sábado, 29 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

MGF e diálogo entre culturas

José Brazielas 10ºB Nº17
José Lopes 10ºB Nº18

MGF
Porquê a Mutilação Genital Feminina?
Quando nos debatemos com a escolha do tema pudemos pesquisar um pouco sobre todos eles, tendo como base um tema actual, pouco conhecido e abordado, mas também um tema que se pudesse enquadrar com a diversidade cultural e todos os conceitos inerentes a ela.
Ao chegarmos à MGF pudemos presenciar vários testemunhos de raparigas que tinham passado por uma experiência destas e encontrámos uma notícia que falava sobre a prática deste acto nos países do Primeiro Mundo, nomeadamente Portugal. Ao vermos isto e todas as dimensões ligadas à MGF, decidimos imediatamente desenvolver e debater este tema. Seguimos as indicações dadas pelo professor e finalmente, através da informação recolhida e seleccionada, chegámos a este trabalho.
Três dimensões: Tradição/Problemática Sócio-Cultural, Direitos Humanos e Consequências Futuras
A partir do tema da MGF podemos identificar três dimensões essências: a tradição/problemática sócio-cultural, Direitos Humanos e as consequências futuras.
- Negar uma tradição/cultura?
A MGF, como já foi referido anteriormente, tem origem de ordem cultural. A sua prática está cercada de silêncios e é vivida em segredo. Manifestar-se contra este costume é difícil e, às vezes, perigoso para as mulheres ou homens que se opõem. Os principais argumentos defensores desta tese são que se a mulher não for circuncidada: nunca irá arranjar marido, irá ser encarada como uma “prostituta”, excluída pela sociedade e família e acusada de rejeitar a sua identidade cultural. Por sua vez existem alguns, se lhes podemos chamar, “benefícios”: melhoramento da fertilidade da mulher e também interesses económicos, sendo um deles uma fonte de rendimento para quem realiza tal acto. Bem, ponderando estes argumentos, podemos afirmar: Será legítimo, uma mulher negar a sua própria cultura?
- Direitos Humanos
A Mutilação Genital Feminina é um costume sócio-cultural que causa danos físicos e psicológicos irreversíveis, e ainda, é responsável por mortes de meninas. Pode variar de brandamente dolorosa a horripilante, e pode envolver a remoção com instrumentos de corte inapropriados (faca, caco de vidro ou navalha) não esterilizados e raramente com anestesia. Viola o direito de toda jovem de se desenvolver de um modo saudável e normal. E, devido ao influxo de imigrantes da África e do Médio Oriente na Austrália, no Canadá, nos EUA e na Europa, esta mutilação de mulheres está a tornar-se uma questão de Saúde Pública. Algo que não se deve desconsiderar são os custos do tratamento contínuo das complicações físicas resultantes e os danos psicológicos permanentes. Têm-se promulgado leis para ilegalizar e criminalizar esse costume. Embora muitos códigos penais não mencionem directamente os termos Circuncisão Feminina ou Mutilação Genital Feminina, é perfeitamente enquadrado como uma forma de "abuso grave de crianças e de lesão corporal qualificada". Vários organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm enviado esforços para desencorajar a prática da mutilação genital feminina. A Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada em Setembro de 1990, considera-a um acto de tortura e abuso sexual. Será correcto colocar os direitos humanos em causa devido a uma tradição?
- Consequências Futuras
As consequências desta prática são diversas como já podemos verificar. Desde consequências a nível psicológico, sexual e físico. A nível físico muitas raparigas passam por infecções, tumores, hemorragias e por outras doenças derivadas do mau tratamento destas, como a anemia ou dores durante o acto sexual.
