidade superior à da luz.

A descoberta contraria a teoria da relatividade de Einstein
Os neutrinos, partículas elementares da matéria, foram medidos a uma velocidade que ultrapassa ligeiramente a velocidade da luz, considerada até agora como um "limite intransponível", anunciaram hoje físicos de um centro de investigação francês.

Caso seja confirmado por outras experiências, este "resultado surpreendente" e "totalmente inesperado" face às teorias formuladas por Albert Einstein poderá abrir "perspetivas teóricas completamente novas", sublinha o Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, na sigla em francês), em França.

As medições efetuadas pelos especialistas com experiência internacional desta investigação, a que se chamou Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300,006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz.

Corrida de 730 quilómetros

"Por outras palavras, para uma corrida de 730 quilómetros, os neutrinos cruzaram a linha de chegada com 20 metros de avanço" sobre a luz, caso esta tivesse percorrido a mesma distância terrestre, exemplifica o CNRS.

"Longos meses de investigação e de verificações não nos permitiram identificar um efeito instrumental que explique o resultados das nossas medições", reconheceu o porta-voz da investigação Opera, Antonio Freditato, que se mostrou "ansioso" por comparar estes resultados com outras experiências.

"Tendo em conta o enorme impacto que tal resultado poderá ter na Física, são necessárias medições independentes para que o efeito observado possa ser refutado ou então formalmente estabelecido", sublinha o CNRS.

"É por isso que os investigadores do projeto Opera desejam abrir este resultado a um exame mais amplo por parte da comunidade de físicos", acrescenta.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/particulas-mais-rapidas-que-a-luz-desmentem-einstein=f675845#ixzz1Ymhmy0sU

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Problema da semana - lógica

1 - Pode uma argumento dedutivo válido ter premissas falsas? Porquê?

2 - Pode um argumento dedutivo válido ter conclusão falsa e premissas verdadeiras?

3 - Pode um argumento não dedutivo válido ter uma conclusão provavelmente verdadeira?

4 - A validade é o valor lógico do argumento? Porquê?

5 - A verdade é o valor lógico da proposição? Porquê?

sábado, 17 de setembro de 2011

Direitos dos animais?


Direitos dos animais?
por ANSELMO BORGES
Sobre esta questão complexa, existem três posições filosófico-jurídicas fundamentais. No Ocidente, predomina a concepção chamada kantiana, que só reconhece direitos às pessoas. Nas últimas décadas, o movimento animalista vem defendendo a tese de que há animais não humanos que são pessoas. A terceira proposta é a de um modelo de sociedade na qual se reconhece a dignidade dos humanos, mas tem em atenção o valor dos animais.
1 Na concepção predominante, só a pessoa humana é sujeito de direitos. A dignidade da pessoa humana é o fundamento dos direitos humanos. Mas significa isso que os animais devam ser remetidos para o domínio das coisas? O constitucionalista J. Gomes Canotilho pergunta justamente, numa obra colectiva sobre os desafios para a Igreja de Bento XVI, se precisamente um desses desafios não é desenvolver uma ecologia em que "as diferenças entre 'algo e alguém' não remetam para o domínio das coisas a problemática humana dos outros seres vivos da Terra".
2 Num texto famoso de 1789, Jeremy Bentham inquiria: Qual é a característica que confere o direito a uma consideração igualitária? E respondia, perguntando: "Será a faculdade da razão ou, talvez, do discurso? Mas um cavalo adulto é, para lá de toda a comparação, um animal muito mais racional assim como mais sociável do que um recém-nascido de um dia, uma semana ou até um mês. Mas suponhamos que não era assim; de que serviria? A questão não é: pode raciocinar?, pode falar?, mas: pode sofrer?"
O chamado utilitarismo moral coloca o centro precisamente na capacidade de sofrer e de sentir prazer. Para Peter Singer, defensor célebre desta concepção, os seres sensíveis têm interesses, concretamente o interesse do maior prazer possível e da menor dor possível, seguindo-se daí que, ao contrário da concepção anterior, temos deveres directos para com todos os seres capazes de sentir. A desigualdade de tratamento deriva do chamado especiesismo - julgo que se deve dizer assim e não especismo -, que consiste na preferência que damos aos humanos sem qualquer outra razão que não a pertença a uma espécie, no caso, a espécie humana.
Singer, professor da Universidade de Princeton, escreve textualmente, em Ética Prática: "Devemos rejeitar a doutrina que coloca a vida dos membros da nossa espécie acima da vida dos membros de outras espécies. Alguns membros de outras espécies são pessoas; alguns membros da nossa não o são. De modo que matar um chimpanzé, por exemplo, é pior que matar um ser humano que, devido a uma deficiência mental congénita, não é capaz nem pode vir a ser uma pessoa."
3 A filósofa Adela Cortina, numa obra importante - Las fronteras de la persona -, atravessa toda esta problemática, para defender a sua tese, com a qual me identifico. A vida é valiosa por si mesma, mas ainda mais a dos seres sensíveis, que têm a capacidade de sofrer e ter prazer. Os animais têm um valor intrínseco e não meramente instrumental, havendo, por isso, uma obrigação directa de lhes não causar dano.
Mas há seres que não só têm valor intrínseco "mas também absoluto". Os direitos humanos são naturais, isto é, a sociedade política não os concede, mas simplesmente os reconhece, pois são anteriores ao pacto político. Os outros animais não têm o sentido da dignidade e da humilhação. Os humanos "são capazes de reconhecer se a sua própria vida é digna ou indigna, a partir do reconhecimento que outros fazem dela e a partir da sua própria autoconsciência". Para os outros animais basta uma vida materialmente satisfeita; mas a ideia de uma vida digna é diferente: "brota do reconhecimento de estar a ser tratado segundo a norma da espécie, que é, em última análise, a da liberdade."
E os membros da nossa espécie que não podem de facto exercer essas capacidades, como os deficientes mentais profundos? "Isso não os torna membros de outras espécies, mas pessoas que é preciso ajudar para poderem viver ao máximo essas capacidades, o que só conseguirão numa comunidade humana que cuide deles e os promova na medida do possível."

