terça-feira, 28 de abril de 2009

A retórica da imagem - 3 - sem comentários

Problema da semana - 1/04

Filosofia - 10.º Ano

Se o valor moral de uma acção se julga pela bondade da sua consequência em termos de felicidade global, será legítimo ser injusto se daí resultarem consequências boas?

Filosofia - 11.º Ano

Se a indução apresenta tantos problemas, podemos supor que a indução é um mal necessário? Ou a indução simplesmente não existe tal como afirma Popper?
Isaque Tomé

Ética Utilitarista - 2

O utilitarismo é o tipo mais bem conhecido de teoria ética consequencialista. O seu mais famoso defensor foi John Stuart Mill (1806-1873). O utilita¬rismo baseia-se no pressuposto de que o objectivo último de toda a actividade humana é (num certo sentido) a felicidade. Esta perspectiva é conhecida como hedonismo.
Um utilitarista define o "bem" como "seja o que for que trouxer a maior felicidade global". Isto é, por vezes, conhecido como o princípio da maior feli¬cidade ou princípio da utilidade. Para um utilitarista, a boa acção pode ser cal¬culada, em quaisquer circunstâncias, examinando as consequências prováveis dos vários cursos possíveis de acção. A boa acção é a que tiver mais probabili¬dades de trazer a maior felicidade nas circunstâncias, examinando as conse¬quências prováveis dos vários cursos possíveis de acção. A boa acção é a que tiver mais probabilidades de trazer a maior felicidade nas circunstâncias em causa (ou, pelo menos, mais felicidade do que infelicidade), seja ela qual for.
O utilitarismo tem de lidar com consequências prováveis, porque habitual¬mente é extremamente difícil, se não mesmo impossível, prever os resultados possíveis de uma acção específica: por exemplo, insultar pessoas provoca habi¬tualmente infelicidade, mas a pessoa que estamos a insultar pode ser um maso¬quista que tem imenso prazer em ser insultado.
Nigel Warburton, Elementos Básicos da Filosofia, Edições Gradiva, Lisboa, 1997, pp. 80-81

Problemas do Método Indutivo - 3 - A validação verificacionista

Este problema não é específico do método indutivo. Pode estar presente no método Hipotético-dedutivo.
O verificacionismo é
1)um critério de cientificidade - demarca o campo científico co campo não científico;
2) um critério de validação das hipóteses científicas.

O Problema do verificacionismo relaciona-se com os pressupostos positivistas que o animam: só é conheciemnto científico o que for empiricamente verificado.
Assim, confirmando uma hipótese, por novas observações, supõe-se a sua verdade.

Ora é nesta ideia de que é possível confirmar (verificar) a verdade de uma hipótese ou teoria que o verificacionismo apresenta problemas....

Porquê?

Problemas do Método Indutivo - 2 - O ponto de partida da observação

O primeiro grande problema que se coloca ao método indutivo diz respeito à observação: o facto de partir da observação.
Popper é um grande crítico desta ideia. Popper afirma que a observação é sempre efectuada a partir de teorias ou de um conjunto de conhecimentos prévios, que guiam e orientam a observação. São essas teorias prévias que permitem ao cientista fazer a focagem em determinado assunto e de determinada maneira. Pois se não houvesse teorias prévias como se saberia o que observar? Não só o cientista não saberia o que observar como não saberia como observar. Ou seja, cairia numa observação ingénua, de senso comum, que olharia descontraída e naturalmente para as coisas, como o fazemos no dia a dia. Ora a ciência não é uma actividade ‘natural’ do homem, é uma actividade artificial e como tal implica um acto de vontade, uma vontade e uma actividade crítica que procura não se deixar iludir pelo olhar natural e muito menos por meras associações mentais espontâneas que fazemos ao olhar para as coisas.

