domingo, 8 de dezembro de 2013

O problema metafísico da liberdade

3 respostas

Determinismo radical
Tese - o homem não é dotado de livre-arbítrio. todas as suas escolhas são a consequência de uma qualquer causalidade (física; psíquica; contextual; histórica).
O livre-arbítrio é incompatível com o determinismo.
Pressuposto: a causalidade atua sempre por implicação necessária.

Determinismo moderado ou compatibilismo
Tese - o homem estando sujeito aos fatores causais e tendo de optar, é livre de escolher enquanto se lhe apresentam alternativas que escolhe livremente, se não coagido.
compatibiliza o determinismo da natureza com o livre-arbítrio.
As ações não livres são as ações realizadas sob coação ou sem alternativa.
Pressuposto: o homem não escapa ao determinismo natural e às condicionantes.

Libertismo
Tese - O homem é livre de forma radical. O seu espírito tem a capacidade de decidir independentemente do mundo natural e social em que se insere e das condicionantes da vida de cada um.
O homem é dotado de livre-arbítrio e este é incompatível com o determinismo.
Nesta perspetiva, ainda que o homem esteja sob coação é livre, a alternativa única apresenta-se ao homem como uma opção, cumprir ou não cumprir, sujeitar-se ou não se sujeitar a determinada situação.
Pressuposto: espírito é independente da matéria.

domingo, 24 de novembro de 2013

O Problema do livre-arbítrio - o DETERMINISMO RADICAL


QUESTÃO: não será uma representação mais adequada ao fatalismo?

O problema do livre-arbítrio

O problema da liberdade pode formular-se do seguinte modo:

- é o homem livre ou é o homem determinado na sua escolha (livre-arbítrio?

reformulando.
-  é o homem livre nas suas ações vivendo num num contexto físico de ralações necessárias causa-efeito)?

- é o homem livre na sua decisão/intenção/ação quando vive num corpo (psico-físico) sujeito ao determinismo da natureza?

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Homem e Cultura - a Natureza Cultural do Homem

Sem homem não há cultura. Mas sem cultura não há homem. (...)
No último milhão de anos desapareceram numerosas espécies animais, ao passo que o homem se perpetuou. Por causa das mudanças no meio ambiente, houve animais que não resistiram e se extinguiram. O homem., esse, vai aguentar tudo, pois sabe fabricar não só as suas armas e os seus utensílios, mas também aquilo de que carece para sobreviver num meio ambiente diferente. De facto, o homem é o único exemplo conhecido, no mundo vivo, de um ser que logrou a proeza de criar o seu meio ambiente.
Ignora-se em, que momento o homem perdeu os seus instintos. Esse facto capital deve ter-se produzido cedo. Foi ele que permitiu que nos tornássemos homens. A ave colocada perante materiais que constituirão o seu ninho, põe-se a construí-lo, impelida por uma força a que não consegue subtrair-se. Por muito admirável que seja o seu ninho, o animal que o edificou não passa de um autómato: ele fá-lo como o construíram todos os seus antepassados, sem jamais imaginar a mínima alteração. O homem, se não aprender, não sabe fazer que fazer dos materiais com os quais se edifica a mais rudimentar das choças. Ele não sabe que fazer fabricar um utensílio ou acender o lume por instinto. é necessário inclusivamente ensiná-lo a andar. As crianças-lobos, permanecendo até á adolescência fora do meio humano, isoladas na floresta, perdem a possibilidade de adquirir traços fundamentais como a linguagem e mesmo a posição vertical. Em virtude do seu legado cultural, o homem afastou-se do animal, mas tornou-se estritamente dependente dos outros homens. Para que ele se converta realmente num homem, é indispensável que viva a sua existência social no meio dos seus, sob a influência de todos os estímulos que lhe fornecem a sua família e a sua tribo. (...)

