quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Atos Humanos


correção de teste 1 - 10.º - versão A

1 – Sim. Pois podemos encontrar a definição de filosofia como atividade humana de interrogação e procura de fundamento e de sentido para o todo – “o sentido de todas as coisas” - e que afeta a existência do homem - “é no homem que a filosofia se encontra”.

2 – A filosfia começa quando nós nos interrogamos sobre o sentido das coisas e questionando o óbvio. A filosofia como “amor à sabedoria” tem como caracetrística intrínseca a atividade de questionação, de problematização, de querer saber a verdade e essa interrogação sendo um trabalho da razão pede respostas reacionais. Acresce que a interrogação e os problemas são o grande motor do conhecimento.

3 – é uma ativiadade racional. Só a razão procura e alcança a universalidade nas coisas, só a razão cria conceitos, ideias, teorias e leis – seja ao nível da filosofia, seja ao nível da ciencia. A experiência permite-nos conhecer os casos particulares, gerir o conhecimento prático do dia a dia e refutar as ideias gerais ou as teorias.
    1. Filosófias: III, IV, V
    1. É uma questão de facto, respondida de forma objetiva e com uma resposta não argumentada. A resposta a essa questão não tem alcance existencial.
    1. O que é o mal?
5
    1. b
    2. a
    3. a
    4. a
    5. b
    6. d
6 – Universal porque se aplica a todos os seres de uma classe // Universal porque pode ser partilhado entre os homens.

a) Nenhum homem é careca
b) Algumas canetas não escrevem azul

8.1 – conclusão
A) então …
B) Bobi ladra sempre que me vê
C) os alunos da turma tirarão boa nota
8.2
A) Dedutivo; B) Indutivo C) Dedutivo

9
verdade – V. L. da proposição. Depende da sua adequação à realidade, daí ser sempre uma frase declarativa.

validade – V.L. do argumento – depende do cumprimento das regras formais da lógica, no caso do argumento dedutivo. neste sabendo que as premissas são verdadeira temos a garantia da verdade da conclusão e sabemos que tendo uma conclusão falsa alguma das premissas é falsa - a não ser que seja inválido. Nos argumentos não dedutivos a validade resulta das premissas sustentarem consistentemente a conclusão, sendo que esta não resulta das premissas por necessidade lógica. como consequência a conclusão é sempre provável e apresenta margem de erro.

domingo, 27 de outubro de 2013

Trabalho de Grupo 1 - 10,º Ano

FILOSOFIA – 10.º ANO
Trabalho de grupo – ano lectivo 2013-2014

Objectivo do trabalho: analisar e aplicar os conceitos centrais da acção humana. Desenvolver competências de interpretação e de discursividade

Tarefas – problema centrais:
A) Responder à seguinte questão: o que é a acção humana? A resposta deve ser dada discursivamente entre 10 e 20 linhas.
B) Em que medida a acção é específica do homem?
C) Criar um (ou mais) mapa conceptual que articule os conceitos centrais e e sirva de apresentação aos colegas.

Tarefas parcelares:
  1. Para responder às questões centrais deve responder às seguintes questões específicas:
    1. O que distingue o agir do acontecer?
    2. Todo o comportamento (fazer) é uma acção humana? Distinguir as acções humanas dos atos do homem.
      1. O que é a consciência?
      2. O que é a intenção?
      3. O que é a vontade? Como distinguir vontade de desejo?
      4. O que a decisão e a deliberação?
      5. O que é isso de motivo? Como podemos distinguir motivo de causa?
      6. Como podemos articular estes conceitos?



  • Distinguir o fazer do acontecer
  • Explicitar a dimensão voluntária, consciente e intencional dos actos humanos

  • Conceptualizar as noções de agente, de intenção e motivo.
  • Distinguir vontade de desejo

A Acção Humana – análise e compreensão do agir
1. A rede conceptual da ação
1.1. O conceito de acção
1.2. Acontecimentos e ações
1.2.1 Acção voluntária: o papel da consciência e da vontade na caracterização dos actos humanos.
1.3. Intenções e desejos: sua distinção e respectiva importância
1.4. Motivos, fins e projetos
1.5. Deliberação e decisão
Condições:
Temporização: a desenvolver em 4 aulas e a apresentar numa 5.ª aula.