Problemas do método indutivo - 1- Indução - 1.2. - A não necessidade lógica da conclusão

Não há necessidade lógica na conclusão do raciocínio indutivo. Ou seja da verdade das premissas não se garante a verdade da conclusão. Em termos práticos este problema lógico traduz-se no problema seguinte: que legitimidade existe em concluir sobre o desconhecido a partir do conhecido? Do ponto de vista lógico não há legitimidade.
2.2. O que legitima passar de alguns casos conhecidos para todos os casos, conhecidos e desconhecidos? É o costume e a crença na regularidade da natureza como dizia Hume?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Problemas do Método Indutivo - 1 - a indução - 1.1. Um problema de fundamentação

“O princípio da indução não se pode justificar apelando simplesmente à lógica. Assim sendo, pareceria que o indutivista, de acordo com o seu próprio ponto de vista, deveria indicar como se pode derivar da experiência o princípio de indução. Como seria uma tal derivação? Provavelmente seria assim: observou-se que a indução funciona num grande número de ocasiões. Por exemplo, as leis da óptica, derivadas por indução dos resultados experimentados em laboratório, foram utilizadas em numerosas ocasiões para desenhar instrumentos ópticos e estes instrumentos funcionaram de modo satisfatório. (…)
Uma tal justificação da indução é completamente inaceitável, como a demonstrou David Hume em meados do século XVIII. A argumentação que pretende justificar a indução é circular, uma vez que emprega o mesmo tipo de argumentação indutiva, cuja validade se supõe que necessita de justificação.
A forma de argumentação justificatória é a seguinte:

O princípio de indução funcionou com êxito na ocasião x1
O princípio de indução funcionou com êxito na ocasião x2
etc.
_______________________________________________
O princípio de indução funciona sempre.

Aqui infere-se um enunciado universal que afirma a validade do princípio de indução a partir de certa quantidade de enunciados singulares que registam aplicações com êxito do princípio no passado. Portanto, a argumentação é indutiva, e não se pode, pois, utilizar para justificar o princípio de indução. Não podemos utilizar a indução para justificar a indução. Esta dificuldade foi denominada tradicionalmente como o “problema da indução”.”
A. F. Chalmers, Quê es esa cosa llamada ciência?, Madrid, Siglo XXI, 1990,pp.29-30

Análise da Publicidade 2

terça-feira, 21 de abril de 2009

o que é um argumento correcto?

1.1. O Argumento dedutivo e o argumento indutivo
1.1.1. O que é um argumento?
Por argumento entende-se um conjunto finito de proposições, em que uma delas, a conclusão, está pretensamente justificada pelas restantes, as premissas. Assim, um argumento é um conjunto de razões que sustentam uma conclusão. Dito de outra forma, é uma operação mental mediante a qual se parte de determinadas proposições dadas ou já conhecidas para uma nova proposição, a conclusão. A inferência da conclusão faz-se na medida em que se relacionam entre si as proposições.

1.1.2. O que distingue um argumento dedutivo de um argumento indutivo?
Um argumento pode ser dedutivo ou indutivo. A diferença entre ambos os argumentos recai no tipo de relação entre as premissas e a conclusão.
Num argumento dedutivo a verdade das premissas garante a verdade da conclusão , enquanto num argumento indutivo a verdade das premissas tornam plausível a verdade conclusão, mas não a garantem.
Como exemplo de um argumento dedutivo
Argumento A):
Todos os animais são mortais; Todos os homens são mortais;
Logo todos os homens são animais.
Como exemplo de um argumento indutivo:
Argumento B
No dia 1 o cão do Zuzu comeu e uivou; No dia 2 o cão do Zuzu comeu e uivou; No dia 3 o cão do Zuzu comeu e uivou, …, No dia 12, o cão do Zuzu comeu e uivou.
Logo, sempre que o cão do Zuzu come, uiva.
A grande diferença está na pretensão com que se justifica a conclusão: no caso do dedutivo a conclusão é logicamente necessária, no caso do indutivo a conclusão é somente provável.
No argumento dedutivo a conclusão é logicamente necessária (resulta por força lógica do encadeamento das premissas) e é psicologicamente constringente (não podendo deixar de ser a que é temos de a aceitar, forçosamente). No argumento indutivo a conclusão sendo provável não é necessária do ponto de vista lógico e podemos não a aceitar.
Podemos considerar no domínio dos argumentos indutivos os argumentos de autoridade, argumentos sustentados em exemplos, argumentos sobre causas, argumentos quase-lógicos, argumentos linguísticos, argumentos sustentados na interpretação de factos, argumentos sustentados na eficácia, na utilidade, etc.