A nível psicológico as consequências são de carácter diverso desde sentimentos de culpa, ansiedade, medo, receio ou até mesmo casos de suicídio.
A nível sexual toda esta problemática leva as mulheres a sentirem vergonha da sua sexualidade e a ter medo do acto sexual ou mesmo da concepção de filhos.
Muitas pessoas pensam que com o uso de anestesia esta prática seria menos dolorosa e preveniria mais eficazmente o combate às doenças consequentes. Mas outros continuam a defender a ideia que mesmo com estes cuidados a integridade psicológica e sexual nunca será ultrapassada. Esta revela-se por ser a principal objecção relativamente ao uso da anestesia. Ponderando todas as consequências futuras, será favorável para uma mulher seguir a sua tradição?
Problematização
Com a ponderação de todas estas dimensões e as suas diferentes teses podemos pegar em todos e “pesá-los” em cada prato da balança. Ficando num lado as consequências e os direitos humanos e no outro lado a tradição. Relacionando tudo podemos considerar que a negação de uma tradição pode acarretar sérias consequências, mas ao mesmo tempo a sua aceitação e afirmação pode trazer problemas futuros. Por sua vez também se pode um problema de Saúde Pública que traz grandes despesas a nível da saúde.
Uma das principais maneiras do travar é a reeducação das gerações mais velhas e ancestrais que a praticam e também as famílias destas mulheres de forma a dar-lhes uma perspectiva do que realmente tal prática possa trazer e tentar mostrar os danos físicos e psicológicos que se podem evidenciar. Por sua vez tal acto vai contra o multiculturalismo, pois estamos a ir contra a história própria de uma cultura, mesmo que consideremos esta prática bárbara segundo este modelo deveríamos respeitá-la e aceitá-la.
Conclusão
Com este trabalho, vimos o nosso conhecimento a crescer relativamente a temas muito interessantes e importantes como a diversidade cultural e a MGF. Sendo temas actuais e de interesse público.
Hoje assistimos em primeiro plano à diversidade cultural, por causa dos fenómenos migratórios (entrada de estrangeiros), pela fácil troca de informação, pelo rápido acesso a produtos, usos e costumes oriundos dos diferentes cantos do Mundo. Ao mesmo tempo que nos agrada e enriquece, esta diversidade traz com ela sérios problemas com os quais nos defrontamos constantemente: conflitos de valores.
Por isso sucedem-se fenómenos que muitas vezes nos escandalizam ou nos deixam indignados (por exemplo, a prática da mutilação genital feminina). A diversidade cultural e os conflitos que ela acarreta sugerem-nos novamente o problema do relativismo: tudo é relativo ou poder-se-á estabelecer algum consenso entre as diferentes culturas?
A resposta a esta questão pode ser diferente consoante a atitude que tomarmos face à real diversidade cultural que os nossos dias põem a descoberto. Podemos indicar três modelos de referência a partir dos quais se compreende melhor esta questão: o etnocentrismo, o multiculturalismo e o interculturalismo.
O modelo intercultural remete-nos, assim, para a tolerância, conceito indispensável para compreendermos o diálogo entre as diversas culturas. Actualmente, este conceito refere-se, não só ao reconhecimento da diferença, como também à tomada de consciência de que a diferença é algo de positivo e enriquecedor. Uma vez que ninguém é detentor da verdade, importa que acolhamos a diferença, que nos confrontemos com ela. Só desse modo é possível a evolução material e espiritual da Humanidade no seu todo.
Livros: “Guia de estudo: Filosofia 10ºano”, Porto Editora; “Contextos”, Filosofia 10ºano, Paiva, Marta e outros, Porto Editora.
Sites: www.wikipédia.com; www.oms.org