A cultura é, por conseguinte, o meio de adaptação mais eficaz do homem ao seu ambiente. Ela desempenhou um papel decisivo no acréscimo do duplo carácter da espécie humana: a sua unidade e a sua diversidade
R. Clarke

MOTIVO

O Motivo
O agente desenvolve intenções e age em função de motivos. O motivo responde ao “porquê?” da acção. É assim por um lado, o motor da acção, o que despoleta ou impulsiona a acção e, por outro lado, é a razão que justifica e explica a acção praticada e a intenção do agente. É por isto que o motivo que torna inteligível e dá sentido à acção.

Motivo versus causa: é o motivo uma causa?
Em cada um de nós, a mesma acção pode resultar de uma pluralidade de motivos e o mesmo motivo pode dar origem a diversas acções. Não podemos nunca garantir ou prever rigorosamente qual a decisão que vai ser tomada numa dada situação.
Por isso podemos dizer que
a) os motivos não são sinónimo de causa. Os motivos não determinam as nossas acções da mesma forma que a causalidade natural – o fogo queima. Os motivos são razões para agir, são o motor, mas podemos Não agir.
b) Os motivos fundamentam, legitimam ou justificam os nossos actos.


Dito de outra forma: a causa determina necessariamente um efeito, a causa faz ocorrer a acção independentemente da vontade do agente, e, pelo contrário, o motivo necessita de uma vontade que decida e conduza à acção. A relação entre motivo e decisão é variável, isto é, o mesmo motivo pode dar origem a várias intenções/actos e um mesmo acto pode ter origem em vários motivos. Por exemplo: ter fome pode dar origem a ir ao restaurante, cozinhar ou simplesmente não comer. De forma inversa, podemos também ir a um restaurante por motivos diversos para além da fome. Conclui-se por isso que não há uma relação de causa-efeito. 
Há casos em que o comportamento da pessoa parece ser o resultado automático de forças afectivas, não tendo existido deliberação e decisão, neste caso trata-se de uma causa e não de um motivo o que justifica a acção. Por exemplo, os actos que realizamos num estado de loucura, de embriaguez ou sob o efeito de drogas, ou aqueles que são praticados sob coação, não podem ser designados de acções (humanas).
Como tal, toda a acção humana pressupõe uma vontade livre, ou seja, um poder de deliberar e decidir por si própria, e como tal a possibilidade de não cumprir os motivos.

Critérios de avaliação


Disciplina de Filosofia – Critérios de Avaliação
Área das Aprendizagens Específicas
Indicadores de aprendizagem
Instrumentos de avaliação
Factor de ponderação
Competências do discurso
    
Capacidade (4) de problematização, conceptualização e argumentação
  
Análise e interpretação de textos  e composição filosófica
§  Estruturar o discurso com rigor lógico
§  Clarificar os conceitos centrais (5)
§  Aplicar conceitos centrais (5)
      
§  Identificar e clarificar problemas filosóficos
 
§  Clarificar teses e argumentos de natureza filosófica centrais a cada unidade programática.
§  Relacionar (6) conceitos / teorias / argumentos
 
§  Problematizar conteúdos, teorias e/ou teses
§  Analisar textos filosóficos (7)
§  Avaliar criticamente teorias filosóficas
§  Compor textos argumentativos
A1 - Testes
e/ou
A2 - Trabalhos escritos equiparáveis a testes (1)
70%
90%
Registos de observação de
B1 - trabalhos escritos de aula (2)
e
B2 – Intervenção e exposição oral (3)
20%
Grelhas de Auto-avaliação

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Atos Humanos


correção de teste 1 - 10.º - versão A

1 – Sim. Pois podemos encontrar a definição de filosofia como atividade humana de interrogação e procura de fundamento e de sentido para o todo – “o sentido de todas as coisas” - e que afeta a existência do homem - “é no homem que a filosofia se encontra”.

2 – A filosfia começa quando nós nos interrogamos sobre o sentido das coisas e questionando o óbvio. A filosofia como “amor à sabedoria” tem como caracetrística intrínseca a atividade de questionação, de problematização, de querer saber a verdade e essa interrogação sendo um trabalho da razão pede respostas reacionais. Acresce que a interrogação e os problemas são o grande motor do conhecimento.

