segunda-feira, 10 de novembro de 2014

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A implicação material

Por que razão apresenta a implicação material o valor lógico de verdade com premissas falsas?


Raciocínio dedutivo e implicação material

O que é um raciocínio dedutivo?

É um raciocínio em que de premissas verdadeiras se extrai necessariamente uma conclusão verdadeira.

Assim, um raciocínio dedutivo válido pode apresentar premissas falsas e conclusão verdadeira ou  (inclusivo) falsa, mas nunca poderá apresentar uma conclusão falsa tendo premissas verdadeiras.
Esta situação é impossível e por ser impossível torna o raciocínio inválido.

Esta é a razão pela qual uma implicação material só apresenta o valor lógico de falsidade nessa mesma situação

Lógica proposicional - teste 1 - 11.º Ano

DISCIPLINA FILOSOFIA
Teste de Avaliação – n.º 1                                                                         11º Ano - Turma B
23 de Outubro de 2014                                                                              Duração: 80 minutos

1. Considere os seguintes enunciados
1         Uma proposição é sempre uma premissa
2         Uma proposição é sempre uma premissa ou uma conclusão
3         Uma proposição é sempre uma frase declarativa
4         Uma proposição é sempre verdadeira
(A)     3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorrectos
(B)     2 e 4 são corretos, 1 e 3 são incorrectos
(C)    2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorrectos
(D)    3 é correto; 1, 2 e 4 são incorrectos.

2. Considere os seguintes enunciados relativos a argumentos.
1. As proposições de um argumento ou são verdadeiras ou são falsas, mas um argumento não é
verdadeiro nem falso.
2. Os argumentos têm valor de verdade porque são constituídos por proposições.
3. Uma proposição é verdadeira se fizer parte de um argumento válido.
4. A validade e a invalidade lógicas são características exclusivas dos argumentos.
Deve afirmar-se que
(A) 1 é correto; 2, 3 e 4 são incorretos.
(B) 4 é correto; 1, 2 e 3 são incorretos.
(C) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.
(D) 2 e 3 são corretos, 1 e 4 são incorrectos.

3. Considere o seguinte enunciado.
«Sempre que vi a Mariana, ela usava brincos. Logo, da próxima vez que vir a Mariana, ela usará brincos».
Trata-se de
(A) um argumento indutivo, porque a verdade da premissa torna a conclusão apenas provável.
(B) um argumento dedutivo, porque a verdade da premissa implica a verdade da conclusão.
(C) um argumento indutivo, porque a verdade da premissa impossibilita a falsidade da conclusão.
(D) um argumento dedutivo, porque a sua validade depende unicamente da sua forma lógica.

4. A validade de um argumento dedutivo depende…
(A) da verdade das premissas
(B) da relação correta entre as premissas e a conclusão
(C) da verdade das premissas e da verdade da conclusão
(D) do valor de verdade das proposições

5. Considere os seguintes enunciados
1- Uma proposição é verdadeira quando aquilo que é enunciado relata a realidade de forma adequada
2- A verdade de um argumento implica uma relação necessária entre premissas e a conclusão
3 - Nos argumentos válidos há uma relação entre o valor de verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão.
4 - No que respeita aos argumentos, verdade e validade são sinónimos.
A)       2 e 4 são corretos; 1 e 3 são incorretos.
B)       1 e 3 são corretos, 2 e 4 são incorretos.
C)      1 e 4 é correto; 2 e 3 são incorretos.
D)      1 é correto; 2, 3 e 4 são incorretos.

 6. Considere as seguintes frases declarativas.
A)       O João e o Mário são adversários, mas não são inimigos
B)       O António cora se a Anita está presente
C)      Se é falso que a Mona Lisa é bela, então a arte não precisa de beleza.
D)      Aceito, caso me entregues as garantias.
6.1 - Reconduza à forma canónica as frases declarativas.       6.2. Formalize-as.

7.  Calcule o valor lógico da equivalência material entre seguintes proposições
A)       É falso que como chocolate e não bebo o leite
B)       Não como o chocolate e bebo o leite

8. Considere o argumento incluído no seguinte diálogo:
João: Maria, podemos finalmente falar do nosso desacordo?
Maria: Com certeza! O que pensas?
João: Se o espírito crítico é inerente à filosofia, é essencial ao homem.
Maria: Mas o espírito crítico não é inerente à filosofia.
António: Bem, nesse caso, o espírito crítico não é essencial ao homem.
Maria: Podes repetir?
(…)
8.1.  Crie um dicionário.        8.2. Formalize o argumento.     8.3. Avalie o argumento.
8.4 Identifique a forma argumentativa válida ou falácia presente.