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A dimensão pessoal da ÉTICA: a Intenção ética

“Creio que a primeira e indispensável condição ética é a de estarmos decididos a não viver de qualquer maneira: estarmos convencidos de que nem tudo vem a dar no mesmo, embora, mais tarde ou mais cedo, tenhamos que morrer. Quando se fala de "moral" pensa-se habitualmente a ordem e costumes que é hábito respeitar, pelo menos na aparência e muitas vezes sem que se saiba bem porquê. Mas talvez o busílis da questão não esteja em submeter-nos a um código ou em contrariar o estabelecido (o que também é submetermo-nos a um código, só que às avessas) mas tentar compreender. Compreender porque é que certos comportamentos nos convêm e outros não, compreender o que é que é a vida e o que é que a pode fazer "boa" para nós, seres humanos. Antes de mais, trata-se de não nos contentarmos com ser tidos por bons, como ficar bem frente aos demais, com que nos aprovem... Portanto, será necessário não nos limitarmos a observar à maneira do mocho ou com uma amedrontada obediência de autómatos, mas teremos que falar com os outros, apresentar certas razões e ouvir outras. O esforço de tomar a decisão terá que fazê-lo, porém, cada um de nós, solitariamente: ninguém pode ser livre por ti..”
Fernando Savater, Ética para um Jovem, Lisboa, Editorial Presença, 1994, pp. 63-64

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Luís Sousa nº20 10ºB
Vítor Rodrigues nº28 10ºB

Introdução:
Realizámos este trabalho, no âmbito da disciplina de Filosofia, e que trata o tema da multiculturalidade e das diferentes posições tomadas em relação a este. Após a devida pesquisa sobre o tema iremos expor o que entendemos sobre este e iremos usar esse conhecimento para problematizar os argumentos e as várias teses referentes a um problema, neste caso a mutilação genital feminina. E assim o relacionar com o tema da multiculturalidade e a interacção entre culturas.

O que é a cultura?
Numa breve definição de cultura podemos dizer que: “A cultura é tudo o que não é natureza.”; esta definição, embora simples, é correcta, pois a cultura são todas as criações humanas. Ou seja, é tudo o que é criado pelo homem, de ordem material e espiritual, que foi construído e adquirido ao longo do tempo, em resposta ao meio em que este se situa.
Sendo assim é tudo o que forma o homem e que foi formado por este.
A cultura foi criada como mecanismo de sobrevivência, para fazer face à falta de determinadas respostas imediatas e biológicas, para certas situações que lhe são colocadas pelo Meio Natural e Social. Assim, a razão da existência da cultura é o permitir a formação do homem, dando-lhe uma forma de interpretar a realidade em que se encontra inserido.
A cultura é comum a todos os homens, pois todo o ser humano a têm, de forma a responder às suas necessidades comuns, mas é também esta que permite a distinção entre as diferentes sociedades/grupos, visto que cada sociedade possui valores culturais distintos; assumindo assim a função de elemento diferenciador.

O que é a multiculturalidade?
A Multiculturalidade é a existência de diferentes culturas inseridas no mesmo espaço social. Sendo assim a coexistência entre diversos grupos, que têm diferentes valores culturais e que leva à existência de uma diversidade de culturas.

Posições Relativas em relação à Multiculturalidade
ETNOCENTRISMO
Esta posição define a atitude de um indivíduo que defende os valores da sua cultura como superiores e como sendo os únicos ideais verdadeiros e válidos, julgando os outros indivíduos à luz dos seus próprios valores. Os valores da sua comunidade são universalizáveis e desejáveis, podendo-se aplicar a todos os homens.
Os argumentos que defendem esta atitude são os de achar que a interacção entre culturas e a troca de experiências e conhecimentos com outras culturas diferentes põe em causa a identidade cultural de um povo.
No etnocentrismo podem ser vistas duas posições, uma de marginalização e outra de assimilação.
O etnocentrismo marginalizante é aquele em que existe uma cultura dominante que recebe o outro no seu espaço, mas que não o acolhe, ou seja, não o integra, levando à formação de uma cultura periférica. Nenhuma das culturas é afectada, pois não há interacção entre elas.
O etnocentrismo assimilador é aquele em que existe uma cultura dominante que recebe o outro no seu espaço, mas em que o outro perde a sua identidade de origem, devido a um processo de aculturação. Ou seja, nesta posição há uma integração condicionada, visto que o outro é “assimilado” pela cultura dominante, somente se se dispuser a participar na cultura dominante e deixar cair a sua cultura de origem.
Estra posição pode ser benéfica pois permite a preservação da cultura, mas poderá ser ainda mais maléfica, como já pode ser observado (2º Guerra Mundial), devido a atitudes xenófobas. Além de poder levar à opressão das culturas minoritárias.