3 – é uma ativiadade racional. Só a razão procura e alcança a universalidade nas coisas, só a razão cria conceitos, ideias, teorias e leis – seja ao nível da filosofia, seja ao nível da ciencia. A experiência permite-nos conhecer os casos particulares, gerir o conhecimento prático do dia a dia e refutar as ideias gerais ou as teorias.
    1. Filosófias: III, IV, V
    1. É uma questão de facto, respondida de forma objetiva e com uma resposta não argumentada. A resposta a essa questão não tem alcance existencial.
    1. O que é o mal?
5
    1. b
    2. a
    3. a
    4. a
    5. b
    6. d
6 – Universal porque se aplica a todos os seres de uma classe // Universal porque pode ser partilhado entre os homens.

a) Nenhum homem é careca
b) Algumas canetas não escrevem azul

8.1 – conclusão
A) então …
B) Bobi ladra sempre que me vê
C) os alunos da turma tirarão boa nota
8.2
A) Dedutivo; B) Indutivo C) Dedutivo

9
verdade – V. L. da proposição. Depende da sua adequação à realidade, daí ser sempre uma frase declarativa.

validade – V.L. do argumento – depende do cumprimento das regras formais da lógica, no caso do argumento dedutivo. neste sabendo que as premissas são verdadeira temos a garantia da verdade da conclusão e sabemos que tendo uma conclusão falsa alguma das premissas é falsa - a não ser que seja inválido. Nos argumentos não dedutivos a validade resulta das premissas sustentarem consistentemente a conclusão, sendo que esta não resulta das premissas por necessidade lógica. como consequência a conclusão é sempre provável e apresenta margem de erro.

domingo, 27 de outubro de 2013

Trabalho de Grupo 1 - 10,º Ano

FILOSOFIA – 10.º ANO
Trabalho de grupo – ano lectivo 2013-2014

Objectivo do trabalho: analisar e aplicar os conceitos centrais da acção humana. Desenvolver competências de interpretação e de discursividade

Tarefas – problema centrais:
A) Responder à seguinte questão: o que é a acção humana? A resposta deve ser dada discursivamente entre 10 e 20 linhas.
B) Em que medida a acção é específica do homem?
C) Criar um (ou mais) mapa conceptual que articule os conceitos centrais e e sirva de apresentação aos colegas.

Tarefas parcelares:
  1. Para responder às questões centrais deve responder às seguintes questões específicas:
    1. O que distingue o agir do acontecer?
    2. Todo o comportamento (fazer) é uma acção humana? Distinguir as acções humanas dos atos do homem.
      1. O que é a consciência?
      2. O que é a intenção?
      3. O que é a vontade? Como distinguir vontade de desejo?
      4. O que a decisão e a deliberação?
      5. O que é isso de motivo? Como podemos distinguir motivo de causa?
      6. Como podemos articular estes conceitos?



  • Distinguir o fazer do acontecer
  • Explicitar a dimensão voluntária, consciente e intencional dos actos humanos

  • Conceptualizar as noções de agente, de intenção e motivo.
  • Distinguir vontade de desejo

A Acção Humana – análise e compreensão do agir
1. A rede conceptual da ação
1.1. O conceito de acção
1.2. Acontecimentos e ações
1.2.1 Acção voluntária: o papel da consciência e da vontade na caracterização dos actos humanos.
1.3. Intenções e desejos: sua distinção e respectiva importância
1.4. Motivos, fins e projetos
1.5. Deliberação e decisão
Condições:
Temporização: a desenvolver em 4 aulas e a apresentar numa 5.ª aula.

Grupos de 3 ou 4 alunos( a decidir na turma)
i) Trabalho escrito:
Texto: no máximo de 4 páginas A4,  Times 11, espaço 1,5.
Mapa conceptual: 1 página.
ii) Trabalho apresentado aos colegas: entre 10minutos.

Avaliação:
PROCESSO: ii) atitudes: cooperação; autonomia e organização e empenho

PRODUTO: 
1) Trabalho de aula: a produção escrita;
2) Intervenção e exposição oral – preparada: apresentação.