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lógica Formal

O que é a lógica?
- A lógica é uma disciplina que estuda as condições segundo as quais podemos afirmar ou negar a validade de um raciocínio (argumento).
- A lógica interessa-se pelas regras do pensamento.

- No domínio da lógica não interessa a verdade ou a falsidade.
A verdade diz respeito ao acordo do pensamento com a realidade: quando afirmamos algo sobre o real, o que afirmamos pode ser verdadeiro ou falso. Exemplo: «esta frase está escrita a preto». É verdade. Se dissermos: «esta frase está escrita a amarelo», é falso.
- Essas frases que proferimos sobre a realidade são frases declarativas (não são interrogativas, apelativas, imperativas, exclamativas ou interrogativas), declaram algo sobre algo e, por isso, podem ser verdadeiras ou falsas. As frases declarativas chamam-se juízos ou proposições.

Articulando Proposições podemos formar raciocínios. Um raciocínio acontece quando se infere (extrai uma conclusão) uma nova ideia de ideias antes dadas, ou seja, se extrai uma nova proposição a partir de proposições já conhecidas.

Há dois grandes tipos/grupos de raciocínios: o DEDUTIVO e o NÃO DEDUTIVO.
O que diferencia os dois?
No 1.º a conclusão que se extrair não poder deixar de ser aquela que se extraiu. A conclusão é necessária (imposição da razão) tendo em conta as frases de partida. Assim, de frases verdadeiras só se pode concluir uma frase verdadeira: a verdade da conclusão é uma consequência da verdade das frases de partida.
Exemplo:
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Os alunos do 11º são homens (premissa 2)
Logo, os alunos do 11º são mortais (conclusão).

No 2.º a conclusão que se extrai pode ser mais ou menos forte em função das frases conhecidas, mas não é uma necessidade lógica que assim seja: é só mais ou menos provável, mais ou menos razoável, mais ou menos aceitável.
Exemplo: os três gatos Nó, Só e Pó comeram carapau e ficaram doentes. Logo, todos os gatos que comem carapau ficam doentes (ou o carapau põe os gatos doentes). Parece claro que a conclusão é muito pouco provável. o argumento é fraco: a conclusão não tem proposições fortes onde se sustentar.

Agora um exemplo com um argumento Não dedutivo forte:
Os três gatos Nó, Só e Pó têm 3 anos e durante os últimos mil dias comeram carapau. O Nó, que era muito inteligente, pensou: «se todos este dias fui alimentado com carapau, o jantar de hoje também será carapau» (fez uma INDUÇãO - um tipo de raciocínio não dedutivo). A sua conclusão tem todo o sentido, pois as premissas de onde parte são fortes. MAS não é uma necessidade lógica. PODE (possibilidade) acontecer o dono ter-lhe dado o que ficou da sardinha do seu jantar...

Pergunta: qual o termo que se opõe a necessidade lógica?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um planeta com dois sóis


(...) dois pores-do-sol seguidos deixaram de ser uma fantasia do planeta Tatooine, casa de Luke Skywalker, acontece mesmo em Kepler 16, um sistema com duas estrelas e um planeta que giram a cerca de 200 anos-luz de distância da Terra.



http://publico.pt/Ci%C3%AAncias/um-planeta-com-dois-sois-ja-nao-e-ficcao-cientifica_1512093