Grupos de 3 ou 4 alunos( a decidir na turma)
i) Trabalho escrito:
Texto: no máximo de 4 páginas A4,  Times 11, espaço 1,5.
Mapa conceptual: 1 página.
ii) Trabalho apresentado aos colegas: entre 10minutos.

Avaliação:
PROCESSO: ii) atitudes: cooperação; autonomia e organização e empenho

PRODUTO: 
1) Trabalho de aula: a produção escrita;
2) Intervenção e exposição oral – preparada: apresentação.

Fontes:

  • manual – pp. 53-67 e pp.83-85
  • Enciclopédia Logos
  • Dicionário escolar de filosofia – biblioteca ou http://www.defnarede.com

musica clássica com humor

Bach - Cello Suite No.1 i-Prelude

Offenbach...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rede conceptual da ação


  1. O ACONTECER E O FAZER
    1. O que distingue o agir do acontecer? 
    2. Pode a ação ser um acontecimento?  Justifique a verdade desta resposta.
    3. Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.


  1. A ação humana
    1. O que é a consciência?
    2. O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
    3. O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
    4. O que é um ato do homem?
    5. A vontade não é a intenção. Porquê?
    6. Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
    7. O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
    8. Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
    9. Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
    10. O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
    11. Define ação usando só duas palavras/expressões.
    12. Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
    13. Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
    14. Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
    15. Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
    16. Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
    17. Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
Respostas
1 - O ACONTECER E O FAZER
1.1 - O que distingue o fazer do acontecer? Enuncie 3 características opostas.
O fazer é sempre o comportamento de alguém, é sempre o que alguém provoca, seja uma reação, seja uma ação, seja involuntário, seja voluntário. O acontecer pode ser o resultado de um fazer ou de uma ocorrência natural. O acontecer “apanha” o homem como espetador, como agido e não como ator ou agente.
1.2 - Pode um fazer ser um acontecimento? Sim. Justifique a verdade desta resposta.
O acontecer pode ser uma ocorrência ou o efeito de sofre uma ação ou reação de alguém.

1.3 - “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
Sim e Sim. 1) Todas as acções podem ser compreendidas do exterior a quem as realiza como acontecimentos e 2) como existem acontecimentos naturais e acontecimentos fruto de reações (Cê assustou JOTA e este reagiu mecanicamente com um murro).

2 - A ação humana
2.1 - O que é a consciência?
É a dimensão da mente que percepciona e disso tem noção. Ser consciente é estar de vigília e lúcido e compreender o que acontece e faz.

2.2 - O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
Sim, pois a vontade como poder de decisão exige a noção e o conhecimento que da consciência.

2.3 - O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
O ato involuntário pode ser consciente, mas não necessariamente. Os comportamentos resultantes dos vícios, de doenças psíquicas ou das necessidades de auto-regulação corporal (respirar, transpirar) não precisam da consciência.
Sem suma, todo o ato voluntário necessita da consciência, mas podemos ter atos conscientes involuntários

2.4 - O que é um ato do homem?
È um fazer involuntário. Considerando que o faxer voluntário se chama ato HUMANO (e não do Homem)

2.5 - A vontade não é a intenção. Porquê?
A intenção é o propósito de realizar algo. A vontade é a capacidade de dizer sim ou não a esse propósito.

2.6 - Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
Não. A intenção para surgir na mente humana tem sempre um ou várias razões: existem sempre desejos, ideais, necessidades, aspirações que impulsionam o homem a querer algo, a definir o seu propósito. Para refutar isto basta fazer o exercício inverso: criar uma intenção sem motivação.

2.7 - O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
Não. Um motivo pode dar origem a diferentes intenções porque as pessoas são diferentes, no tipo de inteligência, de projectos de vida, de valores, de cultura. As pessoas mudam elas próprias ao longo do tempo,

2.8 - Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
Sim, podemos ter a intenção e decidir não a cumprir. Exemplo: TÊ está apaixonado por SÊ e tem a intenção de lhe pedir namoro. Mas a sua decisão não acontece pois tem receio de ser rejeitado. (a sua decisão não acontece porque está em luta com um motivo contrário, negativo).

2.9 - Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
Pode faltar consciência do seu poder e das circunstâncias, pode faltar meios.