Fontes:

  • manual – pp. 53-67 e pp.83-85
  • Enciclopédia Logos
  • Dicionário escolar de filosofia – biblioteca ou http://www.defnarede.com

musica clássica com humor

Bach - Cello Suite No.1 i-Prelude

Offenbach...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rede conceptual da ação


  1. O ACONTECER E O FAZER
    1. O que distingue o agir do acontecer? 
    2. Pode a ação ser um acontecimento?  Justifique a verdade desta resposta.
    3. Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.


  1. A ação humana
    1. O que é a consciência?
    2. O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
    3. O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
    4. O que é um ato do homem?
    5. A vontade não é a intenção. Porquê?
    6. Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
    7. O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
    8. Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
    9. Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
    10. O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
    11. Define ação usando só duas palavras/expressões.
    12. Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
    13. Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
    14. Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
    15. Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
    16. Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
    17. Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).
Respostas
1 - O ACONTECER E O FAZER
1.1 - O que distingue o fazer do acontecer? Enuncie 3 características opostas.
O fazer é sempre o comportamento de alguém, é sempre o que alguém provoca, seja uma reação, seja uma ação, seja involuntário, seja voluntário. O acontecer pode ser o resultado de um fazer ou de uma ocorrência natural. O acontecer “apanha” o homem como espetador, como agido e não como ator ou agente.
1.2 - Pode um fazer ser um acontecimento? Sim. Justifique a verdade desta resposta.
O acontecer pode ser uma ocorrência ou o efeito de sofre uma ação ou reação de alguém.

1.3 - “Todas as acções são acontecimentos, mas nem todos os acontecimentos são acções.” Concorda? Justifique.
Sim e Sim. 1) Todas as acções podem ser compreendidas do exterior a quem as realiza como acontecimentos e 2) como existem acontecimentos naturais e acontecimentos fruto de reações (Cê assustou JOTA e este reagiu mecanicamente com um murro).

2 - A ação humana
2.1 - O que é a consciência?
É a dimensão da mente que percepciona e disso tem noção. Ser consciente é estar de vigília e lúcido e compreender o que acontece e faz.

2.2 - O fazer voluntário implica necessariamente a consciência?
Sim, pois a vontade como poder de decisão exige a noção e o conhecimento que da consciência.

2.3 - O fazer involuntário implica necessariamente a consciência?
O ato involuntário pode ser consciente, mas não necessariamente. Os comportamentos resultantes dos vícios, de doenças psíquicas ou das necessidades de auto-regulação corporal (respirar, transpirar) não precisam da consciência.
Sem suma, todo o ato voluntário necessita da consciência, mas podemos ter atos conscientes involuntários

2.4 - O que é um ato do homem?
È um fazer involuntário. Considerando que o faxer voluntário se chama ato HUMANO (e não do Homem)

2.5 - A vontade não é a intenção. Porquê?
A intenção é o propósito de realizar algo. A vontade é a capacidade de dizer sim ou não a esse propósito.

2.6 - Pode existir uma intenção sem motivo? Porquê?
Não. A intenção para surgir na mente humana tem sempre um ou várias razões: existem sempre desejos, ideais, necessidades, aspirações que impulsionam o homem a querer algo, a definir o seu propósito. Para refutar isto basta fazer o exercício inverso: criar uma intenção sem motivação.

2.7 - O mesmo motivo conduz sempre à mesma intenção? Porquê?
Não. Um motivo pode dar origem a diferentes intenções porque as pessoas são diferentes, no tipo de inteligência, de projectos de vida, de valores, de cultura. As pessoas mudam elas próprias ao longo do tempo,

2.8 - Uma intenção pode não ser realizada. Depende da decisão. Concorda? Justifique.
Sim, podemos ter a intenção e decidir não a cumprir. Exemplo: TÊ está apaixonado por SÊ e tem a intenção de lhe pedir namoro. Mas a sua decisão não acontece pois tem receio de ser rejeitado. (a sua decisão não acontece porque está em luta com um motivo contrário, negativo).