1.2. O argumento dedutivo válido e o argumento dedutivo inválido
Ao definirmos argumento dedutivo simultaneamente apresentamos as condições da sua validade. Assim, o argumento válido é o que apresenta a conclusão que necessariamente se deveria concluir. O argumento dedutivo inválido é o que conclui o que não se deveria concluir.
A validade e invalidade dos argumentos aplica-se somente aos argumentos dedutivos. Só estes se sustentam numa implicação formal entre premissas e conclusão. Pelo contrário a relação entre premissas e conclusão nos argumentos indutivos não é sustentada numa implicação formal. Tal como se pode ver no exemplo B) o cão do Zuzu pode amanhã não comer e não uivar, ou até comer e não uivar. Ou seja, o facto de as premissas serem verdadeiras não se traduz numa implicação necessária na verdade da conclusão. A conclusão pode ser fortemente apoiada e, assim, apostaríamos que iria ocorrer a verdade da conclusão, mas estamos ao nível das probabilidades e não ao nível da garantia absoluta.

1.3. A Independência da validade face à verdade
Pelo que foi dito podemos compreender que num raciocínio dedutivo havendo premissas verdadeiras é impossível existir uma conclusão falsa, enquanto num raciocínio indutivo não é impossível ter uma conclusão falsa apoiada em premissas verdadeiras. Se o que foi dito é uma outra forma de definir argumento válido, e até de distinguir dedução de indução, é, também, uma forma de introduzir a independência da validade face à verdade.
Assim, o facto de termos um argumento dedutivo válido não significa que todas e cada uma das suas proposições sejam verdadeiras. Podemos inclusive ter todas as proposições falsas e ser válido e, inversamente, podemos ter todas as proposições verdadeiras e ser inválido.
A questão da validade diz respeito à forma ou estrutura do argumento dedutivo e só do argumento dedutivo. Neste o que permite concluir o que se conclui e, sobretudo , o que impõe que se conclua o que se conclui é a forma lógica do raciocínio, sendo que o encadeamento das premissas é tal que a conclusão é necessariamente a que ocorre e não outra.

Vejamos dois exemplos de argumentos dedutivos, um inválido e com todas as proposições verdadeiras, C), e outro válido e com todas as proposições falsas, D).

Argumento C)
Todos os homens são mortais; o Senhor Xis é bandarilheiro; Logo, o Senhor Xis é mortal

Argumento D)
Todos os rapazes são pacientes. Todos os rapazes são aluno de lógica.
Logo, todos os alunos de lógica são pacientes

1.4. o argumento correcto - ou sólido - é o argumento não com premissas possivelmente verdadeiras de onde se infere necessariamente uma conclusão possivelmente verdadeira, mas é o argumento válido onde todas as proposições são verdadeiras.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Trabalho individual - espaço público e media

A Filosofia na Cidade


Abaixo vão alguns elementos teóricos para discutir o papel dos mass media na regulação da relação entre espaço público, esfera privada e estado. Para a discussão deve ter-se em atenção os poderes mas igualmente as limitações dos media, bem como a dinâmica cultural. Deve ter também em conta a relação entre argumentação e democracia.

Tarefa preparatória:
1. criar fichas de leitura de retenha informação sobre o tema acima mencionado;
2. construir esboços - em esquema, mapa conceptual, lista de conceitos, etc. que mostre o que pretende escrever. – Avaliado em termos de trabalho de aula.

Tarefa principal: criar uma dissertação filosófica sobre o tema-problema enunciado (pode o aluno escolher um tema-problema próximo ou derivado ou ainda do tema 1 ou 3 da unidade. Neste caso deve anunciar tal ao Professor até dia 25 de Abril). A dissertação será realizada na aula de dia 25 de Maio, segunda-feira. Tempo; 60 min. Peso = teste de avaliação

Tarefa secundária: apresentação e defesa da dissertação – tempo: 5 + 2 Min. 27 de Maio – Avaliada no âmbito da participação oral.