2.10 - O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
Doença psíquica, efeito de drogas, cansaço extremo…

2.11 - Defina ação usando só duas palavras/expressões.
Alteração intencional da realidade.

2.12 - Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
Ypsilón tinha como projecto profissional ser piloto de aviões. Isto impôs que o exercício físico e o cálculo mental fossem uma prioridade da sua educação escolar.

2.13 - Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
São duas questões distintas e impõem resposta contrária, mas a ideia é a mesma: a liberdade (da vontade) é uma condição necessária para haver ação. Caso contrário, se o homem fizer algo sob imposição, não resulta da sua decisão e não pode sobre o que ocorre ser responsbilizado.

2.14 - Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
Ação básica: Comer um gelado: é uma ação básica. Não prepara outra ação, esgota-se em si mesma.
Ação não básica: ir ao cinema: precisa de outras ações para se cumprir

2.15 - Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
Podemos ter, O que é decisivo na açºao é o poder de decisão livre e não a deliberação. Claro está que a deliberação cria maior liberdade e maior consciência mas é uma questão de grau (+) e não de qualidade.

2.16 - Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
Sim. Decidir é escolher a partir da sua vontade , sem coação. Isto significa que controla os seus próprios atos e, como tal, é poder dizer sim ou não. Então a vontade é autónoma: o poder sobre a sua vontade não vem do exterior, está em si mesma.
2.17 - A Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Teste - 10.º ano

Teste de filosofia n.º 1 – 10.º Ano



Conceitos do domínio da lógica
- Definir conceito e termo
- Definir juízo e proposição
- Definir raciocínio e argumento
- Distinguir raciocínio dedutivo de raciocínio indutivo
- Enunciar uma característica da razão e do conhecimento racional
- Identificar o tema, o problema, a tese e os argumentos num discurso.
- Distinguir as características do conhecimento empírico das características do conhecimento racional
- Distinguir a verdade da validade.
- Distinguir conhecimento subjectivo de conhecimento objectivo.
- Distinguir Juízo Universal de Juízo particular.
- Distinguir juízo afirmativo de juízo negativo.
- Classificar as proposições como categóricas, hipotéticas ou disjuntivas.
- Distinguir realidade concreta de realidade abstracta.

Conteúdos específicos da unidade inicial
- Identificar questões filosóficas
- Caracterizar questões filosóficas
- Distinguir questões filosóficas de questões científicas e de questões vulgares
- Caracterizar a atitude filosófica.
- Distinguir o Objecto da filosofia do objecto das ciências;
- Distinguir o Método da filosofia do método das ciências;

a) definir filosofia – o que é a filosofia?
- a filosofia é um saber?
- a filosofia é uma actividade?
- a filosofia usa razão?
- a filosofia procura essências e o sentido? O sentido depende da essência?
- a filosofia analisa e constrói conceitos?

b) caracterizar a faculdade da razão humana
- quais as características de um conhecimento racional? E de um conhecimento empírico?
- a construção de conceitos é um processo racional? O conhecimento racional implica um processo de abstracção? Porquê?

c) caracterizar as questões filosóficas
- porque são abertas? O que significa dizer que são abertas?
- porque não se restringem aos factos e às leis?
- porque permitem várias respostas?
- porque têm de ser argumentadas?
- o que distingue as questões filosóficas de questões não filosóficas?

d) esclarecer o que é um objecto de conhecimento;

e) caracterizar a atitude filosófica;

f) problematizar e o valor da filosofia;

g) Quais os campos do saber filosófico?
- que estuda a gnoselogia?
- que estuda a ética?
- que estuda a filosofia política?
- que estuda a lógica?
- que estuda a metafísica?
- que estuda a estética?

h) - o que é um conhecimento subjectivo? E um conhecimento objectivo? - um conhecimento intersubjectivo é sempre subjectivo?


Texto A
Terá a filosofia objecto? (…). A filosofia só toma consciência de si praticando-se, visando um objecto.
(…) A filosofia começa quando nos interrogamos sobre o sentido do mundo ou da história, e na medida em que o sentido “faça sentido” implica já um fundamento e uma justificação: quando Spartacus se interroga se tem sentido trabalhar como trabalha, ou Oppenheimer de fabricar a bomba atómica, é sempre o homem que põe esta questão do sentido – do sentido – do sentido de todas as coisas - , esta questão que ecoa ao longo da aventura humana, e é no homem que a filosofia a encontra. (…).
Mikel Dufrenne, Pour l´homme
1 – Tendo em conta e usando o texto, defina filosofia.