2.9 - Ter uma intenção sem ter qualquer poder de a executar revela que ao agente falta algo. O quê? Justifique.
Pode faltar consciência do seu poder e das circunstâncias, pode faltar meios.

2.10 - O que pode anular ou diminuir a consciência necessária à ação?
Doença psíquica, efeito de drogas, cansaço extremo…

2.11 - Defina ação usando só duas palavras/expressões.
Alteração intencional da realidade.

2.12 - Exemplifique como o projecto impõe ao sujeito a realização de acções.
Ypsilón tinha como projecto profissional ser piloto de aviões. Isto impôs que o exercício físico e o cálculo mental fossem uma prioridade da sua educação escolar.

2.13 - Se o homem não fosse livre poderia haver acções? A liberdade é uma exigência para que haja ação humana? Porquê?
São duas questões distintas e impõem resposta contrária, mas a ideia é a mesma: a liberdade (da vontade) é uma condição necessária para haver ação. Caso contrário, se o homem fizer algo sob imposição, não resulta da sua decisão e não pode sobre o que ocorre ser responsbilizado.

2.14 - Distinga ação básica de ação não básica. Use um exemplo.
Ação básica: Comer um gelado: é uma ação básica. Não prepara outra ação, esgota-se em si mesma.
Ação não básica: ir ao cinema: precisa de outras ações para se cumprir

2.15 - Temos uma vontade livre se não deliberarmos?
Podemos ter, O que é decisivo na açºao é o poder de decisão livre e não a deliberação. Claro está que a deliberação cria maior liberdade e maior consciência mas é uma questão de grau (+) e não de qualidade.

2.16 - Poder decidir é ter um poder sobre si mesmo. Concorda? Justifique.
Sim. Decidir é escolher a partir da sua vontade , sem coação. Isto significa que controla os seus próprios atos e, como tal, é poder dizer sim ou não. Então a vontade é autónoma: o poder sobre a sua vontade não vem do exterior, está em si mesma.
2.17 - A Liberdade (livre-arbítrio) implica a responsabilidade e a responsabilidade é condição de liberdade. (esta frase tem duas ideias agregadas. Tem de tratar cada uma em separado primeiro).

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Teste - 10.º ano

Teste de filosofia n.º 1 – 10.º Ano



Conceitos do domínio da lógica
- Definir conceito e termo
- Definir juízo e proposição
- Definir raciocínio e argumento
- Distinguir raciocínio dedutivo de raciocínio indutivo
- Enunciar uma característica da razão e do conhecimento racional
- Identificar o tema, o problema, a tese e os argumentos num discurso.
- Distinguir as características do conhecimento empírico das características do conhecimento racional
- Distinguir a verdade da validade.
- Distinguir conhecimento subjectivo de conhecimento objectivo.
- Distinguir Juízo Universal de Juízo particular.
- Distinguir juízo afirmativo de juízo negativo.
- Classificar as proposições como categóricas, hipotéticas ou disjuntivas.
- Distinguir realidade concreta de realidade abstracta.

Conteúdos específicos da unidade inicial
- Identificar questões filosóficas
- Caracterizar questões filosóficas
- Distinguir questões filosóficas de questões científicas e de questões vulgares
- Caracterizar a atitude filosófica.
- Distinguir o Objecto da filosofia do objecto das ciências;
- Distinguir o Método da filosofia do método das ciências;

a) definir filosofia – o que é a filosofia?
- a filosofia é um saber?
- a filosofia é uma actividade?
- a filosofia usa razão?
- a filosofia procura essências e o sentido? O sentido depende da essência?
- a filosofia analisa e constrói conceitos?

b) caracterizar a faculdade da razão humana
- quais as características de um conhecimento racional? E de um conhecimento empírico?
- a construção de conceitos é um processo racional? O conhecimento racional implica um processo de abstracção? Porquê?

c) caracterizar as questões filosóficas
- porque são abertas? O que significa dizer que são abertas?
- porque não se restringem aos factos e às leis?
- porque permitem várias respostas?
- porque têm de ser argumentadas?
- o que distingue as questões filosóficas de questões não filosóficas?

d) esclarecer o que é um objecto de conhecimento;

e) caracterizar a atitude filosófica;

f) problematizar e o valor da filosofia;

g) Quais os campos do saber filosófico?
- que estuda a gnoselogia?
- que estuda a ética?
- que estuda a filosofia política?
- que estuda a lógica?
- que estuda a metafísica?
- que estuda a estética?

h) - o que é um conhecimento subjectivo? E um conhecimento objectivo? - um conhecimento intersubjectivo é sempre subjectivo?