MULTICULTURALISMO (RELATIVISMO CULTURAL)
Esta posição defende que cada cultura tem um valor particular e incomparável. Promovendo uma atitude de respeito, tolerância e aceitação. Defendendo que os valores dependem dos padrões de cada cultura.
Esta posição tem a vantagem tem a vantagem da mútua aceitação, mas é possível a criação de “caos” se ambas as culturas forem postas em confronto directo, perante a existência de valores opostos, que não possam coexistir.
Sendo assim se esta posição for adoptada, terá um indivíduo de aceitar algo que toma como errado, só porque a cultura do outro, considera o acto como correcto e certo?

INTERCULTURALISMO
Esta posição leva à existência de respeito mútuo e equilibrado entre culturas, fomentando o diálogo, a interacção e a troca de experiências, tendo como objectivo o enriquecimento destas. Existe assim uma flexibilidade repartida entre as culturas envolvidas, baseada em valores e normas básicas de aceitação universal, como é o caso dos Direitos Universais do Homem.
Esta é talvez a posição mais correcta a tomar em relação à Multiculturalidade, sendo quase que uma posição intermédia entre as duas posições anteriormente referidas. Pois é a única que tem como base valores básicos e universais, comuns a todo o homem, permitindo assim a existência de equilíbrio na interacção entre culturas.
Esta posição apresenta um único limite, que é a de arranjar uma forma para que este equilíbrio se mantenha, permitindo assim a evolução conjunta das culturas.
Mutilação Genital Feminina

Escolhemos este tema entre os temas sugeridos pois, para além de se tratar de um tema muito falado na comunicação social recentemente, é um tema cuja relação com os assuntos abordados nas aulas é muito visível, permitindo-nos abordar o assunto da multiculturalidade e os direitos universais do homem
A mutilação genital feminina consiste na remoção de uma parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças.
Esta prática, que tem por base valores culturais e que faz parte da tradição de muitas culturas, viola o direito da dignidade humana e da liberdade, pois as vítimas da MGF não têm a possibilidade de se desenvolver psicológica e sexualmente de modo saudável. Este costume causa danos físicos e psicológicos irreversíveis, podendo causar morte e sendo tão doloroso, que pode ser considerado tortura. Mas pelo simples facto de fazer parte dos valores culturais de certas culturas, e de ter supostos benefícios, leva a existência de diferentes respostas/posições perante esta prática.
Embora existam várias respostas para este problema, nós decidimos abordar as duas que talvez sejam mais aparentes e visíveis, para responder à pergunta: “Qual é a atitude certa a tomar perante a MGF?”
Posição 1:
Tese: A mutilação genital feminina é crime e a sua prática deve ser impedida.
Argumentos: Devemos ter uma atitude activa perante esta prática, tentando por um fim à prática da mesma. Embora seja uma tradição, continua a ser um crime e uma violação dos direitos humanos
É uma prática violenta que põe em causa a vida, a liberdade, a dignidade e até a feminilidade das suas vítimas. Em que não é respeitada a vontade da vítima e cuja execução viola os direitos da vítima, e as marca para toda a vida, tanto psicologicamente, como fisicamente.
Assim sendo os direitos do homem devem superar qualquer valor cultural.

Posição 2:
Tese: A mutilação genital é uma prática cultural e deve ser respeitada.
Argumentos: Deve-se respeitar e não interferir na execução desta prática pois faz parte dos costumes e da cultura de uma sociedade. Devemos respeitar os ideais, crenças e cultura de cada um, pois cada homem tem o direito ao seu espaço de liberdade. Além disso esta prática trata-se de algo benéfico, que assegura a castidade da mulher, ostenta beleza estética e é higiénico.
A posição que por nós foi tomada foi a posição 1, pois julgamos que deve haver um respeito cultural equilibrado de modo a que todos possam enriquecer a sua cultura através do diálogo, mas sob o cumprimento do cumprimento de ideais básicos e vitais, que é a ideia defendia pelo interculturalismo.