A lição





A lição - iluminura do séc. XV - aula na Universidade de Bolonha.
O professor é o Mestre, e os alunos acompanham com seus livros.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Trabalho Individual - Estética - 10.º Ano - Filosofia

FILOSOFIA

Trabalho individual – 10.º Ano Turma B e E
Objectivos gerais do trabalho:
Adquirir instrumentos cognitivos, conceptuais e metodológicos fundamentais para o desenvolvimento do trabalho filosófico e transferíveis para outras aquisições cognitivas. Desenvolver um pensamento autónomo e emancipado que, por integração progressiva e criteriosa dos saberes parcelares, permita a elaboração de sínteses reflexivas pessoais, construtivas e abertas. Adquirir hábitos de estudo e de trabalho autónomo. Desenvolver atitudes de curiosidade, honestidade e rigor intelectuais. Reconhecer distintos sistemas de valores e diferentes paradigmas de valoração. Adquirir o gosto e o interesse pelas diversas manifestações culturais. Analisar a problemática sobre a qual um texto toma posição, identificando o tema/problema, a(s) tese(s) que defende ou a(s) resposta(s) que dá, as teses ou respostas que contraria ou as teses ou respostas que explicitamente refuta. Analisar a conceptualidade sobre a qual assenta um texto, identificando os termos ou conceitos nucleares do texto, explicitando o seu significado e as suas articulações. Desenvolver, seguindo planos/guiões ou modelos simples, temas/problemas programáticos, que tenham sido objecto de abordagem nas aulas.

Objectivos específicos:
- Compreender e aplicar os diversos CONCEITOS ESPECÍFICOS NUCLEARES do domínio da estética - estética, experiência estética, teoria estética, gosto, juízo estético, útil, agradável, belo, horrível, sublime, arte, obra de arte, artista, espectáculo, criação artística. - problematizar o conceito de arte; - discutir a natureza do juízo estético; - Questionar a possibilidade de comunicação da experiência estética - a natureza do juízo estético; - Diferenciar uma teoria estética, - Reflexão sobre a multidimensionalidade da obra de arte;
- a industrialização da estética na sociedade contemporânea; problematizar o conceito de valor de mercado e de arte como objecto produzido; - pluralidade de sentidos (polissemia); - manifestação da identidade cultural dos povos;
- revelação de novos modos de conhecer o sujeito e o mundo.

Tarefa: desenvolver a análise de uma obra de arte, reconhecida como tal, evidenciando características da obra em si, do autor e das circunstâncias em que foi criada, das suas possíveis implicações culturais ou outras, bem como as razões pelas quais o aluno a escolheu – o que se relaciona com a experiencia e juízo estético.

Tema Sugestão de percurso:
A dimensão estética da acção humana.
1. A experiência e o juízo estético
A experiência estética
O subjectivismo e o objectivismo estético e a sua superação pelo Juízo estético kantiano:
2. A criação artística e a obra de arte
a) O que é a arte e para que serve?
b) A evolução da noção de arte e o belo
c) Quando é que há arte?
d) Teorias da arte: Arte como imitação; Arte como expressão; Arte como forma.
e) Propósitos do autor e a dimensão histórico-cultural da criação.
3. Reflexão sobre a multidimensionalidade da obra de arte:
- objecto produzido - valor no mercado;
- a industrialização da estética na sociedade contemporânea;
- pluralidade de sentidos (polissemia);
- manifestação da identidade cultural dos povos;
- revelação de novos modos de conhecer o sujeito e o mundo. Tomando em consideração uma obra de arte à sua escolha, atenda aos seguintes tópicos:
1. O que é a arte? Um primeiro esclarecimento
a) Respostas ao longo da história
2. Inserção da obra na corrente artística e seu esclarecimento;
3. A análise em função de uma teoria da arte;
4. Esclarecimento de motivações do autor e as circunstâncias histórico-culturais para a sua compreensão
5. Esclarecer a importância cultural /histórica/sociológica/ política/… da obra.
6. Descrever a sua experiencia estética;
7. Posicionar-se relativamente à natureza do juízo estético
8. A obra de arte e a importância da criação