Texto A
Terá a filosofia objecto? (…). A filosofia só toma consciência de si praticando-se, visando um objecto.
(…) A filosofia começa quando nos interrogamos sobre o sentido do mundo ou da história, e na medida em que o sentido “faça sentido” implica já um fundamento e uma justificação: quando Spartacus se interroga se tem sentido trabalhar como trabalha, ou Oppenheimer de fabricar a bomba atómica, é sempre o homem que põe esta questão do sentido – do sentido – do sentido de todas as coisas - , esta questão que ecoa ao longo da aventura humana, e é no homem que a filosofia a encontra. (…).
Mikel Dufrenne, Pour l´homme
1 – Tendo em conta e usando o texto, defina filosofia.

Texto B
A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora (...)
Russel, B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2 – Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.
3 – Construa um texto argumentativo que discuta o valor da filosofia. Deve identificar a tese, os argumentos, os contra-argumentos e/ou objecções.

4 – Leia com atenção as seguintes questões:
a) Que elementos entram na composição da água?
b) O que é a liberdade?
c) Qual a temperatura do núcleo da terra?
d) O que é o tempo?
e) Pode o homem conhecer a realidade?
f) O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g) Como minorar os efeitos de um sismo sobre as habitações?
h) Para que vivemos?
4.1. Classifique as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2. Esclareça porque não é a seguinte questão uma questão filosófica: “a liberdade de expressão é um direito humano presente na Declaração Universal do Direitos Humanos?”
4.3. Transforme a questão anterior numa questão filosófica.
4.4. Formule uma questão filosófica do domínio da ética.

teste de filosofia - 10

Cotação


VERSÃO E
1. pontos
2. pontos
3. pontos
4.1. pontos
4.2. pontos
4.3. pontos
5. pontos
6. pontos
7. pontos

8. pontos
9. pontos
10 pontos










Texto A
O núcleo da filosofia reside em certas questões que o espírito reflexivo humano acha naturalmente enigmáticas, e a melhor maneira de começar o estudo da filosofia é pensar directamente sobre elas. (…)
A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da ciência, não assenta em experimentações nem na observação, mas apenas no pensamento. E, ao contrário da matemática, não tem métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões, argumentando, ensaiando ideias e pensando em argumentos possíveis contra elas e procurando saber como funcionam realmente os nossos conceitos.
T. Nagel, Que Quer Dizer Tudo Isto? Uma Iniciação à Filosofia, 1995
1 – Tendo em conta e usando o texto, esclareça em que consiste o conhecimento filosófico.

Texto B
A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta, às várias dúvidas que ele próprio invoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. (…) Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são,(…) varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora (...)
Russel, B. (1980), Os problemas da filosofia. Coimbra, Arménio Amado
2 – Com base no texto B, caracterize a atitude filosófica.

Texto C
Um serviço inestimável prestada pela filosofia (…) reside no hábito, por ela estimulado, de promover-se um julgamento imparcial considerando-se todas as facetas de uma questão, e na ideia que ela oferece do que seja a evidência e de que devemos buscar ou esperar de uma prova. Pode ser esse um importante questionamento das inclinações emocionais e das conclusões precipitadas, sendo especialmente necessário, e com frequência negligenciado, em controvérsias políticas. Se ambos os lados considerassem suas diferenças políticas munidos de espírito filosófico, seria difícil admitir a eventualidade de uma guerra. O sucesso da democracia depende muito da habilidade dos cidadãos em distinguir um bom de um mau argumento, não se deixando enganar por confusões. A filosofia crítica estabelece um padrão ideal para o raciocínio correcto e capacita quem a estuda a remanejar argumentos confusos. Talvez seja esse a motivação pela qual Whitehead afirma, na passagem acima citada, que "nenhuma sociedade democrática poderá alcançar êxito sem que a educação geral que a inspire exprima uma perspectiva filosófica".
3 – Explicite, a propósito do texto C, o problema, a tese e os argumentos.