Conclusão
Com este trabalho concluímos que a cultura tem uma grande importância na vida humana, podendo beneficiá-lo e prejudicá-lo, e que nem sempre há uma linha definida em que posição deve tomar. Aprendemos também que a Multiculturalidade apresenta vários problemas e várias respostas. Descobrimos também tudo o que está envolvido na prática da MGF, a sua origem e as suas consequências, bem como possíveis respostas para esse problema.
Bibliografia
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mutila%C3%A7%C3%A3o_genital_feminina
 http://dossiers.publico.pt/dossier.aspx?idCanal=967
 http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?Itemid=105&id=99&option=com_content&task=view

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Moral e Ética

“Então, hoje, é o mesmo dizer "ética" ou "moral? Em sentido popular sim, mas num plano intelectual não é o mesmo.
A moral refere-se ao tipo de conduta regulada por costumes ou normas internas ao sujeito.
A ética é, em sentido académico, a "filosofia moral", ou a disciplina filosófica que estuda as regras morais e a sua fundamentação.
Em sentido mais amplo indica, usada como substantivo, aquela conduta moral sobre a qual somos capazes de raciocinar (O ministro actuou à margem de toda a ética).
Usada como adjectivo assinala, dum modo geral, a qualidade ética de qualquer acto ou norma moral (A demissão do ministro foi ética).
Enquanto a moral tende a ser particular, pelo carácter concreto dos seus objectos, a ética tende a ser universal, pela abstracção dos seus princípios. De acordo com isto podemos também estabelecer, ainda que dum modo negativo, que algo é "moral" quando se opõe ao "imoral" ou ao "amoral". Da mesma maneira algo é "ético" quando é contrário a qualquer conduta que carece de princípios, aos quais chamamos "injusta" ou "sem lei" e, em todo o caso, injustificada. (...)
Assim a ética não tem por missão fixar um conjunto de objectivos práticos, considerar a sua capacidade de realização, ou prever os resultados de uma atribuição de fins práticos. A sua tarefa consiste em averiguar as condições de possibilidade desses mesmos objectivos práticos que esta ou aquela “moral” poderá oferecer. Quer dizer, que deve estudar as regras que guiam a acção e provar a sua fundamentação. Depois disso poderá dizer se uma regra tem ou não “validade” para o comportamento moral.

N. Bilbeny, Aproximacion a la Ética, Ed. Ariel, Barcelona

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CONCEITOS ESSENCIAIS - ESSENCIAIS - ESSENCIAIS

10.º e 11.º Ano

CONCEITOS essenciais TRANSVERSAIS A TODAS OS TEMAS/PROBLEMAS


absoluto / relativo
abstracto / concreto
antecedente / consequente
aparência / realidade
a priori / a posteriori
causalidade / finalidade
compreensão / explicação
contingente / necessário
dedução / indução
dogmático / crítico
dúvida / certeza
empírico / racional
essência / existência
finitude / infinitude
formal / material
identidade / contradição
imediatez / mediação
intuitivo / discursivo
particular / universal
saber / opinião
sensível / inteligível
sentido / referência
ser / devir
subjectivo / objectivo
substância / acidente
verdade / validade
teoria / prática
transcendente / imanente

CONCEITOS ESSENCIAIS - ESSENCIAIS - ESSENCIAIS

10.º ANO
Sei definir cada um?
Sei relacionar cada par?