Texto B
A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora (...)
Russel, B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2 – Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.
3 – Construa um texto argumentativo que discuta o valor da filosofia. Deve identificar a tese, os argumentos, os contra-argumentos e/ou objecções.

4 – Leia com atenção as seguintes questões:
a) Que elementos entram na composição da água?
b) O que é a liberdade?
c) Qual a temperatura do núcleo da terra?
d) O que é o tempo?
e) Pode o homem conhecer a realidade?
f) O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g) Como minorar os efeitos de um sismo sobre as habitações?
h) Para que vivemos?
4.1. Classifique as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2. Esclareça porque não é a seguinte questão uma questão filosófica: “a liberdade de expressão é um direito humano presente na Declaração Universal do Direitos Humanos?”
4.3. Transforme a questão anterior numa questão filosófica.
4.4. Formule uma questão filosófica do domínio da ética.

teste de filosofia - 10

Cotação


VERSÃO E
1. pontos
2. pontos
3. pontos
4.1. pontos
4.2. pontos
4.3. pontos
5. pontos
6. pontos
7. pontos

8. pontos
9. pontos
10 pontos










Texto A
O núcleo da filosofia reside em certas questões que o espírito reflexivo humano acha naturalmente enigmáticas, e a melhor maneira de começar o estudo da filosofia é pensar directamente sobre elas. (…)
A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da ciência, não assenta em experimentações nem na observação, mas apenas no pensamento. E, ao contrário da matemática, não tem métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões, argumentando, ensaiando ideias e pensando em argumentos possíveis contra elas e procurando saber como funcionam realmente os nossos conceitos.
T. Nagel, Que Quer Dizer Tudo Isto? Uma Iniciação à Filosofia, 1995
1 – Tendo em conta e usando o texto, esclareça em que consiste o conhecimento filosófico.

Texto B
A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora (...)
Russel, B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2 – Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.

Texto C
Um serviço inestimável prestada pela filosofia (…) reside no hábito, por ela estimulado, de promover-se um julgamento imparcial considerando-se todas as facetas de uma questão, e na ideia que ela oferece do que seja a evidência e de que devemos buscar ou esperar de uma prova. Pode ser esse um importante questionamento das inclinações emocionais e das conclusões precipitadas, sendo especialmente necessário, e com frequência negligenciado, em controvérsias políticas. Se ambos os lados considerassem suas diferenças políticas munidos de espírito filosófico, seria difícil admitir a eventualidade de uma guerra. O sucesso da democracia depende muito da habilidade dos cidadãos em distinguir um bom de um mau argumento, não se deixando enganar por confusões. A filosofia crítica estabelece um padrão ideal para o raciocínio correcto e capacita quem a estuda a remanejar argumentos confusos. Talvez seja esse a motivação pela qual Whitehead afirma, na passagem acima citada, que "nenhuma sociedade democrática poderá alcançar êxito sem que a educação geral que a inspire exprima uma perspectiva filosófica".
3 – Explicite, a propósito do texto C, o problema, a tese e os argumentos.

4 – Leia com atenção as seguintes questões:
a) Que elementos entram na composição da água?
b) É o homem um ser livre?
c) Qual a temperatura do núcleo da terra?
d) O que é o homem?
e) Porque tem o homem valores?
f) O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g) Pode o homem conceber-se como ser estritamente individual?
h) O que é a cultura?
4.1. Classifique as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2. Esclareça porque não é a seguinte questão uma questão filosófica: “a boa aplicação da justiça é a principal uma preocupação do ministério da justiça?”
4.3. Transforme a questão anterior numa questão filosófica.
4.4. Formule uma questão filosófica do domínio da estética.