Calendarização: entrega do trabalho escrito: 22 de Maio; apresentação e defesa do trabalho: após 22 de Maio.
Número de páginas: corpo do trabalho: 3 – 5. Anexos: ilimitado
Avaliação: 80% - Trabalho escrito; 20% - Defesa oral. visa confirmar a autoria do trabalho.
a) Critérios de análise do trabalho escrito:
- todos os que se incluem na dimensão das aprendizagens especificas da disciplina;
- todos os que se incluem na dimensão das aprendizagens transversais.
b) Critérios de análise da apresentação oral:
- Rigor discursivo e conceptual;
- Inteligibilidade e clareza da apresentação.




Normas para a redacção e paginação do trabalho:
- Texto: normal: letra 12
- Títulos: negrito
- Margens: 3 cm
- Espaçamento entre linhas: 1,5
- Tamanho da letra:
Corpo do trabalho: 12
Notas de rodapé: 10
Citações com mais de 3 linhas: 10
Estrutura das citações: Exemplo 1: podemos tornar nossa a tese de Almeida (2001: 11) quando afirma “as galinhas não têm dentes”.

Normas acerca das referências bibliográficas:
Livro: Savater, Fernando (2004) Ética para um Jovem. Barcarena: Editorial Presença.
Artigo de livro/revista: Henrique, Luís (2003) A reforma educativa do sistema educativo. In Pacheco (Org.) Revista Portuguesa de estudos curriculares, pp. 190 – 205.
Internet: www.explicatio.blogspot.com (consulta – 03 de Abril de 2006).

Notas de rodapé: servem para esclarecer o que é dito no corpo do texto ou citar.

BIBLIOGRAFIA
Adorno, T. W. (1982). Teoria Estética. Lisboa: Ed. 70.
A obra reflecte sobre a relação da arte com a sociedade e a ideologia.

Aparici, R.& Garcia-Matilla, A. (1987). Lectura de Imágenes. Madrid: Ediciones de la Torre.
Temas tratados: I - Alfabetização, audiovisual e ensino; II - Como vemos as imagens?; III - A
Comunicação; IV - A ilusão do real; V - Elementos básicos da imagem; VI - Leitura de uma imagem fixa. Contém diversos guiões para análise dos meios audiovisuais.
Benjamin, W. (1992). Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio d'Água.
Conjunto de textos que reúne reflexões do autor sobre diferentes manifestações da arte e em especial sobre a sua perda de aura na actualidade.

Dufrenne, M. (1953). Phénoménologie de l'expérience esthétique - 2 vol. I. L'objet esthétique. II. La perception esthétique. Paris: PUF.
Obra que aplica o método fenomenológico à arte, pretendendo encontrar a sua essência e unidade. A estética surge ao mesmo tempo como uma disciplina específica, dirigida a obras particulares e como disciplina filosófica, exigindo generalidade e radicalidade.

Ferry, L. (1990). Homo Aestheticus: l' invention du goût à l'âge démocratique. Paris: Grasset.
A partir da tese segundo a qual a história da estética moderna se pode ler como uma história da
subjectividade, o autor analisa os grandes momentos da história do individualismo democrático em paralelo com os momentos da subjectivização do gosto.
Gombrich, E. (1995). Arte e Ilusão. Um Estudo da Psicologia da Representação Pictórica. São Paulo: Martins Fontes.
Obra que analisa a percepção, a representação, a semelhança, colocando a questão do estilo e do espectador.

Haar, M. (1994). L'Oeuvre d'Art. Essai sur l'ontologie des oeuvres. Paris: Hatier.
Obra que sintetiza com rigor e clareza o que é a obra de arte e a relação entre arte e verdade, a partir de textos precisos de Platão, Aristóteles, Kant, Schelling, Schopenhauer, Hegel, Nietzsche, Heidegger e Merleau-Ponty.

Pita, A. P. (1999). A Experiência Estética como Experiência do Mundo. Porto: Campo das Letras.
Uma análise sistemática da obra de Mikel Dufrenne, um estudo das relações entre o artístico e o filosófico, por um lado, a ética e a estética, por outro. Mostra que em Dufrenne a ética necessita da dimensão estética.