4 – Leia com atenção as seguintes questões:
a) Que elementos entram na composição da água?
b) É o homem um ser livre?
c) Qual a temperatura do núcleo da terra?
d) O que é o homem?
e) Porque tem o homem valores?
f) O pensamento depende da realidade ou a realidade do pensamento?
g) Pode o homem conceber-se como ser estritamente individual?
h) O que é a cultura?
4.1. Classifique as questões como filosóficas e não filosóficas.
4.2. Esclareça porque não é a seguinte questão uma questão filosófica: “a boa aplicação da justiça é a principal uma preocupação do ministério da justiça?”
4.3. Transforme a questão anterior numa questão filosófica.
4.4. Formule uma questão filosófica do domínio da estética.

5. Caracterizámos Filosofia com quatro características. Atribua a cada um dos temos as expressões que considera adequadas:
1. Autonomia 2. Universalidade 3. Radicalidade
  1. capacidade de cada um dar a si a lei.
  2. ser passivo face ás ideias do outro.
  3. pensar por si.
  4. aplicar a sua força.
  5. um saber dependente.
  6. uma característica inata do homem.
  7. próprio do conhecimento dos sentidos.
  8. entendimento entre todos.
  9. é da natureza partilhável das ideias dos filósofos.
  1. ir à raiz
  2. questionar indefinidamente;
  3. questionar o fundamento da(s) realidade(s);
  4. produzir afirmações que vão contra a norma;
  5. discutir tudo;
  6. pensar a origem das coisas.
  7. um pensamento que a todos diz respeito.
  8. é objectividade;
  9. é conhecimento absoluto.

6. Tendo em conta conceitos de natureza dada, natureza adquirida e de instinto, cultura, esclareça a seguinte afirmação: “a acção é decisiva para definir o que cada um é”.

7. Tenha em consideração o seguinte texto – texto C
Só é verdadeiramente humano o acto que o homem realiza enquanto homem, isto é, o acto que em si próprio transporta a marca da sua diferença específica. Ora, essa diferença é a razão ou, melhor dizendo, a racionalidade. (...)
Estes actos são, pois, próprios do homem, não apenas pela sua estrutura, mas também pela maneira como dependem do agente e é por isso que merecem, a título privilegiado, ser designados como actos humanos.
JOSEPH DE FINANCE, Éthique Général., Roma: Presses de I'Université Grégorienne, 1967, p. 31.
    1. Os actos humanos segundo o texto C, são próprios do homem “pela maneira como dependem do agente”. Esclareça esta afirmação.

  1. Indique a propósito de cada conceito quais as atribuições verdadeiras
8.1 Motivo é
  1. uma quase-causa;
  2. impulsionador;
  3. justificativo;
  4. esclarecedor;
  5. incontrolável;
  6. uma imposição
8.2. A Vontade é
  1. desejar algo;
  2. faculdade de decidir;
  3. um apetite;
  4. importante nos comportamentos automáticos;
  5. independente da consciência;
  6. um poder capaz de forçar os outros

    1. A Consciência é
  1. uma condição necessária mas não suficiente para que haja acção;
  2. a capacidade de ter presente na mente o que queremos;
  3. ter noção da intenção;
  4. é central em toda a conduta humana.
  5. É conhecer;
  6. É essencial nos actos do homem.

    1. O agente é
  1. qualquer pessoa em qualquer situação;
  2. ou pode ser um animal
  3. que concebe
  4. quem age
  5. o responsável
  6. quem faz mesmo que não conceba;
.

  1. Esclareça a afirmação: não há acção sem motivo, mas há motivo sem acção.