9. Considere os seguintes argumentos.
9.1 - Formalize-os
9.2 – Calcule o seu valor de verdade através do inspector de circunstâncias
A) Rawls é um apriorista pois usa o véu da ignorância para determinar a sociedade justa. Logo, se é apriorista é um neokantiano, pois usa o véu da ignorância para determinar a sociedade justa.

B) Ou aprecio surrealismo ou não vou visitar a exposição. Vou visitar a exposição, logo aprecio surrealismo.

C) Não sou do Porto e não sou do Benfica, por isso sou do Benfica.

10. Considere a seguinte forma argumentativa
~( P V Q) →R
( P V Q)
   ∴ ~R
10.1 Identifique a forma argumentativa válida ou falácia presente.
10.2. Avalie o argumento

11. Formalize o argumento apresentado:
A arte abre o futuro se e só se apresenta possibilidades ao homem. O artesanato conserva o passado, se e só se guarda a memória de factos. Mas, ou se apresentam possibilidades ou se guarda memória. Então ou a arte abre o futuro ou o artesanato guarda a memória.



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Teste 1 - 11º D - correção


1

A verdade é um propriedade lógica da proposição.

A validade é a propriedade lógica do argumento

Em regra geral a verdade não interfere na validade do argumento dedutivo, pois podemos ter um argumento dedutivo válido sem as suas premissas serem verdadeiras ou podemos ter um argumento válido com todas as suas proposições falsas.

Contudo, na dedução é impossível um argumento ser válido apresentando premissas verdadeiras e conclusão falsa.

Somente neste caso a verdade das proposições interferem na validade do argumento, pois sendo o argumento dedutivo um encadeamento necessário entre premissas e conclusão e sendo as premissas verdadeiras, a conclusão terá necessariamente de ser verdadeira.

 

2 - Versão A
2 - Versão B
Alguns bons lógicos são maus condutores
Alguns estudantes são seres que fugiram pela rua acima
Alguns não casados não são solteiros
Alguns investigadores são bem sucedidos
Alguns bons lógicos não são bons condutores
Nenhum aluno de lógica é incoerente

 

3 - O conceito é abstracto na medida em que se afasta das características particulares de cada ser para só captar as características essenciais à classe ou grupo de seres . Nessa medida, como concentra só as características comuns a uma classe de seres, pode ser aplicado a todos os seres que apresentem essas mesmas características – daí a sua característica de universalidade.

 

4A
4B
Ser inanimado – objecto, utensílio, utensílio manual, colher, colher de pedreiro
Europeia, portuguesa, algarvia, de Silves, Filha do João, Joana

 

5

5 A
 
A verdadeira – contrária (E) falsa; subalterna (I) verdadeira
A falsa – contrária (E) indeterminado
A verdadeira – contrária (E) falsa; subalterna (I) verdadeira
A falsa – contrária (E) indeterminado

 

6 - A dedução é mais segura do que a indução, porque é impossível na dedução termos uma conclusão falsa com premissas verdadeiras. Isto acontece porque a conclusão é uma consequência necessária das premissas.

Já na indução a conclusão é apesentada como mais ou menos provável em função não só da verdade das premissas, mas da força das premissas. Neste caso podemos ter inúmeras premissas verdadeiras que a conclusão não é nunca totalmente segura. Existe sempre a hipótese de ser falsa por mínima que seja a probabilidade de tal ocorrer. Tudo isto ocorre porque as premissas não impõem logicamente a conclusão.

 

7         A
7B
A) - 2ª fig – modo AII
Inválido – termo médio não distribuído
A)       4ª figura – modo IAA
Inválido – não segue a parte mais fraca
B) 4ª figura – modo IAA
Inválido – o sujeito da conclusão apresenta-se distribuído
B)       2ª figura – modo AII
Inválido – termo médio não distribuído

 

8 A
8 B
A)Indutivo
A) Dedutivo
A)       Dedutivo
B)       Indutivo

 

9 - A
9) - B
Todos os que ajudam quem precisa são simpáticos
Todo os meus amigos ajudam quem precisa
Logo, todos os meus amigos são simpáticos
Todos os que ajudam quem precisa são simpáticos
Todo os meus amigos ajudam quem precisa
Logo, todos  os meus amigos são simpáticos

 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lógica proposicional - Exercícios 2 B - 3

Formalização e avaliação pelo método do inspetor de circunstâncias da validade do seguinte argumento:


O João trabalha em madeira ou em ferro. Se trabalha em madeira vende o produto em feiras. Se trabalha em ferro vende o seu produto na loja. Não é verdade que venda o seu produto na loja. Logo trabalha em madeira.

P
Q
R
S
P V Q
P→ R
Q→ S
⌐S
logo P
V
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f
v
v
v
F

O argumento é válido uma vez que não apresenta um conclusão falsa quando as premissas são verdadeiras.