5. Caracterizámos Filosofia com quatro características. Atribua a cada um dos temos as expressões que considera adequadas:
1. Autonomia 2. Universalidade 3. Radicalidade
  1. capacidade de cada um dar a si a lei.
  2. ser passivo face ás ideias do outro.
  3. pensar por si.
  4. aplicar a sua força.
  5. um saber dependente.
  6. uma característica inata do homem.
  7. próprio do conhecimento dos sentidos.
  8. entendimento entre todos.
  9. é da natureza partilhável das ideias dos filósofos.
  1. ir à raiz
  2. questionar indefinidamente;
  3. questionar o fundamento da(s) realidade(s);
  4. produzir afirmações que vão contra a norma;
  5. discutir tudo;
  6. pensar a origem das coisas.
  7. um pensamento que a todos diz respeito.
  8. é objectividade;
  9. é conhecimento absoluto.

6. Tendo em conta conceitos de natureza dada, natureza adquirida e de instinto, cultura, esclareça a seguinte afirmação: “a acção é decisiva para definir o que cada um é”.

7. Tenha em consideração o seguinte texto – texto C
Só é verdadeiramente humano o acto que o homem realiza enquanto homem, isto é, o acto que em si próprio transporta a marca da sua diferença específica. Ora, essa diferença é a razão ou, melhor dizendo, a racionalidade. (...)
Estes actos são, pois, próprios do homem, não apenas pela sua estrutura, mas também pela maneira como dependem do agente e é por isso que merecem, a título privilegiado, ser designados como actos humanos.
JOSEPH DE FINANCE, Éthique Général., Roma: Presses de I'Université Grégorienne, 1967, p. 31.
    1. Os actos humanos segundo o texto C, são próprios do homem “pela maneira como dependem do agente”. Esclareça esta afirmação.

  1. Indique a propósito de cada conceito quais as atribuições verdadeiras
8.1 Motivo é
  1. uma quase-causa;
  2. impulsionador;
  3. justificativo;
  4. esclarecedor;
  5. incontrolável;
  6. uma imposição
8.2. A Vontade é
  1. desejar algo;
  2. faculdade de decidir;
  3. um apetite;
  4. importante nos comportamentos automáticos;
  5. independente da consciência;
  6. um poder capaz de forçar os outros

    1. A Consciência é
  1. uma condição necessária mas não suficiente para que haja acção;
  2. a capacidade de ter presente na mente o que queremos;
  3. ter noção da intenção;
  4. é central em toda a conduta humana.
  5. É conhecer;
  6. É essencial nos actos do homem.

    1. O agente é
  1. qualquer pessoa em qualquer situação;
  2. ou pode ser um animal
  3. que concebe
  4. quem age
  5. o responsável
  6. quem faz mesmo que não conceba;
.

  1. Esclareça a afirmação: não há acção sem motivo, mas há motivo sem acção.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Elementos de Lógica para o 10.º Ano

1) Conceito - representação mental abstrata que sintetiza o essencial relativo a um conjunto de seres (aluno) ou relativo a um ser particular ( o João).
O termo é a expressão do conceito - e a sua concretização verbal.

2) Juízo - operação intelectual que relaciona dois conceitos de forma afirmativa ou negativa, sendo um o sujeito e o outro o predicado (atributo).
A proposição é a expressão do juízo - é a sua concretização verbal.
A proposição é sempre e só uma frase declarativa, por isso é que o seu valor lógico é o de verdade ou de falsidade. A proposição é verdadeira ou falsa porque faz uma declaração sobre a realidade e essa  é verdadeiro ou é falsa.

3) Raciocínio - operação intelectual que relaciona proposições dadas (as premissas) de forma a extrair um nova proposição (a conclusão).
Um raciocínio quando expresso chama-se argumento.
Um Argumento não é verdadeiro nem falso, mas sim válido ou inválido.


3.1) Raciocínio dedutivo - operação intelectual que em função das premissas dadas serem verdadeiras tem de concluir necessariamente uma proposição verdadeira.

Podemos ter um argumento DEDUTIVO Válido em que:
a) todas as proposições (premissas e conclusão) são verdadeiras
b) todas as suas proposições (premissas e conclusão) são falsas.
c) as premissas são falsas e a conclusão verdadeira.

Não podemos ter um argumento dedutivo válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. Este sendo impossível não é exemplificável.

Exemplo de b)
Todos os alunos são seres que gostam de lógica.
Nenhum ser que gosta de lógica é humano.
Logo, nenhum humano é aluno.