Unidade ACÇÂO HUMANA – Análise e compreensão do agir
Acontecer – Fazer
Voluntário – Involuntário
Agir – Reacção
Consciência – Vontade
Poder Decidir – Poder Executar
Intenção – Propósito
Intenção – Motivo
Desejo – Motivo
Intenção – Projecto
Intenção – Alteração Do Real
Liberdade Absoluta – Liberdade Condicionada
Tudo Poder Fazer – Poder realizar todo o apetecer
Condicionante – Determinante
Condicionantes Físicas – Condicionantes Sociais
Condicionantes Psíquicas – Condicionantes Culturais
Determinismo Natural e Físico – Livre-Arbítrio
Incompatibilismo – Compatibilismo
Libertismo - Determinismo Radical

VALORES – Análise e compreensão da experiência valorativa
Valor – Facto
Juízo De Valor – Juízo De Facto
Polaridade – Hierarquia
Valor – Desvalor
Estimável – Rejeitável
Psicologismo – Ontologismo – Naturalismo
Valor Como Qualidade Ideal - Valor Como Valorar
Preferência Valorativa – Critério Valorativo,
Cultura – Endoculturação – Aculturação Monoculturalidade - Multiculturalidade
Assimilação Voluntária – Assimilação Violenta
Etnocentrismo – Multiculturalismo – Interculturalismo
Relativismo Cultural - Cosmopolitismo

Razão: faculdade de Universalização e de Unificação



Esta esquema está incompleto. desafio: completá-lo e melhorá-lo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Retórica segundo M. Meyer

«A definição de retórica é conhecida: é a arte de bem falar, de mostrar eloquência diante de um público para ganhar para a sua causa. Isto vai de persuasão à vontade de agradar: tudo depende precisamente da causa, daquilo que está em causa, do problema que motiva alguém a dirigir-se a outrem. O carácter argumentativo está presente desde o início: justificamos uma tese com argumentos, mas o adversário faz o mesmo. Neste caso a retórica não se distingue em nada da argumentação. Trata-se de um processo racional de decisão numa situação de incerteza, de verosimilhança, de probabilidade.»

Michel Meyer, Questões de Retórica: linguagem, razão e sedução, Edições 70, Lisboa, 1998

A retórica segundo Aristóteles

“A retórica é a outra face da dialéctica; pois ambas se ocupam de questões mais ou menos ligadas ao conhecimento comum e não correspondem a nenhuma ciência em particular. De facto, todas as pessoas de alguma maneira participam de uma ou de outra, pois todas elas tentam em certa medida questionar e sustentar um argumento, defender-se ou acusar. Simplesmente, na sua maioria, umas pessoas o fazem ao acaso, e outras, mediante a prática que resulta do hábito. E, porque os dois modos são possíveis, é óbvio que seria também possível fazer a mesma coisa seguindo um método. Pois é possível estudar a razão pela qual tanto são bem–sucedidos os que agem por hábito como os que agem espontaneamente, e todos facilmente concordarão que tal estudo é tarefa de uma arte…
Além disso, seria absurdo que a incapacidade de defesa física fosse desonrosa, e o não fosse a incapacidade de defesa verbal, uma vez que esta é mais própria do homem do que o uso da força física.”

Aristóteles, Retórica, 1354a-1355a

domingo, 2 de janeiro de 2011

Multiculturalidade e Multiculturalismo

Tem havido muitas confusões em diferentes espaços e discursos sobre a multiculturalidade. uma das confusões mais frequentes diz respeito à distinção entre os termos multiculturalidade e multiculturalismo. Tomam-se uma pela outra erradamente.

A multiculturalidade diz respeito ao FACTO de existirem diferentes culturas numa mesma sociedade. É DESCRITIVO

O multiculturalismo (ISMO) relaciona-se com a posição que defende uma determinada forma dessas diversas culturas viverem no seio de uma mesma sociedade. É PRESCRITIVO.

Monoculturalidade VS Multiculturalidade

A multiculturalidade (MULTI) diz respeito a homens diferentes com culturas diferentes viverem na mesma sociedade em determinado momento histórico.
Quando numa sociedade vivem diferentes homens mas com uma única cultura chama-se monoculturalismo (MONO).