segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Proposições

Exercício – lógica Aristotélica
1.       Considere as seguintes proposições.
1.1. Converta-as na forma canónica.
1.2. Classifique-as de acordo com o quadrado lógico

a.    O golfinho é um mamífero.
b.    Os tubarões caçam.
c.     Qualquer computador é uma máquina sofisticada.
d.    Todo o matemático é competente a raciocinar logicamente.
e.    Quem quer que seja adepto de futebol gosta de desporto.
f.     Mostra-me um filósofo que eu mostro-te uma pessoa com capacidade crítica.
g.    Não há quem não goste de marmelada que não seja guloso.
h.    Não há um fato de natação que seja impermeável.
i.      Nunca houve um kantiano que fosse pragmático.
j.      Não há um cientista que seja irracional.
k.    As democracias não são opressivas.
l.      Há pintores que não são artistas.
m.  Há interpretes que são músicos.
n.    Há pelo menos um homem sério.
o.    Alguns robôs têm autonomia.
p.    Entropia é sinónimo de morte.
q.    Há defensores dos direitos dos animais que não são vegetarianos.
r.     Os seres humanos são animais políticos
s.     Os seres humanos são motivados pelo interesse próprio
t.     O ferro não é inflamável.
u.    Alguns humanos não são não simpáticos
v.    Alguns humanos não são antipáticos
w.  O desejo de conhecer é um traço dos humanos.
x.    Nenhum músico é adepto do barulho.
y.    Nem sempre os homens tomam boas decisões.

sábado, 16 de setembro de 2017

Ética e carros autónomos

    Como é que os carros decidem quem atropelar?

A questão é uma dos desafios que a tecnologia de condução autónoma tem pela frente. A Alemanha já começou a dar uma resposta.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Lógica - argumentos dedutivos e argumentos não dedutivos

Articulando proposições podemos formar argumentos (raciocínios). Num argumento infere-se (extrai-se uma conclusão) uma nova ideia, ou seja, extrai-se uma nova proposição a partir de proposições já conhecidas (as premissas).

Existem dois grandes tipos de argumentos: o DEDUTIVO e o NÃO DEDUTIVO.
O que diferencia os dois? 
No argumento dedutivo a conclusão que se extrair não poder deixar de ser aquela que se extraiu. A conclusão é necessária (imposição da razão a si própria) tendo em conta as frases de partida. Assim, de proposições verdadeiras só se pode concluir uma proposição verdadeira: a verdade da conclusão é uma consequência necessária da verdade das proposições de partida (antecedentes ou premissas). Dito de forma negativa: de premissas verdadeiras é IMPOSSÍVEL inferir um conclusão falsa. Se tal ocorrer, então o argumento é inválido
Exemplo: 
Todos os homens são mortais (premissa 1)
Os alunos do 11º são homens (premissa 2)
Logo, os alunos do 11º são mortais (conclusão).

No argumento NÃO DEDUTIVO a conclusão que se extrai pode ser mais ou menos forte em função das frases conhecidas, mas não é uma necessidade lógica que assim seja, é só mais ou menos provável, mais ou menos razoável, mais ou menos aceitável. ou seja, as premissas (proposições antecedentes) não garantem a verdade da conclusão, mas somente a sua plausibilidade ou probabilidade.

Existem diversos tipos de argumentos não dedutivos: indutivos, analógicos, abdutivo, ...

Exemplo:
Os três gatos Nó, Só e Pó comeram carapau e ficaram doentes. Logo, todos os gatos que comem carapau ficam doentes (ou o carapau põe os gatos doentes).
Parece claro que a conclusão é muito pouco provável. O argumento é fraco: a conclusão não tem proposições verdadeiras em numero suficiente onde se sustentar. Aliás, a conclusão é falsa, pois a minha gata não fica doente por comer carapau.

Agora um exemplo com um argumento Não dedutivo forte:
Os três gatos Nó, Só e Pó têm 3 anos e durante os últimos mil dias comeram carapau. O Nó, que era muito inteligente, pensou: «se todos este dias fui alimentado com carapau, o jantar de hoje também será carapau» (INDUÇãO - um tipo de raciocínio não dedutivo).

A sua conclusão tem todo o sentido, pois as premissas de onde parte são fortes. MAS não apresenta uma necessidade lógica. Pode (possibilidade) acontecer o dono ter-lhe dado o que ficou da sardinha do seu jantar...