Exemplo de c)
Todos os peixes nadam rápido   (Falso)
As baleias são peixes.                 (Falso)
Logo, as baleias nadam.              (Verdade)


O que é um raciocínio NÃO DEDUTIVO?
EXEMPLO DE RACIOCINIO NÃO DEDUTIVO: RACIOCÍNIO INDUTIVO.








quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Um filme sobre Hannah Arent - uma filosófa que pensou e teorizou o totalitarismo


A mulher com cabeça

  • Hannah Arendt
  • De: Margarethe von Trotta
  • Com: Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer
  • Género: Drama, Biografia
  • Classificacao: M/12

votarvotarvotarvotarvotar
Uma interpretação extraordinária de Barbara Sukowa no filme mais importante agora em exibição entre nós: retrato de mulher e filme de ideias sobre um tempo que passou.

Envolto nas roupagens levemente nostálgicas de uma Nova Iorque académica e afluente, mitificada pelos bons ofícios do cinema, Hannah Arendt pode ter um leve aroma de “filme fora de tempo”, ou não identificássemos a sua autora, a veterana alemã Margarethe von Trotta, com a vertente mais interventiva do cinema alemão dos anos 1970. E é obra que recorda, com saudade e sem saudosismo, um tempo em que havia espaço e disponibilidade para o, e entusiasmo pelo, pensamento. Um tempo em que a cultura, a arte, a literatura não eram apenas palavras vãs, mas sim algo que tinha um impacto prático, quotidiano.

Encarnada de modo extraordinário por Barbara Sukowa, Hannah Arendt é uma mulher fiel apenas ao seu intelecto e aos seus amigos, que se recusa a diluir ou adoçar o seu raciocínio apenas para ser politicamente correcta. Arendt bem pode querer separar as águas do pessoal e do profissional mas o affaire Eichmann e a sua noção de rigor intelectual imparcial apenas vieram sublinhar a lição que o seu professor, Martin Heidegger, aprendera tarde demais: a vida real e a vida da mente não são a mesma coisa e há que escolher e assumir as consequências. O pensamento da filósofa pode ter afectado o mundo, mas exigiu um preço pessoal - e é também aí que Von Trotta e Sukowa ganham o filme, ao recusar “separar as águas” e pintá-la como alguém intocável, ao tornar Hannah Arendt numa apaixonante meditação sobre o pensamento como algo de profundamente cinematográfico, até sedutor e sexy - e melhor “filme de recrutamento” para pôr a cabeça a mexer é difícil de imaginar.


 Banksy invade as ruas de Nova Iorque

Durante todo o mês de Outubro o icónico e polémico artista de rua britânico vai residir em Nova Iorque, pintando as suas paredes. Na terça-feira, surgiu a primeira peça, com a irónica inscrição: “o graffiti é crime.”
O número 18 da Allen Street
AQUELE QUE É PROVAVELMENTE O ARTISTA DE RUA MAIS CONHECIDO DO MUNDO, O MISTERIOSO GRAFFITER INGLÊS BANKSY, ACABA DE COLOCAR EM MARCHA UM AMBICIOSO PROJECTO PELAS ARTÉRIAS DE NOVA IORQUE. INTITULADO BETTER OUT THAN IN, FOI DIVULGADO ESTA QUARTA-FEIRA, COMO HABITUALMENTE, DE FORMA ENIGMÁTICA, NO SEU SÍTIO DA INTERNET, EMBORA DIAS ANTES, ALGUNS POSTERS NAS RUAS DE LOS ANGELES INDICIASSEM QUE ALGO ESTAVA PARA ACONTECER.

E no que consiste o projecto? Durante todo o mês, diferentes zonas da cidade acolherão novas obras do artista natural de Bristol, Inglaterra, cuja identidade ninguém conhece. Será uma espécie de grande exposição a céu aberto. A primeira obra já se pode ver no número 18 da Allen Street, a meio caminho entre o Lower East Side e Chinatown. Pintada sobre um muro, a peça mostra uma criança empoleirada sobre as costas de outra, com uma lata de spray de um sinal onde se pode ler: “o graffiti é crime.” Mas o projecto não se fica por aí.

(...)  http://www.publico.pt/cultura/noticia/banksy-invade-com-ironia-as-ruas-de-nova-iorque-1607801